Um estudo inédito, realizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e que será divulgado nos próximos dias, aponta uma forte concentração de médicos e médicas especialistas na rede privada de saúde, muitas vezes em instituições que não prestam atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para resolver essa desigualdade, o Ministério da Saúde anunciou que busca novas parcerias com setor privado para acelerar atendimento no SUS.

A proposta é ampliar o acesso a consultas, exames e cirurgias com qualidade e agilidade para os pacientes da rede pública de saúde, com apoio da iniciativa privada –  hospitais, operadoras de planos de saúde e estruturas da medicina suplementar.  Entre as instituições que estão em negociação com a pasta está o Hospital AC Camargo, uma das maiores referências em oncologia no Brasil, que poderá contribuir com o diagnóstico de câncer no SUS.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta terça-feira (29) que o Governo Federal está desenvolvendo um novo modelo de gestão para reduzir o tempo de espera por atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e acelerar o acesso da população a consultas especializadas, exames e cirurgias.] O anúncio foi feito após reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

Eu vim aqui hoje apresentar ao presidente Lula um quadro geral dos nossos esforços para garantir o atendimento de qualidade e no tempo certo para os usuários do SUS, que, como vocês sabem, é uma obsessão deste governo”, afirmou Padilha.

De acordo com o ministro, a ideia é aproveitar a capacidade instalada — muitas vezes ociosa — dos hospitais e ambulatórios privados.

Um dos principais compromissos do presidente Lula é garantir que a população brasileira tenha acesso ao atendimento médico especializado no tempo certo, especialmente em casos graves como o câncer. Para cumprir essa meta, estamos trabalhando em um redesenho estratégico das parcerias com o setor privado, com o objetivo de ampliar a oferta de serviços e reduzir o tempo de esper”, destacou Padilha.

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A medida visa garantir o cumprimento dos prazos legais de atendimento, como o diagnóstico de câncer em até 30 dias e o início do tratamento em até 60 dias. “Queremos mudar essa realidade. Isso significa integrar mais esses profissionais e serviços ao atendimento público. O importante é garantir que o cidadão receba o cuidado de que precisa, no tempo certo e com qualidade. Essa é a nossa obsessão e vamos seguir trabalhando firmemente para alcançar esse objetivo”, completou o ministro.

Durante a pandemia, muitos procedimentos foram adiados, o que gerou um represamento de cirurgias, exames e diagnósticos que hoje pressiona o sistema público. Segundo Padilha, a integração com o setor privado é fundamental para enfrentar esse passivo com eficiência e agilidade. O presidente Lula autorizou que o Ministério da Saúde, em conjunto com a Casa Civil e outros ministérios, avance na construção de propostas concretas.

Estamos montando essas iniciativas e esperamos anunciá-las em breve, honrando o compromisso do presidente Lula”, ressaltou Padilha. O ministro afirmou, ainda, que tem urgência em fazer essas ações acontecerem logo.

“Tudo o que já estava sendo planejado está sendo acelerado. Um exemplo é a entrega de novos equipamentos de radioterapia em unidades do SUS por todo o país, o que vai permitir reduzir o tempo de espera para o início do tratamento”, destacou o ministro ao informar que as medidas serão implementadas ainda este ano.

“Nosso foco é garantir, já neste ano, que mais pessoas tenham acesso ao atendimento médico especializado no tempo adequado. Esse é o esforço que estamos liderando com determinação, para que a população sinta os resultados o quanto antes”, concluiu Padilha.

Fonte: Ministério da Saúde

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