Conscientizar-se é o primeiro passo para prevenir doenças. Para que as pessoas estejam atentas às enfermidades e procurem realizar exames periodicamente, entidades médicas e sanitárias do mundo inteiro criam um movimento colorido de campanhas de saúde o ano inteiro. Afinal, as cores são fáceis de memorizar e assim, é feita toda uma mobilização coletiva para que as campanhas de prevenção sejam amplamente difundidas, abordando assuntos, muitas vezes, esquecidos ou pouco abordados em meio a rotina.
Setembro é conhecido por ser um mês muito colorido e não é somente pela chegada da Primavera. O mês traz cinco cores alusivas e ao menos sete diferentes alertas. Conhecido mundialmente, o Setembro Amarelo alerta para o suicídio e os transtornos mentais que podem levar ao ato. Já o Setembro Vermelho destaca a prevenção das doenças cardiovasculares.
A cor verde deste período representa três campanhas: o mês de prevenção ao câncer de intestino, do incentivo à doação de órgãos e da biossegurança na Odontologia. Já o Setembro Dourado é voltado a combater o câncer infanto-juvenil enquanto o Setembro Roxo busca a conscientização sobre a fibrose cística.
Entenda cada um deles:
Setembro Verde: prevenção ao câncer de intestino
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) alerta para a alta incidência desta patologia, que é a segunda mais frequente em mulheres (após o câncer de mama) e a terceira mais comum em homens (depois do câncer de próstata e pulmão). Entretanto, 90% dos casos poderiam ser evitados com prevenção e hábitos saudáveis, como alimentação e exercícios físicos, conforme propõe o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
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Setembro Verde: atenção para a doação de órgãos
A outra bandeira do “Setembro Verde” é pelo “Dia Nacional da Doação de Órgãos”, comemorado no dia 27. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo e referência mundial nessa área. A decisão final é da família, que ainda representa o maior motivo de impedimento à doação de órgãos e tecidos.
Por isso encoraja-se o diálogo neste mês: expor a vontade de doar é importante para que a família entenda e se acostume com a ideia. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, um único doador pode beneficiar até quinze pessoas. Doar órgãos e tecidos é doar vida!
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Setembro Verde também pela biossegurança na Odontologia
Nunca o tema da biossegurança foi tão importante como agora, quando o mundo enfrenta os desafios da pandemia de covid-19. Intitulada Setembro Verde, a Campanha de Conscientização da Biossegurança em Odontologia (SETBIO) ganha relevância especial no ano de 2020, sua segunda edição. A iniciativa, que conta com o apoio dos Conselhos Federais e Regionais de Odontologia, incluindo o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), tem como objetivo estimular medidas para prevenção de acidentes e contaminações durante as consultas.
A biossegurança é um fundamento imprescindível na Odontologia, pois é o princípio da atenção à saúde geral do paciente e de toda a equipe de saúde bucal. Ela engloba muito mais do que a simples utilização de barreiras físicas para o atendimento. Mais do que isso, a biossegurança envolve conhecer microbiologia, epidemiologia e infecção.
É necessário também conhecer aspectos relacionados às vacinas obrigatórias e facultativas oferecidas à população, por exemplo. O cirurgião-dentista precisa ter em mente todos esses conhecimentos para fazer boas escolhas no cuidado odontológico de todas as pessoas envolvidas nos procedimentos, tanto pacientes quanto a equipe”, explica Mary Caroline Macedo, membro do Grupo de Trabalho de Biossegurança do CROSP.
A Odontologia, em comparação a outras áreas de saúde, tem como diferencial a grande proximidade física com que os cirurgiões-dentistas atendem seus pacientes, estando em contato com a saliva e com as vias aéreas superiores, o que reforça a atenção à biossegurança. “Por esta razão, é fundamental a troca de EPIs a cada paciente. O cirurgião-dentista pode realizar procedimentos que geram aerossóis e em alguns casos, quer sejam urgência ou emergência, correm risco de atender pacientes infectados com o coronavírus. Portanto, todo cuidado é pouco”, frisa Mary Caroline.
Também é importante que haja tempo para a dispersão dos aerossóis e uma limpeza de superfícies com agentes descontaminantes capazes de assegurar que o ambiente possa ser reutilizado. Os consultórios odontológicos estão preparados e equipados para receberem os pacientes, de acordo com todas as normas de biossegurança, o que mantém o risco de contágio em um patamar mínimo. “Campanhas são sempre bons momentos para se retomar princípios fundamentais. A SETBIO assegura que o assunto biossegurança, em toda a sua amplitude, possa ser repensado, reestudado e reorganizado”, reforça Mary Caroline.
