Com a queda nas temperaturas em várias regiões do país, os tutores devem ficar atentos aos sinais de que os animais de estimação estão sentindo frio. Com a proximidade do inverno, os termômetros caem, os dias ficam mais curtos e os hábitos mudam – inclusive os dos animais de estimação. Além do desconforto, o frio intenso pode trazer riscos concretos à saúde dos pets.
Além da hipotermia causada pela exposição prolongada às baixas temperaturas, os animais também ficam mais vulneráveis a doenças respiratórias, como gripes e pneumonias”, alerta a médica-veterinária e consultora técnica da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade.
Ela acrescenta que problemas articulares, especialmente em pets idosos, além de questões dermatológicas e alterações comportamentais ligadas ao estresse, são mais comuns nessa época do ano.
Grupos mais vulneráveis, como filhotes, animais idosos e aqueles com pelagem curta, exigem atenção redobrada. “Filhotes possuem pouca gordura corporal e ainda não desenvolveram completamente o mecanismo de termorregulação, o que dificulta a produção e retenção de calor”, explica.
Já os animais mais velhos têm o organismo menos eficiente para manter a temperatura corporal estável. E os pets de pelo curto contam com uma pelagem menos densa, que oferece menor proteção térmica em comparação aos de pelagem espessa”.
A queda de temperatura também pode afetar a pele e os pelos dos animais, causando ressecamento, descamação e aumento da oleosidade. Os banhos devem ser menos frequentes no inverno, sempre com água morna, ambiente fechado e secagem completa para evitar quedas na temperatura corporal. O ideal é optar por xampus dermatológicos, que mantenham o equilíbrio da pele e evitem o surgimento de dermatites.
Percepção de frio é diferente nos pets
Segundo a médica veterinária Lysandra Jacobsen, analista de Educação Corporativa da Cobasi, embora cães e gatos também sintam frio, a forma como percebem as mudanças de temperatura é diferente da dos humanos.
A temperatura corporal dos pets é mais elevada — geralmente entre 38°C e 39°C —, o que significa que nem sempre estarão com frio quando nós estivermos”, explica a especialista. Mesmo assim, ela reforça que o desconforto térmico existe e que os animais também sofrem com os dias mais gelados.
Alguns comportamentos ajudam a identificar quando um pet está com frio. “Entre os sinais mais comuns estão: tremer, deitar encolhido, buscar locais mais quentes da casa — como tapetes, camas ou sofás — e passar mais tempo recolhido ou quieto”, orienta a veterinária. Ficar atento a essas mudanças de atitude é essencial para garantir o bem-estar dos animais durante o inverno.
Outro ponto curioso é o papel da respiração no controle da temperatura dos cães. “Em dias frios, eles podem apresentar respiração mais ofegante como uma forma de ajustar a troca de calor com o ambiente”, afirma. Esse mecanismo ajuda a equilibrar a temperatura corporal e evitar a perda excessiva de calor.
Vestir ou cobrir o pet nem sempre é necessário, mas em determinadas situações, esse cuidado se torna fundamental. “Quando a temperatura se aproxima dos 10°C, é recomendável cobrir ou agasalhar o pet para ajudar na manutenção do calor corporal”, diz Lysandra. Ela destaca que esse cuidado é ainda mais importante no caso de filhotes, animais idosos ou de pelo curto, que são naturalmente mais sensíveis ao frio.
Animais idosos e filhotes sentem mais frio
Menos dispostos a sair da cama e mais sensíveis a dores e infecções, cães e gatos precisam de cuidados especiais nos meses mais frios do ano, pois a queda de temperatura afeta diretamente a imunidade, o comportamento e o sistema osteoarticular dos pets, como explica a médica-veterinária e consultora técnica da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade.
Assim como os humanos, os animais também sentem os efeitos do frio, especialmente os filhotes, os idosos e aqueles que já possuem predisposição genética ou doenças crônicas. O frio provoca rigidez muscular e vasoconstrição (redução do calibre dos vasos sanguíneos) no organismo dos animais, aumentando a densidade e o acúmulo de líquido nas articulações e reduzindo a circulação de oxigênio pelos tecidos, aumentando as dores”.
Dores articulares aumentam com o frio
Um dos efeitos mais frequentes do clima frio é o agravamento de dores articulares em cães e gatos. Animais com displasia coxofemoral, artrose, luxação de patela ou outras alterações ortopédicas sofrem com o enrijecimento muscular e a piora da mobilidade em temperaturas mais baixas.
