Boa notícia para quem depende de tratamento para o câncer no Estado do Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Saúde anunciou nesta sexta-feira (19) – e vamos cobrar – o investimento de R$ 59 milhões por ano para o tratamento em oncologia no estado.
O valor de R$ 4.9 milhões mensais será aplicado nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons). Serão contempladas nove unidades situadas em todas as regiões do estado e que realizam os serviços de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas.
A medida é um alento para centenas de famílias de pacientes que precisam recorrer ao tratamento, especialmente no interior do estado. Um levantamento recente apresentado na Alerj mostrou que a fila de espera por atendimento nos casos de câncer de mama é grande e contraria a “lei dos 60 dias”, que prevê o diagnóstico e início do tratamento do câncer em até dois meses.
O aporte será aplicado na Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, Hospital Santa Izabel, em Cabo Frio, Hospital Escola Álvaro Alvim, em Campos dos Goytacazes, Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, Hospital Alcides Carneiro, em Petrópolis, Hospital Regional Darcy Vargas, em Rio Bonito, Hospital São José, em Teresópolis, Hospital Universitário de Vassouras, HINJA, em Volta Redonda.
Mamógrafos em funcionamento
A rede estadual conta com 9 mamógrafos distribuídos em diversas regiões do estado e que dão suporte aos municípios. Apenas no Rio Imagem, localizado no Centro do Rio, foram realizados, de janeiro a agosto de 2018, 28.792 exames, um aumento de 80% em relação ao mesmo período do ano passado.
A SES conta também com dois mamógrafos móveis, que realizaram cerca de 8.600 exames esse ano. A SES afirma ainda que habilitou novos serviços de tratamento do câncer, em Barra Mansa, Angra dos Reis e Três Rios, auxiliou a ampliação da radioterapia em Cabo Frio.
Programa de Navegação de Pacientes
Além de oferecer mamografia, que é o exame capaz de detectar o câncer de mama em fase inicial, às mulheres do estado, a SES conta ainda com o Projeto de Navegação de Pacientes (PNP), que prevê acompanhamento feito por equipe formada por médico, técnicos e assistente social.
Pioneiro no país, o objetivo da iniciativa é prestar assistência imediata e individualizada às mulheres com câncer de mama desde a confirmação do diagnóstico até o início do tratamento. Atualmente, dados do Sistema Estadual de Regulação mostram que o tempo médio entre a solicitação e a primeira consulta com mastologista oncológico é de cerca de 60 dias.
Lançado em 2017, o PNP atende hoje entre 40 e 50 mulheres por mês. Desde o começo da iniciativa, 579 pacientes foram acompanhadas com mastologistas, exames complementares e apoio de assistente social.
Fonte: SES, com Redação