Todo mundo nasce praticamente 99,99% igual. Mas o que diferencia uma pessoa da outra é o seu DNA. É a genética que determina se gêmeas idênticas, por exemplo, desenvolvem doenças diferentes e até mesmo envelhecem de forma desigual, esteticamente falando. Por isso, jamais uma Gisele Bundchen vai conseguir ficar exatamente como eu, você e a maioria das mulheres com que cruzamos nas ruas diariamente.

Com uma analogia simples como esta, a médica geneticista Lygia Pereira, professora titular de genética humana na Universidade de São Paulo (USP) e fundadora/CEO da biotech gen, deu uma aula sobre o assunto durante o Fórum da Longevidade, realizado esta semana em São Paulo. Tudo para explicar que, ao contrário do que muita gente pensa, o estilo de vida é determinante para a longevidade, enquanto o fator hereditário responde por 30% dessa influência.

Ao Vida e Ação, a especialista falou da necessidade de mais médicos geneticistas no Brasil e também de mais investimentos para ampliar o acesso às terapias gênicas, sobretudo no enfrentamento do câncer – doença relacionada também ao envelhecimento da população – e das doenças raras. Hoje, poucas pessoas dispõem de testes genéticos, aconselhamento genético e terapias gênicas, que podem representar a diferença entre a vida e a morte de muitos pacientes.

Pirâmide etária virou barril e está prestes a explodir como um cogumelo

O economista Eduardo Gianetti, professor, autor de livros e membro da Academia Brasileira de Letras, avaliou os desafios do Brasil na transição demográfica. Segundo ele, a pirâmide etária hoje virou um barril e vai se tornar um cogumelo, com a explosão da população 60+ nos próximos anos.

Jorge Nasser, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência e da Bradesco Capitalização, apresentou um amplo panorama do envelhecimento no Brasil, destacando a necessidade de se desenvolver a ‘cultura do seguro’ no Brasil e a educação financeira para uma longevidade mais tranquila. Segundo ele, hoje boa parte da população hoje faz apostas online, mas diz não ter recursos para custear um seguro de vida.

O Fórum Longevidade 2024 contou ainda com palestra de Alexandre Sidorenko, ex-diretor do Programa da Organização das Nações Unidas para o Envelhecimento; e a participação de Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco; Carlos Marinelli, diretor-presidente do Grupo Bradesco Saúde; e João Paulo Cunha, diretor do Instituto Locomotiva.

O evento oferece uma plataforma única para a troca de conhecimento e experiência, promovendo o diálogo sobre os desafios e oportunidades relacionados ao envelhecimento da população. O evento tornou-se uma referência importante para aqueles que estão comprometidos em melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas em todo o mundo.

Estamos comprometidos em criar oportunidades para informar e chamar atenção sobre a importância de pensarmos a longevidade. É comum entendê-la como algo do futuro, mas o tema está relacionado às nossas atitudes e práticas do presente”, disse Alexandre Nogueira, diretor do Grupo Bradesco Seguros.

*A jornalista Rosayne Macedo viajou a São Paulo para o Fórum da Longevidade 2024 a convite da Bradesco Seguros.

 

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