O movimento Outubro Rosa busca a conscientização sobre a prevenção do câncer. No entanto, é também o momento de dar visibilidade e voz a quem venceu a doença e se dedica a dar suporte a outros pacientes e seus familiares. Relatos reais, por mais impactantes que sejam, ajudam a desmistificar o processo de tratamento e a propagar informações verdadeiras, buscando apoiar a todos os que vivenciam o câncer em suas rotinas. Conheça alguns deles em três livros selecionados por ‘Ler Faz Bem’ no encerramento da série Outubro Rosa.

História em quadrinhos registra jornada do tratamento de psicóloga

Uma mulher com 36 anos, duas filhas, cheia de planos profissionais e transbordando vida. Essa é Carolina Passos, a personagem principal da graphic novel “180º – Minhas Reviravoltas com o Câncer de Mama, livro da psicóloga e pesquisadora Dulce Ferraz, que chega às livrarias no finalzinho desse Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico da doença. A história em quadrinhos é baseada na jornada da própria autora, que registrou o dia a dia do tratamento em um caderninho de perguntas e memórias.

“Fui entendendo que escrever poderia me ajudar, tanto com coisas bem práticas, como anotar as perguntas a fazer nas consultas ou os nomes de procedimentos e medicamentos que me sugeriam, quanto com a compreensão e a elaboração dos sentimentos sobre tudo que acontecia”, conta a escritora, analista de gestão em saúde na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pesquisadora das intersecções entre psicologia social e saúde pública.

A publicação da NAU Editora conta com ilustrações de Camilla Siren e colaboração das pesquisadoras Fabiene Gama e Soraya Fleischer. O livrou foi lançado no último dia 27 de outubro, no Instituto Fernandes Figueira, Centro de Estudos Olinto Oliveira, no Rio de Janeiro. Estão marcados lançamentos e debates em São Paulo e Brasília, A obra ficará disponível em formato de e-book (gratuito) e impresso no site da NAU Editora. O livro foi realizado com financiamento de edital da Fiocruz Brasília e do CNPq. 

No Brasil, estima-se que 60 mil mulheres recebam o diagnóstico de câncer de mama a cada ano. Além das dificuldades de acesso a tratamento na rede pública de saúde, as pacientes também enfrentam a falta de informação compreensível e respeitosa.

A escolha do formato história em quadrinhos foi justamente uma tentativa de aprimorar a comunicação e o acolhimento de mulheres e famílias que estejam vivenciando situação similar, além de sensibilizar profissionais de saúde para a perspectiva das mulheres sobre a doença.

Para o médico José Ricardo Ayres, e professor da Faculdade de Medicina da USP, que assina o prefácio do livro, Dulce Ferraz inova ao colocar o cuidado no centro da narrativa em uma linguagem didática e atrativa. “O que textos e imagens nos dizem é que podemos, sim, encarar o câncer de mama, desde que nos ocupemos, individual e coletivamente, de cuidar”, destaca Ayres.

O livro está dividido em três capítulos, que correspondem a diferentes etapas da trajetória de Carolina com o câncer de mama. No primeiro, a protagonista descobre a bolinha no peito esquerdo e tem os primeiros encontros com médicos, hospitais e exames.

O segundo capítulo é dedicado à busca pelos tratamentos, que leva Carolina a questionar, duvidar, buscar, criticar e ser criticada. As experiências com os tratamentos são o tema do terceiro capítulo, que também convida a refletir sobre o imaginário em torno do câncer de mama e sobre como é possível fazer mais e melhor pelas mulheres que enfrentam essa doença.

Sobre as autoras

Dulce Ferraz (foto) – analista de gestão em saúde na Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz Brasília. Pesquisa as intersecções entre psicologia social e saúde pública. É graduada em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), mestre em Ciências com ênfase em Medicina Preventiva e doutora em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Autora também do livro infanto-juvenil “Mamãe, quando você vai sarar?”, ilustrado por Clau Paranhos e publicado pela Metanoia Editora.

Camilla Siren – formada em Design Gráfico e artista autodidata em diversas técnicas. Com foco na arte urbana, seus murais estão espalhados em Brasília e outros estados.

Fabiene Gama – professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialista em Antropologia Visual e Autoetnografia.

Soraya Fleischer – professora do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília. Pesquisa na área de Antropologia da Saúde.

Serviço

Livro: “180º – Minhas Reviravoltas com o Câncer de Mama

Autoras: Dulce Ferraz, com ilustrações de Camilla Siren e colaboração de Fabiene Gama e Soraya Fleischer.

Editora: NAU Editora

Instagram: www.instagram.com/180_camama/

Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100086498298086

 

Link para a compra da versão impressa:

https://naueditora.com.br/

Terapeuta ensina como enfrentar o câncer com leveza

“Descobri que tinha câncer em 2014, durante as férias, em uma viagem à Alemanha. Mal sabia eu que estava de férias pra tratar da saúde… só não sabia disso ainda”. Foi dessa forma que Patrícia Figueiredo foi diagnosticada com câncer de mama infiltrado grau 3 aos 39 anos. Saudável, sem histórico de casos na família, a terapeuta se achava um perfil pouco propenso para sofrer com a doença.

