O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (2) um investimento adicional de R$ 170 milhões nos institutos e hospitais federais do Rio de Janeiro. A quantia será destinada à contratação de 2.059 profissionais e a outras melhorias, para possibilitar a abertura de 166 leitos e de dez salas cirúrgicas.

Os investimentos vão ampliar o atendimento nos Instituto Nacionais do Câncer (Inca), do Coração (INC) e de Ortopedia e Traumatologia (Into). As três unidades são referência nessas especialidades, e também atuam como locais de ensino e pesquisa.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os principais objetivos são acabar com as filas de espera por cirurgias e procedimentos e ampliar o atendimento especializado na capital fluminense.

Ninguém ficará para trás ou deixará de ser atendido. Estamos falando de ampliação do atendimento, não de fechamento. Estamos falando de qualificação de cada um dos hospitais, não de desestruturação”.

Padilha lembrou que o anúncio desta terça-feira foi apenas mais uma etapa do processo de requalificação da rede federal do Rio, realizado desde 2024, com mais de R$ 1 bilhão em investimentos.

É o maior plano de ampliação do atendimento na história desses hospitais, desde que eles foram criados. Nós não vamos abrir mão de cuidar dessas pessoas no melhor lugar que elas têm que ser cuidadas, com a melhor estrutura e os melhores profissionais.”

Hospital Federal da Lagoa

O Ministério também oficializou a integração entre o Hospital Federal da Lagoa e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF). A Fiocruz, a quem o IFF é subordinado, vai coordenar a reestruturação e modernização das duas unidades.

Essa primeira fase da nossa ação tem como foco aumentar a capacidade do Hospital da Lagoa em fazer cirurgias e atendimentos que estão parados, pra reduzir o tempo de espera de paciente. Inclusive, as estruturas do Fernandes Figueira vão dar muito mais qualidade àquilo que é saúde da mulher, da criança e do adolescente, até oferecendo novos serviços que ainda não tem no Rio de Janeiro”, explicou o ministro.

De acordo com Padilha, adaptações estruturais para efetivar a integração serão planejadas para uma segunda etapa.

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Audiência pública debate novos modelos de gestão

O anúncio do Ministério da Saúde ocorre dois dias antes de uma audiência pública marcada  pela Defensoria Pública da União (DPU) para discutir novos modelos de gestão nos hospitais federais, no plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, junto à Comissão de Saúde da Câmara. 

O objetivo da audiência é trazer para debate os novos modelos de gestão que vêm sendo adotados pelo Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. Entre eles, a transferência de hospitais federais para o município do Rio de Janeiro, empresas públicas e organizações sociais; integrações entre hospitais e fundações; e alterações na gestão de hospitais universitários, buscando maior transparência.

Desde outubro de 2024, o Ministério da Saúde tem procedido a diversas mudanças nos modelos de gestão dos hospitais federais sem a devida transparência e sem participação social dos mais interessados nestes processos, notadamente, os profissionais de saúde, servidores e, principalmente, a população assistida. É indispensável abrir o debate público sobre o tema, oportunizando a participação social neste processo” afirma a  defensora regional de direitos humanos no Rio de Janeiro, Taísa Bittencourt.

A audiência contará com a participação de autoridades e representantes de diversas instituições, como o ministro da Saúde, Alexandre Padilha; gestores do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro; representantes do Ministério Público Federal e Estadual e da Advocacia-Geral da União (AGU); diretores de hospitais e institutos federais; além de representantes dos conselhos de medicina, enfermagem e saúde, de sindicatos de trabalhadores e médicos e de associações de pacientes.

Com informações da Agência Brasil, Ministério da Saúde e Defensoria Pública da União (DPU)

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