O estudo, que tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 26 de outubro, é referente à SE 43, período de 20 a 26 de outubro. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 34,4% para rinovírus; e 24,3% para Sars-CoV-2 (Covid-19), 12,6% para influenza A; 10,6% para influenza B e 4,8% para vírus sincicial respiratório (VSR).
Em relação aos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), a atualização mostra que quatro das 27 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 43: Espírito Santo, Maranhão, Piauí e Rio de Janeiro. Já os estados de Mato Grosso, Pará, Paraíba e Pernambuco registram sinal de estabilidade dos novos casos de SRAG entre os idosos.
Quanto às capitais, sete apresentam sinal de aumento nos casos de SRAG até a SE 43. São elas Fortaleza (Ceará), João Pessoa (Paraíba), Manaus (Amazonas), São Luís (Maranhão), São Paulo (São Paulo), Teresina (Piauí) e Vitória (Espírito Santo).
Em nível nacional, observa-se tendência de queda ou estabilidade dos casos de SRAG nas crianças de até dois anos e na população idosa a partir dos 50 anos. Nas crianças a partir de dois anos, adolescentes e adultos, verifica-se um leve sinal de retomada do crescimento.
Mesmo diante do cenário de queda de casos de Covid-19, a pesquisadora a do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da manutenção das recomendações de prevenção, principalmente para as pessoas que moram nos estados com aumento dos casos de SRAG.
O ideal é usar máscaras em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde. Diante do aparecimento de qualquer sinal de síndrome gripal como coriza, tosse, febre, dor de garganta, o recomendado é sair de casa usando uma boa máscara”, afirma Portella.
Incidência e mortalidade por SRAG
A incidência e a mortalidade semanal média, nas últimas oito semanas epidemiológicas, mantêm o cenário típico de maior impacto nos extremos das faixas etárias analisadas. Enquanto a incidência de SRAG apresenta impacto mais elevado nas crianças até dois anos, em termos de mortalidade ocorre o inverso, com a população a partir de 65 anos sendo a mais impactada.
Dentre os casos positivos deste ano, 36,5% são VSR; 25,5% são rinovírus; 19% são Sars-CoV-2 (Covid-19), 17,7% são influenza A e 1,4% são influenza B. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 34,4% para rinovírus; 24,3% para Sars-CoV-2 (Covid-19), 12,6% para influenza A; 10,6% para influenza B e 4,8% para VSR.
Em 2024, já foram registrados 9.191 óbitos por SRAG, sendo 4.748 (51,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 3.697 (40,2%) negativos; e 166 (1,8%) aguardando resultado laboratorial.
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Estado do Rio registra aumento em cinco dos sete indicadores da doença
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No Estado do Rio, houve aumento em cinco dos sete indicadores da doença – o maior deles foi na taxa de positividade dos exames RT-PCR, que cresceram de 7,8% para 18,2% entre as semanas epidemiológicas 38 e 42 (de 13 a 19 de outubro). Os dados são da nova edição do Panorama Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), divulgada nesta quinta-feira (31/10), confirmando a projeção da Fiocruz.
Essas amostras foram coletadas na rede pública, pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen). Já a taxa de positividade do mesmo tipo de teste realizado nas amostras coletadas pelo sistema Dasa em laboratórios da rede privada, teve pequeno aumento de 5% entre as semanas 38 e 42.
Em relação ao teste rápido de antígeno, na comparação entre as SE 38 e SE 42 foi constatado um aumento da taxa de positividade de 18% nas amostras do Lacen e redução de 12% nas do sistema Dasa. O número de solicitações de leitos com CID-10 (classificado como Síndrome Gripal) não apresentou alterações significativas: caiu de 524 na SE 38 para 522 na SE 42.
Os atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPAs) do Estado do Rio apresentam aumento de 10% para a população adulta (tendência que se mantém desde a semana 40) e de 10% também no atendimento pediátrico na comparação das semanas 38 com 42. A SES ressalta que, apesar da tendência de aumento dos indicadores precoces, o cenário ainda não apresenta impacto nas taxas de ocupação de leitos das unidades.
Os indicadores precoces – taxa de positividade, atendimentos nas UPAs e números de solicitações de leitos – servem para sinalizar o aumento de casos antes mesmo da elevação detectada nos sistemas de informação. Por isso, o monitoramento é primordial para ações de preparação da SES no combate ao crescimento da doença e orientação para o reforço das medidas de prevenção e controle, como a vacinação.
Com informações da Agência Fiocruz e SES-RJ (veja mais aqui)
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