O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) emitiu uma alerta depois da confirmação de um caso humano de febre amarela no Estado de São Paulo no último dia 27 de janeiro. Trata-se de um paciente de 73 anos, sexo masculino, não vacinado para febre amarela, morador de zona rural na cidade de Vargem Grande do Sul, divisa com Minas Gerais.
As recomendações feitas pelo alerta nº 34/2023 do CIEVS-RJ são de intensificação e implementação das ações referentes à vigilância da febre amarela, em especial nas cidades cortadas pela BR-116 (Via Dutra), principal via de comunicação dos municípios fluminenses limítrofes com o estado de São Paulo, como Volta Redonda, Resende e Barra Mansa.
Esses municípios passaram por campanhas de vacinação contra a doença em 2017. Quem recebeu a vacina naquela época deve ser considerado imunizado, já que estudos demonstram proteção conferida de pelo menos oito anos. As vigilâncias municipais dessa região foram orientadas a fortalecer as ações de imunização contra febre amarela para população-alvo: indivíduos de 9 meses a 59 anos de idade.
Também foi recomendado o reforço da vigilância de casos de febre amarela em primatas não humanos (PNH) e de casos humanos, com comunicação em até 24 horas de casos suspeitos ao CIEVS-RJ e notificação do caso no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os estrangeiros que visitarão o Brasil e a região devem ser alertados para atualizar a vacina antes da chegada ao Brasil.
Por se tratar de doença grave, com risco de dispersão para outras áreas do território nacional e internacional, a febre amarela tem notificação compulsória e imediata, em até 24 horas. Os casos suspeitos podem ser comunicados ao Plantão CIEVS SES RJ, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana (inclusive feriados). É possível entrar em contato através de um dos seguintes canais:
E-mail: notifica.ses.rj@gmail.com
Telefones: (21) 2333-3852 | (21) 98596-6553
São Paulo alerta para a importância da vacina contra a febre amarela
Quem vai curtir o feriado prolongado do carnaval em cidades paulistas que ficam na divisa com os estados de Minas Gerais e Paraná deve ficar alerta para o risco de contaminação por febre amarela, informa o Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) do Estado de São Paulo.
A recomendação foi motivada em razão de municípios mineiros e paranaenses na divisa com o estado de São Paulo estarem em alerta para casos da doença. O risco é maior em áreas de mata e zona rural que recebem turistas para acampamentos, trilhas e outras atividades no feriado de carnaval, que começa daqui a 12 dias.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância da vacinação de rotina, e não apenas em momento epidêmico ou pandêmico, para evitar casos mais graves. No estado de São Paulo, a cobertura vacinal contra febre amarela é de 64%.
A diretora do CVE, Tatiana Lang D’Agostini, ressalta que a imunização é imprescindível para quem irá viajar para o interior.
“A vacina da febre amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos. Desta forma, quem vai viajar no carnaval para a zona de mata, ir para acampamentos, trilhas, cachoeiras, é de suma importância a imunização o quanto antes”.
A SES reforça que a vacina contra febre amarela faz parte do calendário de imunização e está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde do estado. Desde 2017, o Ministério da Saúde segue a orientação da Organização Mundial da Saúde, que recomenda apenas uma dose da vacina para toda a vida.
A infecção da febre amarela se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em região de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.
Atualizado em 6/2/23