De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, mesmo com um custo elevado – de aproximadamente R$ 12 mil por pessoa/mês – o tratamento foi incorporado para garantir uma melhor expectativa de vida para pessoas vivendo com HIV ou aids que desenvolveram resistência aos outros tipos de tratamento. “A saúde é um direito universal e todas as pessoas importam”, afirma.
Para Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), a disponibilização do medicamento representa uma importante conquista, pois atende pacientes que têm alto risco de progressão da infecção e com risco de morte.
O SUS é referência internacional justamente por permitir os cuidados para a saúde integral da população. Esse medicamento é o primeiro fármaco aprovado de uma nova classe de antirretrovirais no mundo, chamada de inibidores de ligação. Nos estudos clínicos, ele demonstrou eficácia na supressão viral, além de ter perfil de segurança favorável e eventos adversos leves. Ou seja, o Brasil, mais uma vez, com uma das melhores tecnologias de tratamento”, conta o gestor, com orgulho.
Leia mais
SUS amplia acesso a medicações para combater HIV
Autoteste de HIV: embalagem mais discreta deve incentivar uso
HIV/Aids: após ampliar diagnósticos, Brasil reduzirá mortes à metade
Crianças com HIV recebem festa de natal em hospital de Niterói
Rio amplia ações para identificar e tratar casos de HIV
‘Cuidado às pessoas vivendo com HIV ou aids é garantir um direito básico’
O médico infectologista e consultor técnico do Dathi, Ronaldo Hallal, explica que por representar uma das poucas opções terapêuticas destinada a um público específico e com critérios exclusivos, a avaliação e a liberação para o uso do medicamento são realizadas de forma centralizada pelo Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Vigilância de HIV e Aids (CGHA). Para tanto, a coordenação conta com a parceria de um grupo de especialistas para o manejo da terapia antirretroviral no Brasil.
Já a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, reafirma o compromisso da gestão no cuidado às pessoas. “A resposta da Vigilância em Saúde e Ambiente vai muito além que a contabilização e o monitoramento de casos de HIV e aids. Temos as melhores tecnologias para prevenção, diagnóstico e tratamento e, investir no cuidado às pessoas vivendo com HIV ou aids é garantir um direito básico”, conclui.
Leia ainda
HIV: 570 jovens mulheres e meninas são infectadas a cada dia
Sorofobia e desinformação afetam prevenção ao HIV entre idosos
Cartilha aborda qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV
9 filmes e doc-reality abordam histórias de pessoas com HIV
Fonte: Ministério da Saúde