

Para a região das Américas, a Opas reforça a importância de monitorar atentamente a evolução do vírus, manter uma elevada cobertura vacinal, tratar os casos em tempo oportuno e assegurar a preparação para uma possível atividade precoce ou mais intensa durante a temporada 2026.
É fundamental que a população, especialmente os idosos e as pessoas com fatores de risco, recebam a vacina contra a influenza, a fim de se protegerem individualmente e reduzir a pressão sobre os serviços de saúde, em particular os de hospitalização”, alerta a organização.
A Opas destacou que, com o início da temporada de maior circulação da influenza e de outros vírus respiratórios, os Estados-Membros devem ajustar os planos de preparação e organização dos serviços para uma eventual sobrecarga no sistema de saúde.
A organização recomenda reforçar a vigilância da influenza, do vírus sincicial respiratório (VSR) e do SARS-CoV-2, adotar as medidas necessárias de prevenção e controle contra infecções por vírus respiratórios, implementar medidas que garantam o diagnóstico precoce e o manejo clínico adequado, especialmente entre a população de alto risco de apresentar doença grave.
A Opas também orienta os países a garantir a vacinação contra vírus respiratórios, assegurando uma elevada cobertura vacinal em grupos de alto risco, realizar a previsão e organização adequadas dos serviços de saúde, para garantir o cumprimento rigoroso das medidas de controle e prevenção de infecções, o fornecimento adequado de antivirais e equipamentos de proteção individual, bem como uma comunicação adequada dos riscos à população e aos profissionais de saúde.
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Alerta global e no Brasil para o vírus influenza A
Desde agosto de 2025, a vigilância genômica global identificou um crescimento rápido de um subclado específico do vírus A (H3N2), o J.2.4.1 (também chamado de subclado K), que é altamente transmissível, embora sem aumento de gravidade clínica reportado até o momento.
- Número de casos: Até o início de outubro de 2025, o Brasil notificou 24.922 casos de influenza entre as notificações de SRAG, um número expressivo que quase dobrou em maio em relação ao mesmo período de 2024.
- Aumento de óbitos: Houve um aumento considerável nas mortes. A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou um aumento de 127% nos óbitos por gripe em comparação com 2024. O Rio Grande do Sul enfrentou o pior surto desde a pandemia de H1N1, com 423 mortes reportadas até julho de 2025.
- Principal subtipo: O subtipo Influenza A (H1N1) foi o mais identificado nos casos graves notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP Gripe).
- Vulnerabilidade: Um estudo revelou que 77% das internações por Influenza em 2025 ocorreram em pessoas não vacinadas, reforçando a importância da imunização.
Medidas de prevenção
- Uso de máscaras em ambientes fechados ou com aglomeração;
- Higiene frequente das mãos;
- Ventilação adequada de espaços coletivos.
Com informações da Agência Brasil




