Na sessão de hipnose clínica, o paciente não perde a capacidade de raciocínio, garante especialista (foto: Chris Acyoli - Divulgação)
Na sessão de hipnose clínica, o paciente não perde a capacidade de raciocínio, garante especialista (foto: Chris Acyoli – Divulgação)

Trânsito, dívidas, filas, problemas no trabalho, em casa, com os filhos, com o marido, desemprego, crise financeira… Não são poucas as situações do dia a dia que deixam qualquer ser humano normal no seu limite. Uma pesquisa mostrou que o Brasil é o segundo país com mais alto nível de estresse do mundo. No Dia Nacional de Combate ao Estresse (23 de setembro), dados da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) apontam que 72% dos brasileiros sofrem alguma sequela causada pelo que já é considerado o ‘mal do século’.

A empresária carioca Luana Ri, de 31 anos, e a engenheira mecânica, Karla Martins, 37, estão nessa estatística. Ambas enfrentam o mesmo desafio: manter o estresse do dia a dia sob controle.  Baixa autoestima, ansiedade, insônia são sintomas são típicos de quem sofre com o problema.  Luana não se considera uma pessoa estressada, mas se estressava com certas situações e problemas. O mesmo acontece com Karla, obrigada a acordar cedo e cumprir seus horários no trabalho. “Estava estressada, cansada, me sentia triste e ansiosa”, conta.

As duas recorreram ao mesmo método para vencer o problema e hoje se consideram pessoas mais relaxadas. Na hipnose clínica, elas buscam a saída para enfrentar com muito mais tranquilidade as situações estressantes. Em poucas sessões, garante, elas tiveram uma melhora surpreendente.

Luana  desconfiou quando uma amiga indicou a terapia com hipnose, mas logo na primeira sessão ela percebeu os benefícios. “Eu tinha muita insônia, hoje durmo tranquilamente todas as noites, independente do problema que estou enfrentando. Minha autoestima está lá em cima e lido muito melhor com situações de estresse do dia a dia, seja no campo familiar, trabalho ou conjugal. Hoje já consigo encarar de outra maneira, mais calma e saudável”, ressalta Luana.

Já Karla contou que desde o primeiro momento se sentiu confiante. “Melhorou muito a quantidade de vezes e a duração de tempo que sinto essas emoções. Quando vou  na sessão de hipnose me sinto aliviada quase que instantaneamente e alguns pensamentos obsessivos que eu tinha acabaram”, completa.

Há mais de 10 anos coordenando grupos de tratamento, a psicóloga Miriam Pontes de Farias, pós-graduada em hipnose clínica e acupuntura, diz que o estresse é um dos principais motivos que levam pacientes a seu consultório.  Segundo ela, nem sempre essas pessoas realmente desenvolveram um quadro de estresse grave, mas se os primeiros sinais não forem devidamente tratados, podem levar a pessoa a desenvolver doenças sérias e perigosas para a saúde.

Luana sofria com baixa autoestima e muita ansiedade (Foto: Acervo pessoal)
Luana sofria com baixa autoestima e muita ansiedade (Foto: Acervo pessoal)

O estresse altera e modifica o ritmo natural da pessoa. A prática de hipnose atua no sistema nervoso parassimpático, ela regula e equilibra o ritmo natural da pessoa, levando ao paciente ao equilíbrio e tranquilidade. No estado hipnótico a pessoa produz substâncias do prazer, que aumenta a produção de  serotonina e endorfina”, explica a especialista.

Segundo ela, o uso da hipnose na psicologia é muito abrangente e, além do estresse, pode ser empregado no tratamento do tabagismo, fobias, síndrome do pânico, depressão, ansiedade, problemas sexuais, problemas de fala, dores crônicas, tiques, baixa autoestima, obesidade. “Até mesmo ajuda e melhora a concentração ou mesmo a memória para aplicar no trabalho e estudos”, garante.

Aprovada em 1999 como prática médica, a hipnose clínica pode ser aplicada somente por médicos, psicólogos, fisioterapeutas e dentistas. De acordo com a especialista, a técnica é uma terapia feita sob  medida, focal e rápida se comparada às psicoterapias convencionais.

Quando a pessoa está hipnotizada, ela não perde a sua capacidade de raciocinar. Pelo contrário. Ela consegue resolver problemas complexos, fazer improvisos e ainda manter uma capacidade crítica sobre o que lhe está sendo sugerido”, explica a psicóloga.

Conheça os principais sintomas psicológicos e físicos do estresse

Já Karla se sentia cansada, triste e ansiosa (Foto: Acervo pessoal)
Já Karla se sentia cansada, triste e ansiosa (Foto: Acervo pessoal

 

Sintomas de estresse psicológico

– Ansiedade, angústia, nervosismo, preocupação  em excesso

– Irritação, medo, impaciência

– Problemas de concentração e de memória

– Desorganização, dificuldade em tomar decisões

– Cometer mais erros que o habitual, esquecimentos

– Sensação de perda do controle

 

Sintomas físicos do estresse

– Problemas cardíacos e gastrointestinais

– Facilidade em ficar doente

– Alergias, asma, insônia

– Tensão muscular, mãos  frias e suadas

– Dor de cabeça ou enxaqueca, problemas de pele

– Queda de cabelo anormal

Com informações da assessoria

 

 

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