Eis que a vida lhe deu um duro golpe que a fez refletir sobre sua caminhada. Hoje, já curada após o tratamento e com uma série de mudanças em sua vida, Paty quer espalhar uma mensagem positiva e ensinar como fez para vencer o câncer. Seu livro “Enfrentando o Câncer com Leveza” (Paco Editorial) é uma forma de atingir mais pessoas e ensiná-las a encarar a doença.

A obra responde, de forma leve e cuidadosa, a várias perguntas que surgiram na cabeça de Patrícia quando o diagnóstico positivo caiu no seu colo. “Como será minha vida daqui pra frente?”; “Vou sobreviver?”; “Quando fizer a quimio e ficar careca, como vou reagir?” foram alguns dos fantasmas que a assombraram. Foi então que tomou a decisão de olhar para si como prioridade e largar a vida de “piloto automático” para sempre.

“O câncer pode ser o grande ponto de virada na vida de quem recebe o diagnóstico. E, acredite, ele me ensinou muito. Esse desafio me trouxe uma vida com mais propósito e equilíbrio”, diz Paty Figueiredo

Patrícia nos ensina em “Enfrentando o Câncer com Leveza” exercícios que aborda com suas mentorias em grupo e individuais de como enfrentar o câncer com a leveza necessária e a nova perspectiva de vida que o diagnóstico traz para a pessoa.

Suas pacientes oncológicas passam por jornadas de cura física, mental, espiritual e emocional através da adoção de “hábitos anticâncer” eficazes para minimizar os efeitos colaterais do tratamento. Nada pode ser esquecido no processo e, esse livro, também tem por objetivo atingir mais camadas e pessoas que por qualquer motivo não consigam ter esse contato mais próximo com a terapeuta.

Em suas redes sociais que somam dezenas de milhares de pessoas, Paty divide sua rotina com orientações, depoimentos e um pouco de sua rotina, totalmente voltada para a manutenção da saúde de que hoje goza.

Foram 13 meses de tratamento oncológico que envolveu, além da mastectomia radical com reconstrução imediata da mama, sessões de quimioterapia branca e vermelha, radioterapia e hormonioterapia. Mas o tratamento, certamente, não teria o mesmo êxito se antigos hábitos não fossem mudados. Para ela, o câncer foi um “convite à mudança de vida”, onde a travessia depende, também, desse olhar para si que muitos não se importam.

“A luta contra o câncer não é um jogo. Acho injusto quando dizem que uma pessoa que se curou é vencedora e quem morreu não tem o mesmo mérito. Quem luta bravamente, mas perde a batalha é um perdedor? Quando a pessoa morre, o câncer TAMBÉM morre. Então o câncer, esse sim, NUNCA ganha nada”, afirma Paty Figueiredo.

Receber o diagnóstico para a doença e entregar os pontos. Isso sim é sinal de derrota. “Enfrentando o Câncer com Leveza” é a luz que quem está nessa obscuridade precisa para viver mais e melhor. Um relato comovente, surpreendente de alguém que vive a plenitude da vida e que te convida a fazer o mesmo por você mesmo.

Sobre a autora

Patrícia Figueiredo é mastercoach, terapeuta e especialista em saúde integrativa. Foi diagnosticada com câncer de mama infiltrante grau 3 em 2014. Diante do diagnóstico, percebeu que estava vivendo no piloto automático e decidiu que se a vida lhe desse uma segunda chance, mudaria tudo, a fim de fazê-la de fato valer à pena.

Fechou uma empresa que administrava há 15 anos e mergulhou no Autoconhecimento para definir que rumo dar na vida. Criou do Programa de acompanhamento online “Câncer com Leveza”, que já deu suporte a centenas de pacientes oncológicos. Seus conteúdos em seu blog e mídias sociais alcançam semanalmente centenas de milhares de pessoas.

Serviço

Livro:  Enfrentando o Câncer com Leveza

Autora: Patrícia Figueiredo (@patyfigueiredocoach)

Editora: Paco Editorial

Preço: R$ 97,00 (Combo de Livro físico, audiobook e ebook com atividades para aplicar o aprendizado do livro)

Link para compra do livroaqui

 

Livro-caixinha desvenda 100 dúvidas sobre câncer de mama

A publicitária Mirela Janotti, autora do livro-caixinha “Vamos falar de câncer de mama, publicado pela Matrix Editora, venceu o câncer de mama descoberto em estágio avançado. E resolveu transformar um assunto difícil em uma leve e divertida brincadeira.

Este livro-caixinha surgiu exatamente para isso: basta pegar uma pergunta para começar a conversa. Em cada resposta pode vir a descoberta de que o mundo do câncer de mama não precisa ser − e nem é − o fim do mundo.

“Toda hora é hora de receber ajuda ou ter empatia com uma amiga, com a mãe, uma irmã, uma prima. Ajudar é estar presente, falar a respeito, trocar ideias, saber se colocar no lugar do outro”, diz ela.

Sobre a autora

A paulista Mirela Janotti é publicitária com experiência em agências de todos os portes e segmentos. Foi premiada no El Ojo de Ibero America e nos prêmios Voto Popular, Lupa de Ouro (Health) e Bold Awards (Grupo Havas).

Por duas vezes, foi jurada do Prêmio Profissionais do Ano da Rede Globo. Na área editorial, tem quatro obras publicadas, todas relacionadas à superação do câncer de mama.

Com Assessorias

 

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