Não são apenas médicos que podem pedir hemograma a pacientes com suspeita de dengue. A partir de agora, profissionais de Enfermagem podem solicitar o exame de sangue nas unidades da rede estadual de saúde do Rio de Janeiro. A medida foi autorizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), por meio da Resolução SES nº 3260, de 26 de fevereiro de 2024, publicada no Diário Oficial da última terça-feira (27/02). O objetivo é agilizar o fluxo de atendimento, fazendo com que o paciente já chegue ao atendimento médico com o exame em mãos.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, explica que a decisão de permitir aos enfermeiros solicitarem hemograma a pacientes com dengue foi tomada justamente com objetivo de que mais pacientes sejam atendidos em menos tempo, reduzindo a pressão e a sobrecarga na unidade de atendimento da rede estadual.

No cenário atual, o paciente precisaria passar primeiro pelo acolhimento (classificação de risco), e depois pelo consultório, onde seria prescrito o exame de sangue. Só após o resultado, retornaria ao médico para nova avaliação.  Com a decisão, o paciente passará ao consultório uma única vez, já com o resultado laboratorial prescrito anteriormente na classificação de risco. As unidades de saúde deverão estabelecer o protocolo clínico de forma a incorporar essa atividade à rotina do enfermeiro.

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Hemograma identifica se paciente corre risco de hemorragia

“O hemograma é uma ferramenta importante para o tratamento da dengue. Além de identificar se o paciente corre risco de hemorragia, auxilia na interpretação médica para saber se houve aumento na quantidade de elementos que combatem a infecção. O paciente já pode começar a hidratar enquanto aguarda o hemograma. Essa agilidade no início do atendimento é fundamental no caso da dengue”, pontua a secretária.

O hemograma é um exame laboratorial de papel fundamental para a área da saúde, porque auxilia no diagnóstico de diferentes patologias como anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias.

Seus dados gerais permitem uma avaliação ampla da condição clínica dos pacientes, como as condições dos leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos brancos) e plaquetas (coagulação sanguínea), que contribuem na identificação de alguma alteração do estado clínico.

Cofen emite nota técnica sobre epidemia de dengue

Na última segunda-feira (26/02), o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) divulgou Nota Técnica informando que cabe ao profissional de Enfermagem orientar, realizar, encaminhar, coletar e registrar dados da forma mais detalhada possível no prontuário do paciente e destacou as competências e as prerrogativas do enfermeiro no cuidado do paciente com suspeita ou diagnosticada com dengue.

A nota destaca que, para o enfrentamento à epidemia de dengue, nas situações de emergência em saúde pública, o enfermeiro está apto a acolher o paciente; notificar o paciente; realizar Prova do Laço; solicitar exames para diagnóstico, controle e acompanhamento: hemograma, albumina, TGO (transaminase oxalacética), TGP (transaminase pirúvica), sorologia e isolamento viral; prescrever medicação sintomática oral, venosa, entre outros procedimentos.

Com informações da SES

 

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