Vacinação 2

Mais duas pessoas morreram por febre amarela no Estado do Rio de Janeiro, elevando para sete o número de mortes pela forma silvestre da doença este ano, de um total de 15 casos já confirmados. Os números constam do novo boletim epidemiológico divulgado no início da noite desta segunda-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde.

Com os novos dados, sobe para 42 o número de casos de febre amarela silvestre em humanos no Estado do Rio desde que a doença foi novamente detectada, no início de 2017. Em todo o ano passado, nove pessoas morreram. Os casos foram confirmados após exames laboratoriais realizados pela Fiocruz. Ao contrário do inicialmente previsto (19 de fevereiro), diante da situação de surto, o Estado do Rio de Janeiro, junto com São Paulo, terá que antecipar o fracionamento da vacina contra a febre amarela para esta quinta-feira, dia 25.

A decisão foi anunciada pela Secretaria poucas antes da divulgação do novo boletim epidemiológico que revelou oito novos casos, sendo mais duas mortes no estado. De acordo com a SES, a decisão foi tomada “em alinhamento com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo e com o objetivo de construir uma estratégia conjunta de enfrentamento da febre amarela”.

A Secretaria reforça a importância das pessoas que ainda não se vacinaram buscarem um posto de saúde próximo de casa para serem imunizadas. No dia 27, um sábado, acontece o Dia D da Vacinação contra a Febre Amarela nos postos de saúde dos 92 municípios do estado. Até o momento, apenas 46% do público-alvo foram vacinados no estado.

“Realizamos mensalmente reuniões com os secretários de Saúde dos 92 municípios do estado para acompanhar a situação vacinal e o desenvolvimento da doença em cada região. Os casos registrados até agora são do tipo silvestre, transmitido pelas espécies de mosquito Haemagogus e Sabeths, presentes em áreas de mata. Não há registro da forma urbana da doença, transmitida pelo Aedes aegypti desde 1942 no país”, explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe.

Dentre as vítimas, estava o jovem Luiz Fernando Valente Rodrigues, de 17 anos, morador de Miguel Pereira, no Sul Fluminense, que faleceu quarta-feira (17), no Rio de Janeiro, após sofrer uma hepatite fulminante. As outras mortes ocorreram em Valença (três), no Sul Fluminense, Teresópolis (duas) e Nova Friburgo (uma), na Região Serrana.

Epidemia de macacos com febre amarela em Niterói

O novo boletim mantém a informação de que há uma epizootia (epidemia em animais) de macacos por febre amarela em Niterói, na Região Metropolitana, conforme divulgado na véspera. O número de animais encontrados mortos por contrair a doença não foi divulgado. A SES ressalta ainda que os macacos não são responsáveis pela transmissão da doença aos humanos, mas sim a picada de mosquitos que habitam regiões de mata. “Ao encontrar macacos mortos ou doentes (animal que apresenta comportamento anormal, que está afastado do grupo, com movimentos lentos etc.), o cidadão deve informar o mais rápido possível às secretarias de Saúde do município ou do estado do RJ”, diz a nota.

A Secretaria voltou a afirmar, por meio de nota, que desde janeiro de 2017 vem adotando medidas preventivas e, antes mesmo de registrar os primeiros casos no território fluminense,  iniciou a criação de cinturões de bloqueio, recomendando a vacinação contra a febre amarela principalmente em municípios de divisa com Espírito Santo e Minas Gerais (áreas de risco para a doença). “Desde julho do ano passado, todos os 92 municípios do estado já estão incluídos na área de recomendação da vacina”, destaca a nota.

Casos de febre amarela silvestre em humanos no Estado do Rio:

– 9 casos – Valença, sendo três óbitos

 – 3 casos – Teresópolis, sendo dois óbitos

– 1 caso – Miguel Pereira, sendo um óbito

– 1 caso – Nova Friburgo, sendo um óbito

– 1 caso – Petrópolis

 

 

Localidades do RJ com casos confirmados de febre amarela em macacos:

 – 1 epizootia – Niterói

Quem deverá tomar a dose fracionada:

– pessoas maiores de 2 anos até 59 anos não vacinadas;

– mulheres não vacinadas que estejam amamentando crianças maiores de 6 meses;

– pessoas com mais de 60 não vacinadas, após avaliação de serviço de saúde

Quem continuará tomando a dose plena:

– crianças de 9 meses a 2 anos;

– pessoas com condições clínicas especiais (conforme definição do Ministério da Saúde);

– gestantes;

– viajante internacional (com comprovante)

 *Para os doadores de sangue a doação deve ser feita antes da vacinação

Fonte: SES-RJ, com Redação (atualizado às 20h)

Para mais informações sobre a doença acesse www.febreamarelarj.com.br.

  • Atualizado em 22 de janeiro de 2018, às 19h.
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