Reumatismo é o termo usado para caracterizar mais de 200 doenças reumáticas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 15 milhões de brasileiros sofrem com doenças reumáticas, como a fibromialgia. Prevalente entre as mulheres, esta é uma doença reumatológica que, se não diagnosticada corretamente, pode até mesmo incapacitar o paciente em casos mais graves.

Outras doenças reumatológicas, como o lúpus, a artrite reumatoide, a osteoartrite, a artrite psoriasica e a espondilite anquilosante, também precisam de acompanhamento médico periódico. Muitas delas também podem ser tratadas por meio de infusões com imunobiológicos, com ocorrência variável de acordo com a posologia de cada medicamento.

Assim como o lúpus, a fibromialgia afeta mais o público feminino, sendo 90% dos casos prevalentes em mulheres na fase produtiva. Caracterizada por uma dor crônica que atinge especialmente as articulações e tendões, a fibromialgia não tem causa definida e, em casos extremos, pode ser incapacitante.

Além das dores, a fibromialgia tem como sintomas a fadiga, falta de disposição e energia, ansiedade, depressão e alterações do sono. No Brasil, cerca de 3% da população possuem fibromialgia, indicam os dados da Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor. No entanto, devido à dificuldade do diagnóstico, muitos desses casos não são identificados e acabam resultando em uma abordagem terapêutica incorreta.

“O problema é que o diagnóstico de fibromialgia é feito incorretamente. Hoje, diferentes problemas são erroneamente diagnosticados como fibromialgia. O problema que acomete o paciente não é investigado de forma adequada, nem encaminhado para os especialistas. Todo o caso de fibromialgia tem que ser investigado por um reumatologista, pois a maioria das doenças reumatológicas mimetiza um quadro de fibromialgia”, esclarece Jaqueline Barros Lopes, reumatologista do Hospital Santa Catarina – Paulista.

A enfermidade, que também está ligada a questões hormonais (pessoas com maior estresse e níveis de serotonina mais baixos tendem a possuir a doença), é tratada com relaxantes musculares, atividade física, ansiolíticos, e, em casos de depressão, com antidepressivos. O dia 12 de maio é o Dia Mundial da Fibromialgia e da Síndrome da Fadiga Crônica ou Encefalomielite Miálgica.

“É uma doença que confunde bastante o paciente e a diferença é que, na fibromialgia, a fadiga geralmente fica em segundo plano em relação à dor muscular debilitante. Na síndrome da fadiga crônica, as pessoas têm uma enorme falta de energia, mas também podem sentir dor”, explica Cláudia Goldenstein Schainberg, especialista em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica, professora e mentora de novos profissionais na Universidade de São Paulo e médica dos hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês e Alemão Oswaldo Cruz.

Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, com mestrado e doutorado em Reumatologia pela USP e especialização nos EUA e Canadá, Cláudia Goldenstein Schainberg exerce atividades de ensino e pesquisa na Faculdade de Medicina da USP, onde chefia o Laboratório de Imunologia Celular do LIM-17 e o Ambulatório de Artrites da Infância. A reumatologista ainda ocupa uma das diretorias do GRAPPA Sterring Committe (Grupo de Pesquisa e Avaliação de Psoríase e Artrite Psoriática), que é organizado exclusivamente para fins educacionais e científicos.

Com Assessorias

 

 

 

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