ICU equipment. Nurse near the patient

Não é apenas a sepse que tira o sono das equipes intensivistas Brasil afora, como mostramos (veja aqui). Dados da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva estimam que o Delirium pode acometer 36% dos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No caso daqueles com suporte de ventilação mecânica, esse índice pode chegar a 81%. Esta síndrome causa confusão mental, dificuldade de raciocínio, agitação e alucinação.

A síndrome é uma flutuação do nível de consciência em que os pacientes podem ficar pouco responsivos ou muito agitados, inclusive com quadros de agressividade – o estágio hiperativo. É um cenário preocupante, pois o indivíduo pode dizer palavras sem sentido ou não reconhecer seus familiares.

“Em algumas situações, a pessoa não consegue se concentrar e sente-se ameaçada por situações imaginárias. É como se estivesse em um sonho em que tudo parece real, devido à disfunção orgânica cerebral que chamamos de delirium”, explica a médica Melissa Pitrowsky. Ela é a responsável pela equipe multidisciplinar para o estudo do delirium nos hospitais Samaritano (Barra da Tijuca) e Vitória, que integram o complexo médico-hospitalar Americas Medical City.

“O delirium está, geralmente, associado a infecções graves ou grandes cirurgias, que causam alterações no funcionamento do cérebro. A síndrome pode atingir pessoas de qualquer idade, mas o maior risco está nos idosos”, explica a especialista. A médica diz que não há, ainda, tratamento específico, mas uma abordagem preventiva pode diminuir a sua ocorrência.

A especialista também observa que é importante o rastreamento das ocorrências em UTIs, bem como manter as luzes acesas durante o dia e apagadas na parte da noite, alimentação via oral tão logo seja possível, privilegiando alimentos leves e medidas que favoreçam o sono. “Nas situações de indivíduos com necessidade de ventilação mecânica, além do acompanhamento diário, é importante seguir com sedação somente o suficiente para o conforto, com bastante atenção para os sinais de dor que o paciente venha a apresentar”, recomenda.

Segundo ela, nos hospitais do Americas Medical City, são identificados precocemente os pacientes com maior risco para que sejam tomadas as devidas providências. “Também abordamos os familiares para que saibam como agir caso seu parente desenvolva a síndrome”, diz.

Fonte:  Americas Medical City, com Redação

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