A amizade pode desempenhar um papel importante na saúde mental, especialmente durante a melhor idade. Pesquisas da Mayo Clinic – grupo médico norte-americano sem fins lucrativos, indicam que pessoas com círculos sociais ativos tendem a apresentar menores índices de depressão e estresse.

Ainda de acordo com o estudo publicado em 2022,  amizades podem diminuir os índices de depressão porque tendem a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no corpo.

“A interação social regular estimula a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, conhecidos por promoverem sensações de prazer e bem-estar. A amizade também oferece um sistema de apoio vital em momentos de estresse e adversidade”, comenta Aline Sabino, psiquiatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e especialista em psicogeriatria pelo Instituto de Psiquiatria (IPq).

A amizade na terceira idade pode trazer diversos benefícios, segundo a especialista, como ter uma rede de apoio sólida, estimular hábitos saudáveis e até mesmo uma maior longevidade. Destacamos abaixo cinco benefícios que a amizade, seja na melhor idade ou não, pode trazer.

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Fortalecimento do sistema imunológico

A American Psychological Association (APA) destaca em um artigo publicado em 2023 que a falta de interações sociais positivas podem aumentar os riscos de paradas cardíacas e derrames.

Um dos estudos citados pelo artigo aponta que quando conversamos com um amigo de confiança a pressão sanguínea do corpo é mais baixa do que ao conversar com uma pessoa com a qual temos sentimentos ambivalentes.

Aumento da longevidade

Pesquisas citadas pela Harvard Health Publishing, em 2010, indicam que relações sociais saudáveis estão associadas a uma maior longevidade. Laços fortes podem reduzir o risco de mortalidade, proporcionando uma vida mais longa e saudável.

Diminuição do risco de depressão

A APA também aponta que a presença de amigos pode reduzir significativamente o risco de depressão. A interação social e o suporte emocional providos por amizades diminuem os sentimentos de isolamento e solidão, que são fatores de risco para a depressão.

Estímulo cognitivo

A psiquiatra Aline Sabino destaca que as interações sociais com amigos proporcionam um bom exercício mental para os idosos. De acordo com a especialista, conversas, jogos e atividades compartilhadas estimulam o cérebro, ajudando a manter a função cognitiva e potencialmente reduzindo o risco de declínio cognitivo e demência.

Melhoria na qualidade de vida

Amizades na terceira idade podem contribuir para uma maior satisfação com a vida. Segundo a psiquiatra, ter amigos com quem compartilhar experiências, memórias e momentos de alegria traz um senso de propósito e realização.

Isso pode resultar em uma atitude mais positiva em relação a esta fase da vida, aumentando a autoestima e promovendo um envelhecimento mais feliz, o que reforça a importância de cultivar e manter amizades ao longo da vida, especialmente na terceira idade, contribuindo para uma rotina mais plena e saudável”, finaliza Sabino.

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Essa conexão social promove um senso de pertencimento, reduzindo o isolamento social, que é um fator de risco significativo para problemas de saúde mental.

“Engajar-se em atividades com amigos não apenas proporciona momentos de diversão e alegria, mas também oferece uma série de benefícios terapêuticos”, explica Rosane Machado, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera.

Segundo ela, participar de atividades sociais com amigos ajuda a combater o isolamento, criando um ambiente de apoio e compreensão mútua. O suporte emocional dos amigos fortalece a autoconfiança e a valorização pessoal, essenciais para lidar com sintomas de ansiedade.

Além de fornecer suporte emocional, as amizades desempenham um papel importante na promoção da saúde mental através da liberação de hormônios benéficos.

Rir, conversar e compartilhar experiências com amigos estimula a liberação de endorfinas, neurotransmissores que contribuem para a sensação de bem-estar e felicidade. Essas atividades também podem aumentar os níveis de ocitocina, um hormônio associado à vinculação social e à redução do estresse.”

Rosane Machado destaca ainda que “a interação social positiva e o suporte emocional dos amigos são fundamentais no tratamento de transtornos como depressão e ansiedade. Além de oferecerem um ambiente de conforto e compreensão, as amizades incentivam a adoção de hábitos saudáveis e promovem a resiliência emocional”.

Para a especialista, o Dia do Amigo (20 de julho) e o Dia Internacional da Amizade (30 de julho) são uma oportunidade para reconhecer e valorizar a importância das amizades em nossas vidas. “Encorajo todos a investirem tempo em atividades com amigos, cultivando vínculos que não só enriquecem nossas vidas, mas também fortalecem nossa saúde emocional”, finaliza a professora.

Com Assessorias

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