Em mais uma transmissão ao vivo pelo Facebook na noite desta terça-feira (17), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, tirou dúvidas de cidadãos sobre o novo decreto estadual publicado pela manhã que declara situação de emergência e amplia as recomendações para evitar a circulação de pessoas, visando barrar a expansão do coronavírus. Ele apelou a empresários e empreendedores para que compreendam e mantenham as portas fechadas, ajudando a reduzir o número de pessoas nas ruas, especialmente na cidade do Rio de Janeiro, onde se concentram 31 dos 33 casos confirmados do novo coronavírus no estado.

“O momento agora é de fechar as portas. De reclusão. Só sair à rua para comprar alimentos e medicamentos. Estamos vivendo uma epidemia. Viveu a China, vive a Itália. Estão vivendo os Estados Unidos e agora também a Inglaterra. Vamos passar três meses muito difíceis pela frente. Vamos trabalhar para ajudar a superar essa crise”, disse. O governador também lembrou que não estão mais chegando turistas no nosso estado: “Temos um hotel preparado para receber turistas que estejam infectados”.

De acordo com o decreto, bares e restaurantes têm que restringir seu funcionamento a 30%, dando preferência para entregas em domicílio. Para sensibilizar clientes e empresários, viaturas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros já vêm percorrendo pontos de grande concentração de pessoas na Região Metropolitana, pedindo que as pessoas não permaneçam em praias, bares e clubes.

A recomendação é que academias também encerrem atividades, bem como shopping centers (exceto praças de alimentação, em horários reduzidos). Apenas supermercados e farmácias devem permanecer abertos. As aulas também estão suspensas nas escolas públicas e privadas desde segunda-feira, bem como eventos culturais, artísticos e esportivos que possam causar aglomerações.

É uma realidade muito difícil. Não adianta ficar com a criança em casa e descer para o play, muito menos na piscina. Reuniões de condomínio só depois dessa crise, não juntar pessoas para não correr risco. É momento de unir as famílias, aproximar pais e filhos“, completou o governador.

secretário de Estado de Saúde Edmar Santos lembrou que todos os idosos acima de 60 anos, doenças cardíacas, respiratórias, câncer, doença imunológica grave, têm que ter cuidado ainda maior. “Não adianta ele ficar em casa e o familiar ir. Precisamos proteger nossos avós, nossos pais e demais idosos”, disse.

A maioria dos casos de coronavírus é leve. Se sentir febre, coriza, tosse e dor no corpo, a orientação é ficar em casa por duas semanas. “Só devem procurar os serviços de saúde pessoas com dificuldade para respirar, pois o quadro de saúde delas pode se agravar”, explicou o secretário.

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Duas mortes suspeitas são investigadas

Em nota no fim do dia, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) esclareceu que não há confirmação sobre óbito por coronavírus no Estado do Rio. Embora a Prefeitura de Miguel Pereira tenha divulgado morte de mulher com sintomas compatíveis aos relatadas para Covid-19, a SES esclarece que o material da paciente acaba de chegar ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ), única unidade estadual capaz de realizar o teste para confirmar ou descartar o vírus.

A SES informa que a vítima não fazia parte da lista de casos confirmados até o momento. O resultado dos exames deve sair em até 48 horas. Até esta terça-feira (17/3), o estado registrou 33 casos confirmados de coronavírus (Covid-19), sendo 31 na cidade do Rio de Janeiro, um em Niterói e um em Barra Mansa. As vítimas confirmadas hoje são duas mulheres. Um dos pacientes está internado em estado grave e os demais estão em isolamento domiciliar, apresentando estado de saúde estável. A SES esclarece ainda que registrou os primeiros casos de transmissão comunitária na capital fluminense.

Por volta das 22 horas, uma clínica de Niterói comunicou que um homem de 69 anos morreu de choque séptico e pneumonia, com quadro típico de novo coronavírus. O enteado dele havia chegado de Nova Iorque com teste positivo de Covid-19, mas o homem não. O paciente possuía comorbidades e foi internado com insuficiência respiratória. A SES disse que paciente também não constava na lista de casos confirmados para coronavírus divulgada pela SES. O resultado dos exames do paciente deve sair nos próximos dias.

Hotsite sobre o novo coronavírus

A população fluminense ganhou, nesta segunda-feira (16/03), mais um canal de comunicação oficial sobre o novo coronavírus (Covid-19) para ajudar no combate às fake news. Criado pelo Governo do Estado, o hotsite, que pode ser acessado pelo endereço rj.gov.br/coronavirus vai oferecer aos leitores informações sobre o enfrentamento à doença em todo o Rio de Janeiro, além de serviços e orientações sobre prevenção e sintomas.

O nosso compromisso é trabalhar para defender a população dessa doença. Através desse canal a população poderá se informar de todas as medidas que estamos tomando para conter ao máximo a proliferação do vírus. As informações serão atualizadas diariamente. O momento é de conscientização e de união”,  afirmou o governador Wilson Witzel.

Para o secretário de Saúde, Edmar Santos, é uma importante ferramenta para combater a propagação das fake news, que tantos danos podem causar à sociedade. Chamo a atenção para a seção Mitos e Verdades e para todas as ações que o Governo do Estado vem desenvolvendo desde janeiro – disse o

O internauta também poderá tirar dúvidas sobre a Covid-19 e encontrará boletins diários com números da doença, além de materiais informativos para profissionais de saúde e de campanhas de conscientização, que pode ser baixada e compartilhada nas redes sociais. O hotsite foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde, com o apoio técnico do Proderj.

Preços abusivos de álcool gel

A Delegacia do Consumidor (Decon) instaurou inquérito para apurar a cobrança de preços abusivos na venda de produtos voltados à prevenção e combate ao novo coronavírus. Os agentes investigam estabelecimentos comerciais que aumentaram o preço do álcool em gel e máscaras descartáveis.

De acordo com o delegado titular da especializada, Mario Jorge Andrade, é inaceitável que os fornecedores, se aproveitando da situação, elevem os preços destes produtos. Ainda segundo o delegado, a conduta, além de ser considerada abusiva, é crime contra a economia popular.

Com Ascom GovRJ

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