cigarro

Além de ser prejudicial à saúde, o vício do cigarro pode interferir na produtividade. A nicotina presente no cigarro, ao ser inalada, produz alterações no sistema nervoso central, modificando o estado emocional e comportamental do indivíduo, efeito parecido ao produzido pelo de drogas mais pesadas.

“Ao fumar um único cigarro, a pessoa inala mais de quatro mil substâncias tóxicas, como monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína e outras 43 cancerígenas, como arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo e resíduos de agrotóxicos”, ressalta o  gerente de Medicina Laboratorial do Seconci-SP, Horácio Cardoso Salles.

Nas mulheres os efeitos das substâncias presentes na nicotina são ainda mais nocivos. As fumantes que não usam métodos contraceptivos hormonais reduzem a taxa de fertilidade de 75% para 57%, em razão do efeito causado pela concentração de nicotina no fluido folicular do ovário. Já as que fumam antes da gravidez têm duas vezes mais probabilidade de atraso na concepção e, aproximadamente, 30% mais chances de serem inférteis.

Aqueles que não fazem uso do tabaco, mas convivem com colegas ou familiares fumantes estão, igualmente, expostos aos efeitos danosos. A fumaça do cigarro, quando se difunde no ambiente, contém em média três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala.

Ganhos à saúde

O especialista elenca oito benefícios que o trabalhador terá ao abandonar o consumo de tabaco:

·         Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;

·         Após três horas, não há mais nicotina circulando no sangue;

·         Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;

·         De 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor;

·         Após dois dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta com mais precisão a comida.

·         Após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.

·         Após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.

·         Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

Principal causa de morte evitável

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Estimativa da entidade mostra também que se a tendência atual continuar, em 2030, o tabaco matará cerca de oito milhões de pessoas por ano em todo o globo. Para tentar mitigar o número de vítimas, a OMS celebra neste dia 31 de maio o “Dia Mundial Sem Tabaco”.

O consumo do tabaco já é reconhecido pela comunidade médica como uma doença que causa dependência, semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas. Diante desse cenário, é imprescindível que as companhias invistam em campanhas de conscientização e ações de apoio, para ajudar os seus colaboradores a abandonarem o tabaco.

A vida do pulmão

O pulmão é um órgão fundamental para o pleno funcionamento da nossa constituição. Ele é responsável pelo fornecimento do oxigênio ao organismo e por oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono, permitindo que o ar que respiramos entre em contato com o sangue que circula no corpo.  Agora, e o pulmão de um fumante, funciona assim?

A evolução negativa do pulmão de um tabagista e todas as consequências e prejuízos que o tabaco pode causar ao órgão e a pessoa fumante. Como é a relação do cigarro com a asma e/ou DPOC. Para ambas as doenças, o tabagismo é um vilão. Sendo para DPOC, onde o cigarro é o ator principal no surgimento da doença, como no caso da asma, que o fumo, ainda que passivo, prejudica e tem influência direta no quadro do paciente. O fumante passivo inala não apenas o produto do tabaco, mas também a fumaça resultante da expiração do fumante, além de cerca de 70 substâncias causadoras de câncer.

DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)

O tabagismo é responsável pela maioria dos casos de DPOC, o que significa que mais de 50% dos fumantes terão a doença aos 70 anos, e 12% da população acima de 40 anos já tem a doença, sendo ela uma das enfermidades pulmonares mais comuns, de evolução silenciosa até que sintomas se desenvolvam. Além de poluição e exposição a determinados gases ou fumaças, o fumo passivo é um dos grandes fatores que contribuem para o desenvolvimento do problema. A DPOC não tem cura, mas existem medicamentos que aliviam os sintomas e diversas maneiras de evitar que a doença piore, como parar de fumar.

A DPOC é uma doença debilitante, progressiva, que dificulta a respiração, provoca tosse, fadiga e cursa com piora progressiva da função pulmonar associada a uma mortalidade importante. Suas manifestações podem ser bronquite crônica – que envolve tosse prolongada com muco excessivo – ou enfisema – que envolve a destruição dos pulmões ao longo do tempo. A maioria das pessoas com DPOC tem uma combinação de ambas as condições. No Brasil, a doença aumentou a mortalidade em 340% nos últimos 20 anos. No mundo, afeta atualmente 210 milhões de pessoas, sendo a quarta causa principal de morte e será a terceira em 2020.

Asma grave

Asma grave, ou asma grau 4, é a forma mais agressiva da doença inflamatória crônica das vias aéreas. O pulmão do asmático é diferente de um pulmão saudável, como se os brônquios dele fossem mais sensíveis e inflamados – reagindo ao menor sinal de irritação. No Brasil, os asmáticos graves chegam a procurar 15 vezes mais hospitais do que os outros pacientes, e são hospitalizados 20 vezes mais. Asma é uma das condições crônicas mais comuns, acometendo cerca de 235 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que, no Brasil, quase 40 milhões de pessoas convivam com a doença.

 Fontes: Seconci-SP, Organização Mundial da Saúde; Ministério da Saúde; Minha Vida; AstraZeneca do Brasil; Portal da Saúde do Governo

 

 

 

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