Setembro Amarelo alerta para o risco de suicídio
O “Setembro Amarelo” pede atenção aos sinais do suicídio. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), transtornos mentais representam 96,8% dos casos de morte por suicídio – em primeiro lugar, ligados à depressão, seguido por transtorno bipolar e abuso de substâncias.
No Brasil são registrados cerca de 12 mil suicídios por ano e no mundo, os casos passam de 1 milhão. O dia 10 deste mês também é o “Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio”, mas a conscientização deve ocorrer o ano inteiro. Saúde mental também é de extrema importância!
Este ano a campanha tem como lema “É preciso agir”, alertando para a urgência no atendimento a pessoas com ideias suicidas. A ação é realizada pela ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e Centro de Valorização da Vida (CVV).
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Setembro Vermelho destaca cuidados com o coração
A campanha “Setembro Vermelho” pede a conscientização e prevenção das doenças cardiovasculares. No Brasil e no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, as morbidades do coração e circulação estão entre as principais causas de morte.
Também no dia 29 deste mês, é celebrado o “Dia Mundial do Coração” e por isso, Setembro todo é dedicado a uma atenção especial aos hábitos que podem colaborar para o desenvolvimento de uma enfermidade cardiovascular. É importante que sejam realizados exames periódicos: o diagnóstico precoce aumenta exponencialmente as chances de cura e busca de tratamento adequado.
Reiterando a importância da monitoração médica, o cirurgião vascular Francisco Simi, do SAUDI (Sistema de Auditoria de Contas Médicas), ressalta: “Especialmente neste mês de setembro, temos fortes motivos para olharmos mais atentamente para a nossa saúde. Lembrando ainda que é fundamental realizar os exames periódicos, que são capazes de detectar precocemente as patologias, facilitando e muito, o tratamento”.
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Setembro Roxo: conheça a fibrose cística
Setembro também é o mês de conscientização da Fibrose Cística, uma grave doença pulmonar que não tem cura, mas tem tratamento. Conhecida também como a “doença do beijo salgado”, a FC é uma doença rara que ataca os pulmões e provoca grande sofrimento.
No Brasil, existem aproximadamente 4.500 pessoas com a patologia e, no mundo, cerca de 70 mil pessoas são portadoras da doença. Por aqui, estima-se que, a cada dez mil nascidos vivos, um seja portador de fibrose cística, doença genética rara que faz com que a secreção do organismo seja mais espessa que o normal, desencadeando diversos sintomas, como suor mais salgado, tosse crônica, dificuldade em ganhar peso e estatura, pneumonias frequentes e diarreia. No Brasil,
O Setembro Roxo, Mês Nacional de Conscientização da Fibrose Cística, é promovido pelo Instituto Unidos pela Vida com o intuito de conscientizar a sociedade sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce. É possível identificá-la pelo teste do pezinho e a sua confirmação se dá por meio do diagnóstico do teste do suor. A data surgiu para contribuir com a busca do diagnóstico precoce e melhorar a qualidade de vida das pessoas com a doença.
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Setembro Dourado: combate ao câncer infantojuvenil
O ‘Setembro Dourado’ tem a finalidade de alertar a sociedade sobre a importância de se atentar aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, contribuindo para a detecção e o tratamento precoce. A campanha conta com ações de conscientização e palestras para profissionais da área. Essas ações também visam reivindicar os devidos investimentos na assistência a esses pacientes que “valem ouro”, por isso o dourado foi a cor escolhida.
O câncer pediátrico é a primeira causa de morte por doença em crianças acima de um ano. “No Brasil, o diagnóstico ainda é feito tardiamente, o que acarreta uma menor chance de sucesso no tratamento, como também uma exposição maior a tratamentos agressivos”, afirma Fernanda Martins, oncologista.
Apesar do dado alarmante, a evolução das modalidades terapêuticas, aliadas à centralização e melhor suporte de cuidado, têm contribuído para um aumento das taxas de cura do câncer infantil. “Estima-se que 1 a cada 250 adultos são sobreviventes do câncer pediátrico. O diagnóstico precoce é de fundamental importância para redução da morbimortalidade”, conclui.
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Com Assessorias