A adolescência é considerada a fase entre 10 e 20 anos incompletos e, no Brasil, estima-se que 23% da população esteja nessa faixa etária. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa fase é classificada por um complexo processo de crescimento e desenvolvimento psicossocial. A gravidez não-planejada é uma importante questão de saúde pública.

Uma pesquisa realizada pela Bayer em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), conduzida pelo IPEC, revelou que 68% das mulheres iniciaram a vida sexual até os 18 anos e que 66% não tiveram consulta com o ginecologista antes da primeira relação, o que pode levar a desinformação sobre métodos contraceptivos e a uma gravidez não planejada neste período.

Gestações não planejadas durante a fase da adolescência podem culminar em importantes consequências na sua vida, tanto no aspecto social e econômico em que essa adolescente está inserida. Sendo assim, a conscientização sobre métodos contraceptivos é essencial.

Em fevereiro, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência tem como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência.

“É preciso que cada vez mais a gente fale sobre diferentes métodos contraceptivos. Os de longa duração, como os DIUs, são uma boa opção para os jovens porque, além de manterem o ciclo natural da paciente, também possuem maiores taxas de eficácia e segurança quando comparados com pílulas e contraceptivos orais. Uma outra vantagem é que facilitam a adesão ao tratamento”, comenta Eli Lakryc, diretor de assuntos médicos da Bayer Brasil & Latam.

A pesquisa da Bayer em parceria com a Febrasgo revela ainda que 65% das entrevistadas afirmaram que, se tivessem mais conhecimento sobre contraceptivos na época em que engravidaram sem planejamento, poderiam ter evitado a gestação.

Por sua vez, dados do IBGE relatam que 35% de alunos entre 13 e 17 anos já tiveram iniciação sexual, dos quais quase 41% não fizeram uso de preservativo ou qualquer outro método contraceptivo. Além disso, mais de 17% fizeram uso de pílula do dia seguinte sem aconselhamento médico.

“Altos índices de gravidez não planejada estão diretamente ligados ao conhecimento e acesso a métodos contraceptivos. A Bayer, como líder em saúde intima e em contracepção, acredita que devemos garantir informações de qualidade para que as pessoas tenham conscientização sobre métodos modernos para poderem escolher se e quando gostariam de ser mães ou pais”, afirma o médico.

Contraceptivos de longa ação: mais segurança e autonomia

A informação continua sendo a chave para o conhecimento. Ainda segundo a pesquisa, 93% das mulheres3 concordam que é necessário ampliar o acesso a informações sobre métodos contraceptivos de longa ação. Nesse sentido, essa pode ser uma solução para evitar gestações não planejadas entre jovens.

Os métodos contraceptivos de longa ação, como os DIUs, têm revolucionado a contracepção e contribuído de forma positiva com o planejamento familiar. Apesar de ainda não serem os mais utilizados, a pesquisa da Bayer e Febrasgo mostra que 94% das mulheres3 entrevistadas concordam que os métodos de longa ação trazem mais liberdade e autonomia.

Os métodos de longa ação têm eficácia comprovada de 99,2% a 99,9%5 (dependendo do método). Tanto que a pesquisa mostrou que as mulheres que optam pelo contraceptivo de longa ação, a principal motivação (49%)5 é a segurança oferecida.

Acesso à informação e aos métodos preventivos

Estudos nacionais e internacionais têm mostrado os impactos negativos significativos da gravidez precoce na adolescência, com consequências no futuro profissional das jovens mães, no aumento da pobreza e de desigualdades sociais. No mundo, a gravidez em adolescentes é considerada de risco e como um problema  de saúde pública, principalmente em relação à mortalidade materna.

No Brasil, segundo informações do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do governo federal, a taxa de nascimentos de crianças de mães entre 15 e 19 anos é 50% maior do que a média mundial — a taxa global é estimada em 46 nascimentos por cada uma mil meninas, enquanto no Brasil estão estimadas 68,4 gestações.

A situação ainda é mais preocupante quando é analisado o recorte de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Em 2020, foram registradas 17,5 mil mães nesta idade. Na última década, a Região Nordeste foi a que mais teve casos de gravidez com este perfil: foram 61,2 mil, seguido pelo Sudeste, com 42,8 mil.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e maior probabilidade de morte do que os filhos de mães com 20 anos ou mais. Durante o primeiro ano de vida, filhos nascidos de mães adolescentes apresentam uma taxa de mortalidade infantil duas a três vezes maior que a de mães adultas e um aumento de seis vezes na incidência de síndrome de morte súbita.

“A prevenção da gravidez na adolescência é fundamental para reduzir o problema e garantir a saúde e o bem-estar das jovens e de seus filhos. É uma oportunidade de conscientizar sobre a importância de planejar o futuro e de se proteger contra doenças”, comenta o médico ginecologista Anderson Nascimento, da Rede de Hospitais São Camilo.

Com Assessorias

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