Em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), o mês é voltado a uma série de ações para conscientizar a população sobre a importância de cuidar da doença que é responsável por complicações, como alterações cardiovasculares, que levam a diálise por insuficiência renal crônica e a cirurgias para amputações dos membros inferiores. Nesses tempos de fake news, a campanha é mais do que oportuna porque, quando se trata de diabetes, informação é mais do que fundamental.

O esclarecimento sobre diabetes é extremamente relevante, principalmente, diante do atual panorama em que as notícias falsas estão constantemente sendo disseminadas por meio de aplicativos e redes sociais. Por isso, reforçamos a importância de sempre buscar fontes seguras antes de propagar as informações recebidas”, explica a endocrinologista Suemi Marui, do Salomão Zoppi Diagnósticos, laboratório da Dasa.

Segundo ela, o combate de doenças como colesterol alto e hipertensão junto à prática de atividade física regular e uma alimentação balanceada podem auxiliar na prevenção do diabetes. A especialista preparou uma lista de esclarecimentos de fake news sobre o tema. Confira!

1) Apenas o Diabetes Tipo 1 é considerado grave
FAKE NEWS! O diabetes tipo 2 também pode ser grave, porque o diagnóstico pode levar mais tempo para ser feito e, dessa forma, o paciente já pode sofrer as ações do excesso de açúcar nos diferentes órgãos.

2) Comer muito açúcar causa Diabetes
FAKE NEWS! O consumo excessivo de açúcar não é saudável, mas não causa a doença.

3) O diabético não pode comer doce nem ingerir bebida alcoólica
FAKE NEWS! Ele pode ingerir doce e bebida alcoólica, desde que esteja orientado ao modo de compensar usando a insulina.

4) O diabetes não apresenta sintomas
FAKE NEWS! O diabetes, principalmente o tipo 2, que acomete mais os adultos, pode não ter sintomas, porém geralmente causa sede em excesso e aumento da diurese. Então não é uma notícia totalmente verdadeira.

5) O diabetes não afeta as pessoas magras / pessoas com excesso de peso sempre desenvolvem diabetes
FAKE NEWS! A doença pode afetar tanto magros quanto obesos, pois depende de diferentes fatores, incluindo a predisposição genética e fatores ambientais.

6) Existe cura para diabetes
FAKE NEWS! Existe controle da hiperglicemia, mas o paciente sempre terá essa predisposição.

7) O Diabetes não é uma doença letal
FAKE NEWS! Trata-se de uma doença que leva a maior mortalidade, mas principalmente a maior morbidade, ou seja, mais doenças associadas, como cardiovascular.

8) Sendo uma doença principalmente genética, não há o que fazer para prevenir o diabetes
FAKE NEWS! O diabetes apresenta uma predisposição genética, mas os fatores ambientais possuem papéis fundamentais no aparecimento e controle do diabetes. Assim, manter atividade física regular, evitar obesidade e cigarro certamente podem prevenir o diabetes.

9) Apenas idosos desenvolvem diabéticos
FAKE NEWS! O diabetes pode acometer qualquer faixa etária.

10) O tratamento do diabetes envolve apenas medicamentos e dieta
FAKE NEWS! O tratamento fundamental do diabetes é a dieta e medicamentos, quando indicados. Porém, a mudança de hábitos de vida, como incluir uma atividade física regular, evitar tabagismo e etilismo auxiliam no tratamento.

11) Mulheres diabéticas não devem engravidar
FAKE NEWS! O cuidado deve ser mais rigoroso durante a gravidez, mas não impede de ter uma gestação tranquila.

Números da doença

De acordo com estudo recente do Ministério da Saúde, São Paulo aparece como uma das capitais que tem o maior número de pessoas diabéticas, com 8,3%. Em São Paulo o diabetes cresceu 60% na população masculina nos últimos 11 anos. Em 2017, comparando com as demais capitais, os homens de São Paulo apresentaram uma das maiores taxas de diagnóstico médico de diabetes, 4,6%, ficando à frente de Cuiabá (4,2%) e Palmas (3,7%). Já entre as mulheres, a capital de São Paulo tem o quinto maior percentual da doença.

Entre 2010 e 2016, o diabetes já levou a óbito 70.172 pessoas em São Paulo. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número cresceu 6,4% no período, saindo de 9.825 mortes para 10.460 no ano passado. Segundo estimativas de 2015, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Federação Internacional do Diabetes, cerca de 415 milhões de adultos viviam com diabetes no mundo, sendo o Brasil o 4º país do mundo com o maior número de diabéticos.

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