A chegada da primavera é motivo de alegria para a maioria das pessoas, em razão do clima mais quente e do colorido das flores. Por outro lado, as mudanças provocadas pela estação podem trazer também o desconforto das alergias, provocadas pela dispersão do pólen no ar, aliadas à poluição e bruscas variações térmicas.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai),alergia ao pólen, uma das mais frequentes nesta época, aumenta principalmente na infância. Dados brasileiros revelam que 22% de crianças do Sul têm sensibilização ao pólen de gramíneas em pesquisa de anticorpos IgE no sangue. Cerca de 25% dos adultos desta região têm alergia clínica ao pólen.

Com 300 mil atendimentos gratuitos já realizados, o Brasil Sem Alergia, voltado ao tratamento de alergias e doenças imunológicas, vai oferecer, testes alérgicos especiais durante toda a primavera em suas três unidades na Baixada Fluminense. Totalmente gratuito, o exame será focado no diagnóstico de rinites sazonais e da doença polínica (ou polinóse), processos alérgicos muito comuns com a explosão de pólen com a chegada da nova estação.

Os testes serão realizados de segunda a sábado, de 9h às 18h, na Rua Conde de Porto Alegre, 155, no bairro 25 de Agosto (Duque de Caxias); na Rua Iracema Soares Pereira Junqueira, sem número, na Cruz Vermelha de Nova Iguaçu (Nova Iguaçu); e no Centro Médico Estrela de David, na Praça da Mantiqueira, 18 (Xerém). Se for diagnosticado com alergia sazonal da primavera, o paciente poderá seguir tratamento no projeto de forma gratuita.

Para agendamento, os interessados deverão marcar horário pelos telefones (21) 4063-8720 ou (21) 3939-0239 ou ainda pelo site www.brasilsemalergia.com.br.

Especialista explica ação do pólen

Nelson Rosário, coordenador do Departamento Científico de Imunoterapia e Imunobiológicos da  ASBAI, explica que a flor produz o pólen que é o gameta masculino responsável pela reprodução da planta. O pólen pequeno e leve, produzido em grandes quantidades, é carregado pelo vento para a fecundação aleatória.

“Nem todos os polens têm potencial alergênico, mas as gramíneas, incluindo-se o capim, encontradas em todas as regiões do Brasil, são a principal causa de alergia polínica no País. O principal causador de alergia é o azevém (Lolium)”, explica o especialista. Ele responde a algumas dúvidas sobre a alergia ao pólen.

Quais os sintomas da alergia ao pólen?

Em contato com as mucosas das pessoas sensibilizadas (alérgicas), o pólen desencadeia uma reação inflamatória, cujas características são a rinite e conjuntivite. Ocorre uma sucessão de espirros, o nariz, os olhos e a garganta coçam intensamente; há congestão nasal e os olhos se tornam vermelhos e lacrimejantes. Alguns alérgicos ao pólen apresentam asma, com tosse, chiado e dificuldade respiratória.

Quais regiões do Brasil apresentam mais casos desse tipo de alergia?

Originalmente, esta alergia foi descrita em Curitiba e depois se observou que em outras localidades do Sul do Brasil também havia pacientes com doença polínica. Mudanças climáticas têm contribuído para o aumento da frequência desta alergia. As plantas crescem rapidamente e produzem mais polens. O aquecimento global antropogênico resulta no florescimento mais precoce, com isso a estação polínica começa mais cedo e se prolonga mais que o habitual.

Sintomas de rinoconjuntivite alérgica e asma consequentemente serão mais intensos, começarão mais precocemente e serão mais prolongados tendo em vista essa interação com cargas polínicas maiores na atmosfera. Está demonstrado que plantas da mesma espécie crescendo em áreas rurais, produzem menos grãos de pólen e com menos conteúdo alergênico do que aquelas crescendo à margem de rodovias e sujeitas a índices maiores de poluentes do ar.

É possível prevenir?

Infelizmente não há prevenção para esta alergia.

Há tratamento para alergia a pólen?

Além de medicamentos antialérgicos para o controle dos sintomas da alergia ao pólen, há possibilidade de utilização de vacinas com extratos alergênicos específicos. Estas vacinas podem ser de uso injetável (subcutânea) ou por via sublingual, sempre com a indicação e o acompanhamento de um médico.

Fonte: Brasil Sem Alergia e Asbai

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1 Comment
  • Avatar Maria de Fátima G. Taylor
    Maria de Fátima G. Taylor
    22 de janeiro de 2019 at 17:30

    Já fui ao médico …continuo duas semanas com o corpo cheio de bolinhas tipo uma alergia..n sinto. Q seja na pele mas uma alergia vindo tipo de dentro..o médico passou prednisona e cloridrato de hidroxizina ..mas acordei com cansaço e falta de ar..parei o uso dos medicamentos..agora vou voltar ao médico pra pedir um exame mas detalhado..ataca otite no ouvido..tosse..e agora a garganta parece querendo inflamar….

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