Bebês que nascem com malformações – como a mielomeningocele ou espinha bífida – podem ocasionar sequelas graves de desenvolvimento e até aumentar a mortalidade infantil. Estima-se que cerca de 2 a 3% dos recém-nascidos têm uma ou mais malformações congênitas, sendo estas responsáveis por 20% da mortalidade neonatal e 30 a 50% da mortalidade perinatal em países desenvolvidos.
A solução para esses quadros passa por acompanhamento pré-natal e correção intrauterina. Com o diagnóstico correto, o médico pode sugerir intervenções ainda durante a gestação, que melhoram as chances de sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes acometidos.
As cirurgias intrauterinas são de alta complexidade e demandam expertise de toda a equipe de saúde envolvida, por isso, queremos colocar nosso time em campo para proporcionar a essas famílias mais qualidade de vida e melhores prognósticos às crianças brasileiras”, ressalta Fábio Peralta, chefe da medicina fetal da Pro Matre e cirurgião fetal do HCor.
De acordo com o especialista a realização de exames de pré-natal ajuda no diagnóstico de diferentes doenças e alterações do bem-estar fetal, que podem mudar significativamente o desfecho da gravidez.

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A cirurgia ainda durante a gestação minimiza as sequelas, melhora o prognóstico e a qualidade de vida das crianças e das mães. No entanto, o procedimento não está no rol de cobertura obrigatória da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e, devido à maior incidência da malformação em cidades afastadas dos grandes centros urbanos, o acesso ao tratamento especializado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é difícil.
Desde 2009, o HCor oferece cirurgias intraútero para mães que fazem seu pré-natal na rede pública. O projeto de Cirurgias Intrauterinas é realizado por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadis-SUS). Podem ser assistidos bebês com diagnósticos de mielomelingocele fetal ou síndrome de transfusão feto-fetal.
O HCor também passou a incluir gestantes com esses quadros clínicos em seu programa de gratuidade, realizado pela Associação Beneficente Síria. Nesse novo projeto filantrópico, recebem o mesmo padrão de assistência gestantes atendidas por meio do projeto desenvolvido pelo Proadi-SUS.
Ao todo, mais de 250 tratamentos de alta complexidade foram concedidos até 2023. Os casos são encaminhados ao hospital pela rede de contatos médicos de todo Brasil e recebem atendimento ambulatorial, com a realização de exames antes e depois da intervenção cirúrgica.

Gestantes do SUS recebem atendimento

Em setembro de 2023, o Hcor e a Fundação Banco do Brasil iniciaram uma parceria inédita para ampliar as cirurgias intrauterinas gratuitas realizadas pelo hospital com o apoio Associação Beneficente Síria (ABS), mantenedora da instituição. O objetivo é dobrar em 18 meses a realização de cirurgias intrauterinas em gestantes cujos bebês são diagnosticados com mielomeningocele (MMC).

Referência em cirurgias intrauterinas, o Hcor realizou 51 intervenções do tipo em 2022, via atuação filantrópica da ABS.  São beneficiadas com tratamento especializado, de forma 100% gratuita, mulheres gestantes de qualquer cidade brasileira, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e em situação de vulnerabilidade social, transformando a vida de bebês com essa malformação.

Com uma equipe obstétrica especializada em gestações de alto risco e da mais especializada equipe de medicina fetal, o HCor se destaca como um dos serviços mais completos no Brasil nesta área, e conta com as mais modernas técnicas terapêuticas para o tratamento de anomalias de toda natureza que ocorrem e são diagnosticadas ainda na vida fetal..

Atendimentos para pacientes da rede pública
Para saber mais sobre o programa, envie um e-mail à gestar@gestarcmf.com.br. As vagas para atendimento são limitadas e mediante avaliação médica.

Com Assessorias

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