Muitas pessoas não sabem, mas os rins são essenciais para a manutenção da vida, tão importantes quanto o coração. Enquanto esse músculo bombeia o sangue para todo o corpo, são os rins que fazem a filtragem das substâncias tóxicas e líquidos em excesso que precisam ser eliminados do sangue, saindo do organismo pela urina. rim também participa da produção de hormônios e substâncias que influenciam na saúde dos ossos, no transporte de oxigênio no corpo e regulam a pressão arterial. Sem rim, não há vida.

Uma boa alimentação, com pouco sal, açúcar, gorduras, álcool e tabaco, influenciam a saúde renal. Fazer exercícios físicos e ingerir bastante líquidos também são importantes. Outro ponto muito importante é que as pessoas não devem tomar medicamentos, especialmente anti-inflamatórios, antibióticos, suplementos e anabolizantes, sem o devido acompanhamento médico. Alguns medicamentos, isoladamente ou combinados, podem trazer graves prejuízos aos rins.

“Mesmo os fitoterápicos podem ser muito perigosos. É recomendado que os médicos procurem conhecer a saúde renal dos pacientes para ajustar a dose de remédios quando necessário, ou até mesmo evitar a prescrição de algumas classes de medicações, dependendo da realidade de saúde de cada paciente”, alerta a médica nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care.

O Dia Mundial do Rim (9 de março) marca uma luta em diversos países para promover boa saúde renal a todos. Apesar dos avanços, a doença renal é grave e muitas pessoas vão a óbito, em geral por doenças como derrames vasculares ou infarto, tanto pelo problema renal em si quanto pelas doenças que causaram essa doença renal, como a pressão arterial alta e o diabetes, as duas mais comuns. Mas existem várias outras condições que podem piorar a saúde renal, como doenças autoimunes. Também há pessoas que já nascem com malformações.

“Nossa luta é para conscientizar médicos generalistas ou mesmo especialistas, como por exemplo os ginecologistas, que acompanham mais frequentemente a saúde das pessoas, para que estejam atentos à função renal de seus pacientes e solicitem ao menos exames anuais para medir a creatinina”, reforça a médica nefrologista.

Exame de creatinina para todos

Todas as pessoas devem procurar saber como vai a sua saúde renal, porém, alguns grupos de pacientes devem estar mais atentos e acompanhar a função renal com mais frequência. São os portadores de diabetes, hipertensão arterial, idosos, obesos, cardíacos e pessoas com doença renal crônica na família.

“As pessoas que possuem algum risco precisam estar atentas e seguir todas as recomendações médicas. Só assim poderemos reduzir o número de pacientes com doenças renais”, ressalta a especialista.

Mesmo com tanta importância, muitas pessoas não têm acesso a exames que mostrem como está a saúde renal. E o exame da creatinina no sangue e um exame simples de urina são suficientes para isso. São exames muito baratos e disponíveis tanto na rede de saúde pública quanto na rede privada. Por isso, o tema do Dia Mundial do Rim deste ano foca no exame de creatinina para todos.

Muito diferente da glicose ou do colesterol, cujos médicos solicitam medição em todo exame de sangue solicitado, a medição de creatinina ainda é muitas vezes negligenciada. Quando essa substância está em excesso no sangue, significa que os rins não estão fazendo sua filtragem adequadamente porque está com algum tipo de lesão.

Doença silenciosa: diagnóstico precoce é essencial

Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care (Foto: Divulgação)

A especialista explica que a doença renal é silenciosa e vai progredindo aos poucos, sem que o indivíduo perceba. Quando a doença renal é descoberta em fase inicial, é possível evitar que se tenha falência total dos rins com dieta e medicamentos. Mas, normalmente, quando aparecem sintomas, a pessoa já está com uma doença em estágio muito avançado.

“Nessa fase, só se pode adiar um pouco os tratamentos que substituem a função dos rins, com o uso de alguns medicamentos. Para substituir a função dos rins, há necessidade de se realizar o tratamento de diálise, e, sempre que possível, o paciente pode receber um rim transplantado”, destaca Ana Beatriz.

Segundo ela, hoje temos drogas bastantes eficazes para tratar esses muitos pacientes em risco e, no Brasil, alguns desses medicamentos estão disponíveis inclusive na farmácia popular. “Mas precisamos que médicos façam diagnósticos precoces e a população reconheça a necessidade de levar muito a sério o tratamento de doenças crônicas mesmo quando assintomáticas, incluindo a urgência em se modificar os hábitos de vida”, diz.

Apesar dos avanços, a doença renal é grave e muitas pessoas vão a óbito, em geral por doenças como derrames vasculares ou infarto, tanto pelo problema renal em si quanto pelas doenças que causaram essa doença renal, como a pressão arterial alta e o diabetes, as duas mais comuns. Mas existem várias outras condições que podem piorar a saúde renal, como doenças autoimunes. Também há pessoas que já nascem com malformações.

“Nossa luta é para conscientizar médicos generalistas ou mesmo especialistas, como por exemplo os ginecologistas, que acompanham mais frequentemente a saúde das pessoas, para que estejam atentos à função renal de seus pacientes e solicitem ao menos exames anuais para medir a creatinina”, reforça a médica.

Sintomas podem ser confundidos com outras doenças

A doença renal crônica em geral se apresenta como uma diminuição lenta e progressiva das funções dos rins, que pode levar de meses a anos, e também pode ser provocada por doenças mais raras e específicas dos rins, como as glomerulopatias, os cistos hereditários e as doenças congênitas.

Nesses casos, podem ser reconhecidas até intraútero ou aparecer desde o nascimento. Doenças de vias urinárias que obstruem os rins, como cálculos e hipertrofia de próstata, quando não tratadas eficazmente, também podem lesar gravemente os rins.

Alguns sinais podem indicar a presença de um problema renal. São eles: urinar muito ou urinar pouco; urina escura, com espuma ou com sangue; inchaço nos olhos, tornozelos e pés, principalmente pela manhã; fraqueza; perda do apetite; falta de ar; aumento da pressão arterial; náuseas e vômitos.

Mas esses sinais podem ser também causados por outras doenças e quem pode dar o diagnóstico é o médico ao fazer os exames específicos, descobrindo, inclusive, em que fase a doença está.

“O importante é que as pessoas não procurem saber como estão seus rins apenas quando surgirem sintomas. Exames simples podem evitar grandes transtornos de saúde, perda da qualidade de vida e, por fim, morte precoce”, finaliza a médica.

Fonte: Fresenius Medical Care

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