Parece pouco, mas dez minutos por semana é tempo suficiente para que uma pessoa olhe todos os possíveis focos do Aedes aegypti nas residências. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado. Com essas medidas de prevenção, é possível evitar a proliferação do mosquito.

Nesta terça-feira (13), a pouco mais de um mês do verão – que começa em 21 de dezembro – o Ministério da Saúde lançou campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya. Cerca de 60 mil agentes de endemias em todo o país vão usar três técnicas simples, que levam cerca de 10 minutos, para vistoriar casas, apartamentos e espaços abertos.

A ideia é convencer os mais de 200 milhões de brasileiros a serem multiplicadores dessas ações, que devem se estender ao longo de 2019. Para isso, vídeos tutoriais, entre outros meios, vão ensinar como são essas técnicas.

Para tentar sensibilizar as crianças a serem agentes multiplicadores dessas medidas, neste domingo (18), a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES)  também reconvoca o herói Dezinho para a missão de combater o mosquito Aedes aegypti. Um boneco de espuma representando o personagem vai percorrer os municípios fluminenses nas ações de prevenção.

Dezinho é um herói mirim, que ganhou vida pelo traço do ilustrador e designer Luciano Freitas, da equipe da SES, ele tem a missão de mobilizar a sociedade, especialmente as crianças.

As crianças são grandes multiplicadoras, por isso, o Dezinho é um grande aliado no combate ao Aedes. Meninos e meninas aprendem com ele e levam a mensagem do quanto é importante acabar com a água parada dentro de casa, já que 80% dos focos do mosquito são detectados em imóveis residenciais”, explicou o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Gama.

O perigo é para todos. O combate também. Faça sua parte

Com o slogan “O perigo é para todos. O combate também. Faça sua parte“, a campanha do Ministério da Saúde ressalta que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, e que a vigilância deve ser constante. Os meses de novembro a maio são considerados o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, porque o calor e as chuvas são condições ideais para a proliferação do mosquito.

É o momento em que todos – União, estado e municípios, e a população em geral – devem ter maior atenção e intensificar os esforços para não deixar a larva do mosquito nascer. No caso da população, além dos cuidados, como não deixar água parada nos vasos de plantas, é possível verificar melhor as residências, apoiando o trabalho dos agentes de endemias”, explica o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Divino Martins.

Como participar da campanha no Rio

A campanha publicitária criada pela SES será lançada em rádios, TVs e veículos online e tem o objetivo de mobilizar toda a sociedade, mas principalmente o público infantil. Materiais para imprimir – como panfletos e um jogo dos 10 erros interativo – e adesivos “Morador Nota 10” para serem colados nas residências durante visitas dos agentes da Vigilância estão disponíveis com licença Creative Commons (sem limitações de direitos autorais) no site www.riocontraoaedes.com.br.

Também estão livres para download tirinhas em quadrinhos com as aventuras do Dezinho e sua família, GIFs animadas e vídeos, para postar nas redes sociais e compartilhar pelo Whatsapp. Tudo com dicas de como combater o mosquito no dia a dia.

Todo o material gráfico do Dezinho pode ser utilizado pelas prefeituras e outros órgãos que queiram promover o engajamento em ações de vigilância em Saúde. O download do material está disponível em www.riocontraoaedes.com.br ou bit.ly/dezinho.

Focos do mosquito no Rio podem ser denunciados pelo 1746

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio anunciou nesta quarta-feira (14) que vem intensificando o combate ao Aedes aegypti e prevenção, com ações de rotina durante todo o ano. A pasta lembra que o mosquito transmite a forma urbana de febre amarela, que não tem casos registrados no Brasil desde 1942.
Os agentes de Vigilância em Saúde realizam visitas de inspeção e eliminação de depósitos no município e contam com a ajuda da população, que pode denunciar possíveis focos por meio da Central de Atendimento da Prefeitura do Rio, no número 1746.
“É importante ressaltar que a participação da população é fundamental, especialmente, verificando e eliminando os possíveis criadouros dentro de suas casas, evitando jogar lixo em locais inadequados, onde possam acumular água e propiciar o surgimento de focos do mosquito”, diz a SMS, em nota.

Levantamento de focos do mosquito sai até o fim do mês

Além do lançamento da campanha em nível nacional, está prevista ainda, para o final de novembro, a divulgação do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), ferramenta utilizada para identificar os locais com focos do mosquito nos municípios. No município do Rio, o LIRAa registrou, no mês de outubro de 2018, a taxa de infestação predial de 1,1%.

O LIRAa é um instrumento fundamental para o controle do mosquito. Com base nas informações coletadas, os gestores podem identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti.

Recursos para ações de combate aumentaram

O Ministério da Saúde informou que realiza ações permanentes de vigilância, prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, com apoio da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) e das Salas Estaduais.  As videoconferências com as 27 salas estaduais ocorrem mensalmente e, durante o período epidêmico, são realizadas quinzenalmente.

A pasta também oferece, continuamente, aos estados e municípios apoio técnico e fornecimento de insumos, como larvicidas para o combate ao vetor, além de veículos para realizar os fumacês, e testes diagnósticos, sempre que solicitado pelos gestores locais.

Para estas ações, a pasta tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,93 bilhão em 2017. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya e é repassado mensalmente a estados e municípios.

Além disso, desde novembro de 2015, foram destinados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias. Neste ano, o orçamento destinado para as ações de vigilância em saúde é de R$ 1,9 bilhão.

Fonte: SES, SMS e Agência Saúde, com Redação

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