Casos de câncer de cólo do útero preocupam oncologistas

Fundação do Câncer lança boletim exclusivo que alerta sobre doença que já representa a quarta causa de morte por câncer em mulheres no país

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Um problema de saúde pública no Brasil, o câncer do colo do útero está entre os cinco mais incidentes na população feminina e é a quarta causa de morte por câncer em mulheres no país. Em 2020, ocorreram mais de 6 mil óbitos por essa neoplasia, causados, em sua grande maioria, pela infecção persistente por tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV).

A Fundação do Câncer lança nesta sexta, dia 25, uma publicação inédita: o info.oncollect, um boletim epidemiológico sobre o câncer do colo do útero no Brasil e as lesões precursoras identificadas no país. Os pesquisadores vão explicar os achados nas bases de dados brasileiras, como é o caso de iniquidade entre mulheres com maior e menor escolaridade, a diferença no atendimento público e privado e o fato das brasileiras chegarem tardiamente para o tratamento, com a doença já em estágio avançado, entre outros.

“O controle do câncer do colo do útero representa um enorme desafio. Somente para este ano são estimados mais de 16 mil novos casos da doença pelo Ministério da Saúde, apesar da divulgação de medidas de prevenção e de controle e da existência da vacina contra o papilomavírus humano (HPV), causador deste câncer”, atenta Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da entidade.

A publicação aponta, com uma análise robusta, que as brasileiras ainda chegam muito tardiamente para o tratamento, com a doença já em estágio avançado. O projeto, que conta com a expertise das pesquisadoras Yammê Portela, Rejane Reis e Alfredo Scaff, revela cenário importantes da doença no País.

“As informações mostram que mais de 50% dos casos de neoplasia do colo do útero são diagnosticados em fase avançada”, diz Scaff, lembrando que este tipo de problema pode ter solução frente mais informação, rastreamento, acesso aos exames e tratamento pela população.

Na última semana completaram-se dois anos do chamado da Organização Mundial da Saúde (OMS) para medidas efetivas para a erradicação da doença para a qual existe vacina contra o vírus causador e exames preventivos que detecta lesões tratáveis, antes do desenvolvimento da doença.

No ano passado, a Fundação do Câncer lançou o Projeto para Fortalecimento das Ações de Prevenção Primária e Secundária do Câncer do Colo do Útero e divulgou a pesquisa Conhecimento e Práticas da População e dos Profissionais de Saúde sobre Prevenção do Câncer do Colo do Útero, com o objetivo de identificar as barreiras e as lacunas sobre a vacinação contra HPV e o rastreamento no Brasil.

 

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