Pandemia avança em São Paulo e governo endurece medidas restritivas

Ato pró-vacina reúne ex-presidentes em São Paulo. Ministério da Saúde distribui mais doses de vacina para os estados

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Cidade mais atingida pela pandemia em todo o país, São Paulo não teve muitos motivos para comemorar seus 467 anos nesta segunda-feira (25). O município entrou na fase vermelha do plano para controle da pandemia, com fechamento de comércios e serviços não essenciais. As medidas vão vigorar até o dia 7 de fevereiro. A cidade já tem mais de 50 mil óbitos pela doença e o número de infectados só aumenta. A taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 71% e mais 750 leitos foram abertos.

A partir desta segunda (25/1), as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté estão na fase vermelha. Grande São Paulo e as regiões de Araçatuba, Araraquara, Baixada Santista, Campinas, Piracicaba, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista e São José do Rio Preto ficarão na etapa laranja, mas com restrições da vermelha em dias úteis, após as 20h, e integralmente aos finais de semana e feriados.

Enquanto isso, o governador João Doria continua faturando politicamente com a vacinação contra a Covid-19, na esteira do sucesso da CoronaVac, a primeira vacina a ser oferecida no Brasil contra a doença. Nesta segunda (25), ele convidou três ex-presidentes da República para participarem de um em defesa da vida e da importância da vacinação, marcando o aniversário de 467 anos da capital paulista.

José Sarney, Michel Temer (ambos de forma remota) e Fernando Henrique Cardoso participaram da atividade no Palácio dos Bandeirantes. “O objetivo do nosso encontro não é político, e sim um encontro institucional, para valorização da vida, da existência, das vacinas, da saúde e da proteção do povo brasileiro”, disse Doria, principal adversário de Jair Bolsonaro nas eleições 2022 até o momento.

A vacinação deve ser feita com espírito de solidariedade e união de todos, com a colaboração de todos e a nossa fé, sem dúvida, em Deus. É hora de juntarmos esforços para dizer à população brasileira que colaborem com as autoridades sanitárias e com os governos federal, estadual e municipal. Junto-me, assim, aos meus colegas ex-presidentes nesse apelo, que é um apelo pela vida, que é um apelo pela saúde”, incentivou José Sarney, de 90 anos, que governou o Brasil entre 15 março de 1985 e 15 de março de 1990.

Michel Temer, de 80 anos, também participou da ação de maneira remota e defendeu as ações de preservação à saúde dos brasileiros. “Acho mesmo que o combate ao vírus, que é a manutenção da vida, é tão importante quanto a economia, mas há momentos e momentos. A vida é algo que se vai, a economia pode ter dificuldade, mas a vida não volta e a economia se recupera”, avaliou Temer, que presidiu o país entre 31 de agosto de 2016 a 1 de janeiro de 2019, após o golpe que afastou a ex-presidente Dilma Rousseff.

Esse vírus não perdoa idade, classe social, nada; ele mata. E a defesa que nós temos até agora é uma só: é a vacina. Então cada um de nós tem que se cuidar, ficar em casa”, destacou. “O Brasil precisa aproveitar esse momento para sentir a solidariedade prática. Este não é um gesto político, é um gesto de amor, amor à vida, e isso é muito importante neste instante”, disse Fernando Henrique Cardoso, de 89 anos, ex-presidente de 1995 a 2003, que participou do ato de forma presencial.

Distribuição de vacinas em todo o país

O Ministério da Saúde distribuiu nesta segunda-feira (25/1) mais 699.940 mil doses da vacina do Instituto Butantan contra a Covid-19 aos estados, em parceria com Latam Linhas Aéreas e Força Aérea Brasileira (FAB). A quantia se soma à outras 6 milhões de unidades do mesmo imunizante distribuídas pela pasta na semana passada.

A pasta informou ainda que o governo federal está garantindo a importação de 5,4 mil litros de insumos para a fabricação da vacina do Butantan, em parceria com o laboratório Sinovac. O produto, fabricado na China, está previsto para chegar em solo brasileiro até o final desta semana. O envio da matéria-prima da CoronaVac foi acordado em negociações feitas pelos governos brasileiro e chinês.