Muitos tutores observam que o animal demora mais para levantar, evita subir escadas ou demonstra relutância para caminhar. Esses são sinais clássicos de dor articular, que podem ser intensificados com o frio”, alerta a veterinária.
Nessas situações, o controle da dor deve ser orientado pelo médico-veterinário. Anti-inflamatórios, analgésicos, condroprotetores e relaxantes musculares podem ser formulados em apresentações adaptadas a cada animal — desde cápsulas palatáveis e biscoitos até xaropes, caldas e molhos — favorecendo a adesão ao tratamento e a resposta clínica. Fitoterápicos e nutracêuticos também podem ser prescritos.
Na DrogaVET, manipulamos ativos como a cúrcuma, o colágeno tipo II e o ômega-3 de alta concentração, que são aliados naturais no combate à inflamação e na manutenção da saúde das articulações”, explica Farah. Esses compostos, associados a uma rotina de exercícios moderados, ambiente aquecido e conforto térmico, ajudam a manter a qualidade de vida de cães e gatos durante os meses frios.
Imunidade em baixa: hora de reforçar a defesa natural do organismo
Ainda segundo Farah, o sistema imunológico fica mais vulnerável e o risco de infecções respiratórias aumenta. Por isso, o outono é o momento ideal para adotar medidas preventivas e garantir uma transição segura para o inverno.
As temperaturas mais baixas também afetam a imunidade dos pets e, com o organismo mais suscetível, doenças respiratórias tornam-se comuns, especialmente em locais fechados, com baixa ventilação ou grande concentração de animais.
Entre as doenças mais recorrentes estão a traqueobronquite infecciosa canina – popularmente conhecida como gripe canina – e a rinotraqueíte felina, que provoca espirros, secreção nasal, conjuntivite e falta de apetite nos gatos.
Essas enfermidades são altamente contagiosas e podem evoluir com complicações sérias, principalmente em animais não vacinados ou imunossuprimidos. Por isso, além de manter a vacinação em dia, é fundamental fortalecer a resposta imunológica com nutracêuticos manipulados sob medida para cada paciente, como própolis, beta-glucana, glutamina, zinco, vitamina C e vitamina E, que atuam diretamente na imunidade”, destaca Farah.
Menos disposição para brincar e se exercitar
Com o frio, a rotina de exercícios e estímulos também costuma ser reduzida. Muitos cães evitam sair para passear e ficam mais sedentários, o que pode resultar em ganho de peso, aumento da ansiedade e piora de quadros articulares. Os gatos, por sua vez, tendem a dormir mais e se movimentar menos, o que exige atenção redobrada do tutor para evitar a obesidade e o tédio.
A recomendação é adaptar as brincadeiras para dentro de casa, estimulando o pet com brinquedos interativos, túneis, bolinhas recheadas com petiscos e circuitos improvisados. Além disso, manter o ambiente aquecido com caminhas elevadas, cobertores e roupas apropriadas para cães de pelagem curta pode ajudar a manter o conforto térmico e a disposição para o movimento.
Farah orienta que os tutores façam uma avaliação veterinária preventiva ainda no outono, especialmente para animais idosos, com histórico de doenças respiratórias, articulares ou imunológicas. “Com um bom planejamento, é possível minimizar os impactos do frio e garantir que o pet passe pelos meses frios com saúde e bem-estar.”
Lysandra também chama a atenção para a importância de manter a vacinação dos pets em dia. “Animais que não estão vacinados correm um risco ainda maior, já que o sistema imunológico pode ficar mais debilitado durante os dias frios, facilitando o surgimento de infecções”, reforça.
Boas Ações
Cobasi inicia Campanha do Agasalho Pet
Como parte das ações do programa Cobasi Cuida, a marca também irá promover a 8ª edição da Campanha do Agasalho Pet, que convida os clientes a doarem acessórios de inverno como caminhas, casinhas, cobertores, toalhas e colchonetes. As doações serão destinadas a mais de 80 ONGs de proteção animal parceiras.
Além de contribuir com a campanha, os clientes que levarem uma doação até uma das lojas participantes recebem 30% de desconto na compra de caminhas da marca exclusiva Flicks. A campanha acontece nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com destaque para o estado de São Paulo, onde a companhia concentra o maior número de lojas e consequentemente mais ONGs são ajudadas.
Além dessa campanha sazonal específica, as lojas Cobasi mantém o durante todo o ano espaços para que clientes possam deixar doações, que são encaminhadas para ONGs parceiras.
Com Assessorias