Os casos de dengue quadruplicaram em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na última segunda-feira (12). O aumento de casos se deve a fatores correlacionados: o calor excessivo e as chuvas intensas, além do ressurgimento recente dos sorotipos três e quatro do vírus da dengue no Brasil.

O problema não acontece só na rede pública. Em Minas Gerais, um dos estados brasileiros com maior incidência, por exemplo, a Rede Mater Dei de Saúde registrou mais de 3.700 casos de suspeita de dengue em seus cinco hospitais, o maior número registrado até 29 de janeiro. A maior demanda não é por casos graves, mas leves da doença.

“Nós acompanhamos em tempo real as informações de casos de dengue nos nossos hospitais. A demanda desse momento não está sendo a internação, mas sim os casos leves, para os quais a recomendação é o repouso em casa. Como estamos tendo a contaminação do DEN-2 é esperado ter um volume e não complexidade, ou seja muitos casos porém em sua maioria sem agravamento”, comenta Silvana Barros, Infectologista e Chefe do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção da rede.

Segundo ela, os casos tendem a aumentar ainda mais por consequência do carnaval. “Diante do volume muito grande de pessoas saindo de uma região indo para outra é possível que elas sejam expostas, mas pelo tempo de incubação do vírus, irão acabar adoecendo quando voltar para seu local de origem”, ressalta.

Tire as dúvidas mais comuns sobre a dengue

Com o avanço da doença e da chegada de imunizantes para combatê-la, crescem também as dúvidas em torno de sinais e sintomas da dengue, tratamentos efetivos e o que evitar. Por isso, informar a população é uma questão de saúde pública nesse momento. Confira as principais dúvidas sobre prevenção, transmissão e vacinas:

  1. 1. Quantos tipos de dengue existem?

Quatro. O vírus da dengue é dividido em quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). No Brasil, predominam os sorotipos DENV-1 e DENV-2. Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o DEN-3 é o responsável por causar as formas mais graves da doença.

2. Como é transmitida a doença?

O vírus é transmitido para humanos por meio da picada de mosquito fêmea infectado. Após o período de incubação (4-10 dias) de seus ovos em lugares com água parada, o mosquito infectado é capaz de transmitir o vírus pelo resto de sua vida, que dura cerca de 30 dias.

3. A dengue pode ser transmitida de uma pessoa para outra?

Não. A única forma de transmissão do vírus da dengue é pela picada do mosquito fêmea do Aedes aegypti. Para que haja a contaminação é necessário que o mosquito esteja contaminado com um dos quatro sorotipos do vírus da dengue. A transmissão direta de um indivíduo para outro não é possível.

4. A segunda infecção por dengue pode ser pior do que a primeira?

Caso a pessoa tenha um segundo episódio de dengue, poderá apresentar ou não uma forma mais grave. Mas, a maioria dos casos de dengue hemorrágica ocorrem em pessoas anteriormente infectadas por um dos quatro tipos de vírus.

5. Quem pode tomar a vacina de dengue?

O público-alvo, em 2024, serão crianças e adolescentes, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

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