O senador Romário (PL-RJ) está internado há uma semana no Rio de Janeiro, com quadro de infecção intestinal. O ex-jogador, de 57 anos, que tem diabetes e já passou por uma cirurgia para redução de estômago, teve que ser hospitalizado após sentir fortes dores abdominais na última quinta-feira (13).
Segundo novo boletim médico emitido nesta quinta (20) pelo Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, ele segue sem previsão de alta, apesar de ter apresentado “melhora importante do quadro geral”.
“O senador Romário de Souza Faria encontra-se internado no Hospital Barra D’Or, desde a noite de 13 de julho de 2023, com quadro de infecção intestinal. Apresenta melhora importante do quadro geral. Permanece com antibioticoterapia intravenosa, em companhia de seus familiares”, explica o comunicado.
No último sábado (15), Romário publicou um recado no Twitter explicando a internação. “Fala, galera! Essa semana fui internado para tratar de uma infecção gastrointestinal. Passei mal em casa e estou em tratamento no hospital. “Graças a Papai do Céu, o tratamento tem dado resultado é já, já estarei 100% de novo. Agradeço a todos pela preocupação e boas energias enviadas. Deus no comando!”.
Em 2021, Romário enfrentou problemas de saúde, incluindo uma cirurgia de remoção da vesícula. Em 2016, o ex-atleta passou por uma cirurgia bariátrica, um procedimento de redução de estômago para controlar a diabetes tipo 2, com uma técnica ainda contestada para o seu caso específico. Na época, ele teve uma perda de peso de 15 quilos.
Comemoração pelo Dia Nacional do Futebol
Em meio aos dias de internação, Romário aproveitou que o Dia Nacional do Futebol, quarta-feira (19/7), para fazer uma homenagem: “Hoje é um dia de festa pra todos nós apaixonados pelo esporte mais praticado no mundo, porque hoje é o Dia do Futebol. O Futebol tá no meu DNA, tá no meu sangue, tá na minha alma”, começou ele na publicação.
E continuou: “O futebol mudou a minha vida e segue transformando a realidade de muitos jovens Brasil afora. Agradeço a oportunidade que Papai do Céu me deu, agradeço também a cada um de vocês que torceram e ainda torcem por mim. Continuo trabalhando para que este continue sendo um dos caminho de oportunidades para nossas crianças e adolescentes”
No fim, Romário falou sobre a Copa do Mundo feminina: “Amanhã (20/7), temos outro grande momento no nosso esporte, o início da Copa do Mundo Feminina. Quero desejar às nossas guerreiras muito sucesso e conquistas. Estaremos todos juntos torcendo por vocês! 👊🏾🏆🇧🇷 Tenho muito orgulho de dizer: futebol, obrigado por tudo! Você realmente é foda! Valeu! 🙏🏾🚀”, encerrou.
O que causa infecção intestinal?
A infecção intestinal, uma alteração bastante comum (principalmente na infância) – chamada gastroenterocolite aguda (GECA) –, é uma inflamação do trato gastrointestinal. É importante diferenciá-la da intoxicação intestinal, pois enquanto a primeira tem origem na ação de microrganismos, esta última está relacionada ao consumo de alimentos mal armazenados, malcozidos ou fora do prazo de validade.
Zuleica Barrio Bortoli, gastroenterologista do Hospital Brasília, explica que as situações mais frequentes que levam alguém a contrair infecção intestinal são: ingesta de água e alimentos contaminados; e contato com pessoas e objetos infectados por algum microrganismo causador do quadro. Os principais agentes infecciosos são:
Vírus: rotavírus, coronavírus, adenovírus, norovírus e astrovírus;
- Bactérias: E. coli enteropatogênica clássica, E. coli enterotoxigenica, E. coli enterohemorrágica, E. coli enteroinvasiva, E. coli enteroagregativa, Aeromonas, Pleisiomonas, Salmonella, Shigella, Campylobacter jejuni, Vibrio cholerae e Yersinia;
- Parasitas: Entamoeba histolytica (disenteria amebiana), Giardia lamblia (agiardíase), Cryptosporidium (criptosporidíase) e Isospora (isosporíase);
- Fungos: a Candida albicans é o principal fungo que causa infecção intestinal. Ele promove variação nas bactérias naturais da estrutura e leva à chamada candidíase intestinal.
Segundo a especialista, algumas pessoas estão mais propensas à doença de forma mais aguda.
“Entre as crianças, a infecção intestinal está diretamente ligada à mortalidade infantil por conta da diarreia aguda, um de seus sintomas característicos. Pacientes que usam medicamentos que diminuem a acidez do estômago, em virtude da mudança do pH local, têm maior dificuldade de neutralizar os microrganismos causadores da infecção de intestino, assim como os imunossuprimidos, cujo sistema imunológico é debilitado”.
Como prevenir?
Uma vez que a infecção intestinal é decorrente de contaminação pela via fecal-oral, para prevenir o quadro é necessário:
- Adotar cuidados de higiene durante o preparo das refeições;
- Não consumir proteínas de origem animal quando malcozidas;
- Evitar contato íntimo com indivíduo infectado;
- Consumir apenas água potável, tratada ou fervida.
Sintomas de infecção intestinal
Os principais sintomas de infecção intestinal incluem diarreia, cólicas, náuseas, vômitos e febre. Além destas manifestações que podem se confundir com outras doenças, o quadro intestinal possui os seguintes sinais mais específicos:
- Dor no abdômen;
- Fezes de coloração variada;
- Distensão abdominal;
- Flatulência;
- Calafrios;
- Fadiga;
- Perda de apetite;
- Boca seca;
- Dor de cabeça;
- Redução da quantidade de urina.
Infecção intestinal é grave?
A Dra. Zuleica explica que a infecção intestinal “pode ser grave, principalmente pela desidratação causada pela perda excessiva e rápida de fluidos pela diarreia e pelos vômitos”.
Qual é o melhor tipo de remédio para infecção intestinal?
O médico gastroenterologista é o profissional indicado para cuidar de pacientes com infecção de intestino. O melhor remédio para infecção intestinal é a hidratação. Para isso, o profissional de saúde pode indicar o consumo de água, água de coco, chás e isotônicos. Caso a hidratação por via oral não seja viável, o indicado é soro intravenoso.
O que comer em caso de infecção de intestino?
Evite substâncias que causam irritação no sistema digestivo, como café, pimenta, condimentos muito fortes (mesmo os naturais), carnes embutidas e produtos ultraprocessados.