Após uma semana de espera, a família do estudante Caio Costa Silva, de 15 anos, atropelado quando seguia de bicicleta para a escola, conseguiu finalmente que ele fosse transferido pelo plano de saúde Unimed Rio para a a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Quinta D´Or, em São Cristóvão, especializado em atendimento neurológico. No entanto, o adolescente, ainda em estado grave, teve que esperar mais uma semana por uma ressonância na unidade.

O exame poderia avaliar a extensão da lesão cerebral que Caio sofreu ao ser atropelado no dia 11 de abril na Barra da Tijuca. Mas o aparelho quebrou uma hora antes do horário previsto para ser examinado, às 20h da última quinta-feira (25). O garoto sofreu dois coágulos no cérebro e ainda não havia passado por avaliação de possíveis sequelas porque estava em coma induzido.

A recomendação médica para fazer a ressonância foi feita na terça-feira (23), quando Caio ainda estava internado no Hospital Pró-Cardíaco Juta Batista, em Botafogo, Zona Sul. Especializado em Cardiologia Infantil, o local não oferecia a ressonância e cogitou levá-lo para outro hospital no mesmo bairro para realizar o exame, o que não chegou a ocorrer.

Em coma desde o dia do acidente, ele “acordou” na última quarta-feira (24), com a redução da sedação, e segue em estado grave no Quinta D´Or. Nesta terça-feira (29), Caio iniciou exercícios respiratórios, uma tentativa da equipe médica de retirá-lo da respiração artificial. No Pró-Cardíaco ele já havia sido submetido a uma traqueostomia para permitir a ventilação.

Caio com a mãe, Carla: menino está em coma desde o dia 11 após ser atropelado (Foto: Acervo de família)

Caio foi transferido na madrugada do dia 25 para o Quinta D´Or e passou o dia aguardando o exame. Às 19h, a família foi informada que o aparelho quebrou e que deveria aguardar.

A corretora de imóveis Carla Costa, mãe de Caio, contou que o resultado da ressonância, que saiu no dia 1º de maio, foi

SEM RESPOSTA

Desde o dia 21 de abril o Portal ViDA & Ação vem cobrando e aguarda um posicionamento oficial da Unimed Rio sobre o caso. Na última quarta-feira (24), a assessoria de imprensa do plano de saúde chegou a afirmar que a família não teria consentido a transferência do adolescente para uma vaga de UTI no Hospital da Unimed Barra no dia do acidente. A mãe de Caio negou.

Já o Fluminense Futebol Clube não conseguiu apurar, uma semana após ser contatado pelo ViDA & Ação, se os ocupantes do veículo que atropelou Caio eram, de fato, jogadores do time, conforme relataram testemunhas. Apenas informou que o condutor do veículo – identificado como Cristiano Pinheiro Barros na 42ª DP (Barra da Tijuca) – não era seu funcionário.

A família reclama que não recebeu até o momento nenhuma assistência por parte dos atropeladores.

(Matéria atualizada em 4/5/19)

 

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