A principal forma de detecção precoce do câncer de mama é a visita ao médico regularmente, além da recomendação de mamografia anual para mulheres acima de 40 anos – ou antes, caso haja histórico familiar da doença –, e também da realização do autoexame regularmente.
O câncer de mama, se diagnosticado no início, tem 90% de chance de sucesso no tratamento e por isso o autoexame é uma prática simples que pode fazer toda a diferença.

O autoexame é importante, mas não substitui a mamografia, uma vez que só permite a percepção do tumor quando tem um tamanho que permite ser palpável. O ideal é ter o diagnóstico em fase inicial, ainda assintomático. O autoexame deve ser realizado cinco a 10 dias antes ou depois da menstruação, período em que o corpo da mulher já não estará alterado em decorrência do período menstrual.

É muito importante a observação e o conhecimento das mamas. “É indicado que a mulher, sempre que confortável, apalpe as mamas com o objetivo de conhecê-las. Assim, é possível identificar se algo foge do normal, e com isso identificado, busque um especialista para iniciar a investigação diagnóstica, que pode ser feita com uma ultrassonografia mamária e a ressonância magnética”, afirma o oncologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Emerson Neves dos Santos.

Antes dos 35 anos, quando há histórico familiar

Diferentemente das mulheres com mais de 50 anos, quando já o aumento do risco de desenvolver a doença, a ocorrência em jovens está, na maioria dos casos, relacionada a fatores genéticos e hereditários, ou seja, às mutações que se encontram em genes transmitidos na família, especialmente o BRCA1 e BRCA2. O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença.

A idade eleva o risco do surgimento do câncer, pois apresenta maior período de exposição aos fatores de risco que podem ativar as alterações celulares. Já em mulheres com menos de 35 anos, esse aspecto não é tão presente, sendo mais comum o fator genético como desencadeador”, afirma Santos.

Apesar de a incidência de câncer de mama em mulheres antes dos 35 anos ser rara, hábitos preventivos que auxiliam no diagnóstico precoce não devem ser esquecidos. De acordo com Santos, como os registros indicam que há poucos casos nesta faixa etária, a consequência é que, na maioria das vezes, a doença acaba sendo descoberta em fase avançada.

Por conta dessa prevalência, Santos enfatiza a importância dos cuidados, principalmente em mulheres que têm um histórico familiar. “Mesmo que não seja comum o surgimento do problema em jovens, quem apresenta casos de câncer de mama na família, deve ficar atenta”, adverte.

Práticas saudáveis podem evitar a doença

Segundo o Inca, 30% dos novos casos seriam evitados com a adoção de práticas saudáveis. É indicado, por exemplo, que as mulheres pratiquem atividade física regularmente, alimentem-se de forma saudável, mantenham o peso corporal adequado e evitem o consumo de bebidas alcoólicas.

Um outro ponto importante é o aumento da expectativa de vida associado à mudança de hábitos. Por exemplo, a gestação antes dos 30 anos de idade, que é um fator protetor, atualmente não é tão comum na vida da mulher. Entre os principais fatores de risco estão:

– Obesidade e sobrepeso após a menopausa;

– Sedentarismo;

– Consumo de bebida alcoólica;

– Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X);

– Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;

– Não ter tido filhos;

– Primeira gravidez após os 30 anos;

– Não ter amamentado.

Fonte: Hospital Santa Paula e Inca

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