A manicure Darliane Pontes, de 40 anos, foi uma das primeiras gestantes do Rio de Janeiro a receber, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causa de 75% dos casos de bronquiolite em crianças menores de 2 anos e 40% das pneumonias em períodos sazonais. Na rede privada, essa vacuna chega a custar R$ 5 mil. Mas para ela, a proteção do filho que ainda vai nascer é o que mais importa.
A proteção do nosso filho é primordial e, com certeza, todas as gestantes devem fazer a mesma coisa: tomar a vacina. Desde o início do meu pré-natal eu já sabia que a vacina contra a bronquiolite ia chegar no SUS. Então fiquei nessa ansiedade para tomar a vacina e deu tudo certo. Eu fiquei sabendo pelo meu agente comunitário de saúde, ele me ligou ontem e explicou que estaria disponível a partir de hoje e que eu já poderia tomar a vacina. Fiquei muito feliz”, explicou.
Darliane (foto) recebeu a dose da vacina neste sábado (6), no Super Centro Carioca de Saúde de Botafogo, onde a Secretaria Municipal de Saúde do Rio iniciou a campanha. Em Brasília, o Ministério da Saúde deu a partida na última quinta-feira à vacinação contra o VSR no SUS. O primeiro lote, com 673 mil doses, já começou a ser distribuído aos estados.
Hoje, a cidade do Rio iniciou a vacinação contra a bronquiolite. A forma mais eficaz de proteger as crianças é por meio da vacinação das gestantes. Ao se vacinar, a gestante transmite anticorpos que protegem o bebê. Recomenda-se que todas as gestantes com mais de 28 semanas de gestação se vacinem, preferencialmente até a 35ª semana, embora a vacinação após esse período ainda ofereça proteção”, informou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
SP imuniza 600 grávidas contra vírus sincicial respiratório

Vacinação contra vírus sincicial imuniza cerca de 600 gestantes em SP
No primeiro dia de vacinação contra o vírus sincicial respiratório (VSR) na capital paulista, nesse sábado (6), foram imunizadas 624 gestantes, informou a prefeitura.
A implementação dessa vacina é muito importante para a saúde dos bebês menores de 6 meses. Vacinar a gestante garante a proteção dos recém-nascidos nos primeiros meses de vida, quando são mais vulneráveis e podem desenvolver formas graves da doença”, destacou, em nota, a coordenadora de Vigilância em Saúde, Mariana Araújo.
O VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% dos casos de pneumonia em crianças menores de dois anos, conforme dados do Ministério da Saúde. A vacina oferece proteção imediata aos recém-nascidos, reduzindo hospitalizações.
A partir desta segunda-feira (8), a imunização ocorrerá em todas as unidades básicas de Saúde (UBSs), das 7h às 19h. A disponibilidade da vacina pode ser consultada pela plataforma De Olho na Fila. A localização dos equipamentos da rede municipal pode ser consultada na plataforma Busca Saúde.
Segundo a prefeitura, aos sábados, o serviço de vacinação acontece nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Integradas, das 7h às 19h. De segunda a sexta-feira, a imunização pode ser tomada nas UBSs, das 7h às 19h. Para se vacinar, a gestante precisa estar com um documento de identificação e comprovante de 28 semanas de gestação.
A implementação dessa vacina é muito importante para a saúde dos bebês menores de seis meses. Vacinar a gestante garante a proteção dos recém-nascidos nos primeiros meses de vida, quando são mais vulneráveis e podem desenvolver formas graves da doença”, afirmou a coordenadora de Vigilância em Saúde, Mariana Araújo.
A prefeitura de São Paulo alerta ainda que é importante também atualizar a situação vacinal das gestantes, incluindo influenza e covid-19, já que a vacina contra o VSR pode ser administrada simultaneamente a esses imunizantes.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação materna demonstrou uma eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos bebês durante os primeiros 90 dias após o nascimento.
Para se vacinar, a gestante precisa estar com documento de identificação e comprovante de 28 semanas de gestação, emitidos durante o acompanhamento pré-natal. Não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é tomar dose única a cada nova gestação.
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Ministro doa sangue e marca início da vacinação contra vírus sincicial

Com o objetivo de incentivar a doação voluntária de sangue e marcar o início da vacinação contra o vírus sincicial respiratório (VSR) no estado, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou neste sábado (6), em São Paulo, do projeto Sangue Corinthiano, na Neo Química Arena.