Distribuição no Rio de Janeiro

O Governo do Estado do Rio de Janeiro informou, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que em apenas nove horas distribuiu as doses da vacina Oxford/AstraZeneca para os 92 municípios do Estado. Uma grande operação, com helicópteros e caminhões, foi montada para que todas as cidades recebessem o imunizante nesta segunda-feira (25.01), com segurança e qualidade garantidas.

Caminhões do Grupamento Aeromóvel  (GAM) e o 12º BPM da Polícia Militar e cinco aeronaves da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Governo do Estado levaram as doses para 88 cidades das regiões Norte, Noroeste, Serrana, Baixada Litorânea, Médio Paraíba, Costa Verde, Centro Sul e Metropolitana I. Já as doses destinadas aos municípios do Rio, Niterói, São Gonçalo e Maricá foram levadas por caminhões aos destinos finais. Às 15h, em Teresópolis, as últimas doses foram entregues.

Durante a ação, foram entregues 176.220 doses aos 92 municípios do estado. Cerca de 4,8% das 185 mil doses recebidas do Ministério da Saúde ficam sob a guarda da SES, como reserva estratégica, armazenadas na CGA, para atender aos municípios em casos de eventuais perdas de doses durante a aplicação. A aplicação da segunda dose pode ser realizada com intervalo de 90 dias após a primeira.


Nesta segunda-feira (25.01), o Ministério da Saúde entregou mais 84.800 doses da vacina Coronavac para o Estado do Rio. Encaminhadas à CGA, as doses estão passando por avaliação de temperatura e armazenagem para que possam ser distribuídas aos municípios. A previsão é que metade desse lote seja enviado entre os dias 1º e 5 de fevereiro, com a segunda dose da remessa de Coronavac recebida em 18 de janeiro. As entregas são programadas de modo que as doses possam ser aplicadas nas mesmas pessoas que receberam a primeira dose, obedecendo o intervalo de 21 dias.

Distribuição em São Paulo

A imunização no Estado de São Paulo teve início no dia 17, com as primeiras doses da vacina do Instituto Butantan desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac Life Science aplicadas em profissionais da saúde no Hospital das Clínicas de São Paulo. No mesmo dia, o Butantan distribuiu 6 milhões de doses da Coronavac e na sexta-feira (22) começou a distribuição do segundo lote.

Cerca de 900 mil doses foram imediatamente liberadas para o Ministério da Saúde após nova autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso emergencial do imunizante. Com a segunda remessa, agora são 6,9 milhões de um total de 8,7 milhões de doses estabelecidas em cronograma firmado com o MS para entrega até 31 de janeiro. Até abril, o Butantan entregará 46 milhões de vacinas contra o coronavírus para todo o país.

Nesta segunda-feira, o Governo de São Paulo iniciou a distribuição de 501 mil doses da vacina da Fiocruz (Oxford/AstraZeneca) aos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE), visando abastecer os 645 municípios.

Vacinômetro faz contagem em tempo real de vacinados

A contagem em tempo real das pessoas vacinadas em São Paulo pode ser acompanhada por meio do “Vacinômetro”. Disponível no portal do Governo de São Paulo, a plataforma é alimentada diretamente com as informações do “Vacivida”, que monitora toda a campanha de vacinação. Até as 14h desta segunda-feira (25), 144.527 pessoas já tinham recebido a primeira dose da vacina.

Já no Estado do Rio de Janeiro,  até as 18h de domingo (24.01), 86 municípios registraram 92.982 pessoas imunizadas contra a Covid-19 no estado. O balanço foi realizado por meio de busca ativa, a partir da gerência de Imunização da Vigilância Epidemiológica da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, junto às coordenações/gerências de imunização dos 92 municípios do Estado.

Vacinação em hospital de campanha de Brasília

Iniciou na última sexta-feira (22), a vacinação contra a COVID-19 para os funcionários e médicos do Hospital de Campanha da Polícia Militar do Distrito Federal. Foram disponibilizadas 160 doses pela Secretaria de Saúde do Estado, que estabelece a quantidade de doses diárias. No total serão 508 funcionários e 115 médicos vacinados.

Inaugurado em agosto de 2020 e administrado pela Associação Saúde em Movimento (ASM), o hospital de campanha possui 86 leitos de UTI e 20 leitos de enfermaria e realiza tratamento da Covid-19.

Com Assessorias

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