Os planos de saúde ganharam 1,5 milhão de novos beneficiários entre junho de 2020 e junho de 2021 em todo o país, segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), e também conseguiram, mesmo diante da pandemia, bater o recorde de avaliação positiva. É o que indica um estudo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que mostrou que 84% dos beneficiários estão muito satisfeitos com os planos de saúde. Em 2019, esse índice era de 80%.

No Rio de Janeiro não foi diferente: segundo o mesmo estudo, 87% dos beneficiários de planos de saúde da capital fluminense estão muito satisfeitos com os serviços prestados pelas operadoras. Em 2019, esse índice era de 75%. Dentre os quesitos mais bem avaliados está o que se refere à cobertura dos planos de saúde, cuja aprovação passou de 15%, em 2019, para 25%, em 2021.

Para a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), a melhora na aprovação se deve, sobretudo, às iniciativas adotadas pelas operadoras de saúde no enfrentamento da pandemia, com esforços constantes por salvar vidas, desde atendimentos de emergência até o uso da telemedicina.

“Isso só foi possível graças ao direcionamento de equipes e recursos para atendimento à Covid, capacitação, treinamento, além de investimentos na ampliação de leitos e na construção de novos hospitais”, ressalta a diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente.

Outro ponto de destaque que contribui para a avaliação positiva é a implementação da telessaúde. A medida, autorizada durante a pandemia, mas somente enquanto permanecer a situação de emergência, se mostrou acertada e essencial. Entre março de 2020 e maio deste ano, foram realizados 3,1 milhões de teleatendimentos no país, segundo levantamento da FenaSaúde. A resolutividade dos casos durante as consultas on-line foi superior a 90% e o índice de satisfação variou entre 75% e 94%.

“Essas consultas garantiram mais acesso à saúde para os beneficiários e evitaram o risco de contaminação pelo coronavírus numa ida ao hospital ou clínica”, explica a diretora executiva da FenaSaúde.

Necessidade de novos produtos

Ainda segundo o estudo feito pelo IESS, 41,4% das pessoas entrevistadas já tiveram plano de saúde, sendo a demissão do emprego e o preço das mensalidades as razões principais para não possuir mais o plano. A qualidade do atendimento e a comodidade/conforto são as justificativas mais recorrentes para o interesse em se ter plano de saúde (66%). Já entre aqueles que afirmam não ter interesse (34%), o preço da mensalidade é o principal impeditivo.

“Esses dados mostram que as pessoas querem planos com mais opções, que sejam mais aderentes à sua capacidade de pagamento. Portanto, é fundamental diversificar e ampliar os tipos de cobertura que possam ser oferecidos e comercializados”, ressalta a diretora executiva da FenaSaúde.

Ainda segundo Vera Valente, a medida visa aumentar o número de beneficiários, mas sobretudo desafogar o SUS, que está sobrecarregado e enfrenta restrições orçamentárias. “Assim, conseguimos deixá-lo apenas para quem não tem, realmente, condições de pagar por um plano de saúde.”

A FenaSaúde representa 40% do mercado de planos e seguros privados de assistência à saúde e exclusivamente odontológicos. São filiadas da entidade as empresas Allianz Saúde, Amil, Bradesco Saúde, Central Nacional Unimed, Gama Saúde, Golden Cross, Itauseg Saúde, Metlife Planos Odontológicos, NotreDame Intermédica, Odontoprev, Omint, Porto Seguro, Sompo, SulAmérica e Unimed Seguros Saúde.
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