Apesar de já registrar 18 casos de sarampo, o Rio de Janeiro é um dos estados com menor cobertura de vacinação contra a doença, com 41,45%, só perdendo para Roraima, onde a cobertura é de 41,09%.   Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas.

Até o dia 21 de agosto, foram confirmados 1.087 casos de sarampo no Amazonas, e 6.693 permanecem em investigação. Já o estado de Roraima confirmou 300 casos da doença e 67 continuam em investigação. Entre os confirmados, 9 casos foram atendidos no Brasil e estão recebendo tratamento, mas residem na Venezuela.

Os surtos estão relacionados à importação, já que o genótipo do vírus (D8) que está circulando no país é o mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde 2017.  Além dos 18 casos do Rio de Janeiro, casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (2), Rio Grande do Sul (16); Rondônia (1), Pernambuco (2) e Pará (2).

O Ministério da Saúde informou que permanece acompanhando a situação e prestando o apoio necessário aos estados e esclarece que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todo o país.

Número recorde na Europa

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de sarampo chegaram a um número recorde na Europa. Os dados, divulgados pela organização nesta segunda-feira (20), apontam que mais de 41 mil crianças e adultos na Região Europeia foram infectados com sarampo nos primeiros seis meses de 2018. O número total de casos para esse período excede os 12 meses reportados em todos os outros anos desta década.

Desde 2010, o ano de 2017 foi o que teve o maior número de casos: 23.927. Em 2016, registrou-se a menor quantidade: 5.273. Além disso, pelo menos 37 pessoas morreram devido à doença neste ano. Sete países da região tiveram mais de uns mil casos neste ano (França, Geórgia, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia). A Ucrânia foi a mais atingida com mais de 23 mil pessoas afetas, o que representa mais da metade da população do país.

Baixas coberturas contra a pólio

Ainda no Rio, 40,15% do público-alvo foram vacinados para poliomielite, enquanto em Roraima a cobertura é de 44,61%. Os estados que estão com as melhores coberturas vacinais são: Amapá, com 90,33% para a pólio e 90,14% para o sarampo, seguido por Rondônia com 89,86% pólio e 88,44% sarampo.

O Ministério da Saúde garante que oferta todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao todo, são 19 para combater mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Por ano, são cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos distribuídos em todo o país.

Campanha de vacinação vai até dia 31

Esta semana é a última oportunidade dos pais e responsáveis levarem as crianças de um ano a menores de cinco para se vacinarem contra a pólio e sarampo. A Campanha Nacional de Vacinação contra as duas doenças termina dia 31 de agosto. Até o momento, 4,1 milhões de crianças em todo país ainda não receberam a vacina. A última atualização enviada pelos estados mostra que, até esta sexta-feira (24), 62% das crianças brasileiras se vacinaram.

Em todo o país, foram aplicadas mais de 14 milhões de doses das vacinas (cerca de 7 milhões de cada). A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças independente da situação vacinal delas e criar uma barreira sanitária de proteção da população brasileira.

Para a poliomielite, as crianças que ainda não tomaram nenhuma dose da vacina na vida serão vacinadas com a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). As crianças que já tiverem tomado uma ou mais doses receberão a gotinha (Vacina Oral Poliomielite – VOP). Em relação ao sarampo, todas as crianças devem receber uma dose da vacina tríplice viral, independente da situação vacinal. A exceção é para as que tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias, que não necessitam de uma nova dose.

Para mais informações, acesse a página especializada sobre vacinação no portal do Ministério da Saúde. 

 

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