O movimento é realizado voluntariamente pelo Corinthians e voltada à doação de sangue e ao fortalecimento das ações de cuidado à saúde. É a terceira participação de Padilha na mobilização. Em anos anteriores, ele esteve presente como ministro e médico infectologista, destacando a doação voluntária como gesto permanente de solidariedade. Ele integrou mutirões no Parque São Jorge e em unidades da hemorrede paulista, sempre defendendo a ampliação da doação de sangue e do acesso à vacinação como políticas complementares.
Ao participar pela terceira vez do movimento, Padilha reforçou a vacinação de gestantes contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite em recém-nascidos, marcando o início da vacinação contra a bronquiolite no estado de São Paulo.
Segundo o Ministério da Saúde, do primeiro lote nacional, com 673 mil doses, 134,5 mil foram destinadas ao estado de São Paulo, sendo 34 mil à capital. A aquisição integra a campanha que prevê inicialmente 1,8 milhão de doses e investimento de R$ 1,17 bilhão.
A vacina contra a bronquiolite protege a gestante e o seu filho que está nascendo. É muito importante vacinar durante a gravidez para que o bebê já nasça protegido.
O ministro ressaltou que o Sistema Único de Saúde (SUS), é o maior sistema de saúde pública do mundo, garantindo que as mães tenham acesso gratuito à proteção para o seu filho contra uma das principais causas de internação de crianças.
A oferta no SUS, que na rede privada pode custar até R$ 1,5 mil, foi viabilizada por meio de uma parceria com o Instituto Butantan e o laboratório produtor, que inclui a transferência de tecnologia para o Brasil. Com isso, o país passará a fabricar o imunizante, ampliando a autonomia nacional e garantindo acesso equitativo para toda a população.
Quem pode tomar e por que?
As gestantes podem ser vacinadas a partir da 28ª semana de gestação, sem limite máximo, para ampliar a proteção de crianças menores de seis meses. O esquema vacinal será de dose única a cada gestação. A vacina garantindo proteção aos bebês logo nos primeiros meses de vida, fase em que o risco de complicações respiratórias é maior.
Os lactentes dessa faixa etária são os mais vulneráveis às formas graves, sendo o VSR a principal causa de hospitalizações neste grupo, especialmente entre prematuros e crianças com cardiopatias congênitas ou doença pulmonar crônica. Para se imunizar, a orientação é levar um documento de identificação, a caderneta de vacinação da gestante ou algum comprovante de vacinação, se disponível, para que os profissionais avaliem a situação vacinal
Com a chegada das doses às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e postos de vacinação, o Ministério orienta as equipes a atualizarem a situação vacinal das gestantes, incluindo influenza e covid-19. A vacina contra o VSR pode ser administrada simultaneamente a esses imunizantes.
Importância da vacina
O VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos. A vacina oferece proteção imediata aos recém-nascidos, reduzindo hospitalizações. A eficácia da estratégia foi demonstrada em estudos clínicos, como o Estudo Matisse, que revelou eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos primeiros 90 dias de vida dos bebês.
Em 2025, até 15 de novembro, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo VSR. Desse total, mais de 35,5 mil hospitalizações ocorreram em crianças com menos de dois anos, o que representa 82,5 por cento dos casos no período.
Como a maioria das ocorrências é causada por infecções virais, não há tratamento específico para a bronquiolite. O manejo clínico inclui terapia de suporte, suplementação de oxigênio conforme necessário, hidratação e uso de broncodilatadores, substâncias que dilatam as pequenas vias aéreas, especialmente quando há chiado evidente.
Onde tomar a vacina no Rio de Janeiro
Neste fim de semana, a vacina está disponível nas três unidades do Super Centros de Vacinação na cidade do Rio de Janeiro:
- em Botafogo (funcionamento de domingo a domingo, das 8h às 22h),
- na Zona Oeste (no ParkShoppingCampoGrande, seguindo horário do centro comercial) e
- na Zona Norte (no Shopping Nova América, funcionando também conforme horário do centro comercial).
A partir do meio dia de segunda-feira (8), a vacinação acontecerá também nas 240 salas de vacinação em unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde).
Com Assessorias e Agência Brasil (atualizado em 08/12/26)











