Nas últimas semanas o Brasil tem assistido a um aumento exponencial nos casos de Covid-19. Muitas pessoas que testam positivo afirmam que, inicialmente, confundiram os sintomas com uma gripe ou resfriado mais forte. Embora menos graves que nos anos de 2020 e 2021 e 2022, principalmente, em decorrência do aumento da cobertura vacinal contra a Covid-19, os crescentes episódios vêm preocupando as autoridades sanitárias, que alertam para a importância de manter a vacinação em dia.

Vacinar-se, aliás, não é problema para as jornalistas Cristina Nunes e Roni Filgueiras, do Rio de Janeiro, que se recuperam de sua segunda Covid-19. Ambas contam ao Portal ViDA & Ação que sentiram sintomas semelhantes, mas bem mais amenos que os que sofreram da primeira vez, quando ainda não estavam com o esquema de vacinação completo. E atribuem isso aos efeitos das vacinas a melhor reação em suas novas experiências com a doença.

No último dia 9 de outubro, Roni começou a ter um tosse seca que atribuiu a um resfriado causado pela brusca queda de temperatura do ar-condicionado, já que os dias estavam realmente quentes por conta de uma onda de calor. Os sintomas se agravaram na madrugada do dia 14 para 15 com febre, dores articulares, falta de paladar e de olfato.

“No domingo mesmo fui ao Hospital Municipal Rocha Maia (em Botafogo), que não fazia no domingo o teste de swap para covid. Voltei na segunda ao Centro Municipal de Saúde Dom Helder Câmara (no mesmo bairro), e a sorologia deu positivo. Passei pela consulta com o clínico geral que me recomendou descansar 5 dias e ingerir analgésico e antipirético, em caso de febre ou dor, e um xarope antialérgico e anti-inflamatório, durante esse período”, conta a jornalista.

Cristina Nunes conta que começou com dor de garganta forte, moleza no corpo, febre e perda de paladar, sintomas bem mais brandos do que quando teve Covid-19 pela primeira vez, há cerca de um ano. Na ocasião, relembra, sentiu fores dores no corpo que a impediam até de levantar da cama e fazer atividades simples do dia a dia.

Atendida num posto de saúde perto de casa na Tijuca (mais uma vez, viva o SUS!), ela já saiu lá com um vidro de xarope e uma cartela de dipirona, em caso de febre ou dor. “Se eu for comparar com a outra vez… Estou quase vivendo um paraíso”, conta a jornalista.

Vacinação fez toda a diferença, afirmam jornalistas

Roni diz que ainda não conseguiu superar o trauma da pandemia. “Tomei todas as vacinas e as doses de reforço, num total de 5 imunizações. Meu cartão de vacinação é um troféu que não é só meu: significa o valor que dou a minha vida, da minha família, ao SUS e à sociedade”, conta ela.

Apesar de estar devidamente imunizada, ela disse que ficou com medo ao saber de relatos de amigos e  familiares que sofreram novo contágio de covid, que somaram no total 8 pessoas. “Uns mais graves outros mais amenos, mas nenhum hospitalizado”, ressalta. De toda forma, Roni faz um alerta: “O vírus continua a circular, e meu aviso é usem máscaras em locais fechados como transporte público”.

Já Cristina diz que a “diferença gritante dos sintomas de uma para outra ‘Covid’ foram quatro doses da vacina”. A jornalista não vê a hora de fazer receber a quinta dose, dessa vez, da vacina bifásica. Confira abaixo o relato de Cristina Nunes, editora do blog Literatura é Bom pra Vista e colaboradora da seção Ler Faz Bem, do Portal ViDA & Ação.

SuperAção

Tem vacina? Tô dentro!

Por Cristina Nunes*

Estou com Covid pela segunda vez. Começou com uma dor de garganta forte, moleza no corpo, febre e perda de paladar. Achei que fosse só uma gripe mais forte porque, da outra vez que tive (há cerca de um ano), fiquei muito, muito mal.

Na ocasião, os sintomas da doença demoraram muito a passar.  Tive dores no corpo fortíssimas. Parecia que eu tinha acendido vários fósforos e jogado na garganta, de tanto que ardia. Mal me mexia, tinha tonteira. Não tinha quase forças para levantar da cama, comer, beber água.

Naquela época, eu havia tomado apenas duas doses da vacina. Doses, contudo, que me salvaram. Embora eu tenha ficado muito mal durante vários dias, não precisei ser internada. Sobrevivi. Posso garantir que este depoimento não é uma mensagem psicografada de mim mesma do além. 

A diferença gritante dos sintomas de uma para outra “Covid”?? Quatro doses da vacina das boas. Não fui eu quem disse. Foi o médico do posto de saúde onde fui para fazer o teste na semana passada.

Saí de lá com um vidro de xarope e uma cartela de dipirona, em caso de febre ou dor. Voltei do posto para casa a pé. Tá bem. Moro perto. Mas na minha primeira vez, mal conseguia andar.

Ainda não estou de todo bem. Não mesmo. Mas se eu for comparar com a outra vez… Estou quase vivendo um paraíso.

Vacinas impedem que a doença se complique

Adoro uma vacina. Sou do tempo em que para a gente se matricular e frequentar a escola, era preciso apresentar a caderneta de vacinação. Acredito na proteção de sua eficiência imunizante há muito já comprovada.

Vacinas podem até não impedir que adoeçamos. Mas podem evitar que a doença se complique, tornando-se mais grave, podendo levar à morte. Haja vista os mais de 700 mil mortos pelo vírus da Covid que não tiveram a chance de se vacinar.

Tomo a vacina da gripe todo ano e, como escrevi acima, tomei as quatro doses contra a Covid.  Faltava tomar a quinta, a bifásica. Aí…

Aí que eu estava pelejando contra uma otite crônica, que não respondia mais a antibióticos (também conhecida como otite de nadador), com indicação de cirurgia. Fui a vários otorrinos e o diagnóstico era sempre o mesmo: cirurgia.

Não tenho medo de vacina. Mas de cirurgia? Confesso que a barriga gela. Foi então que, durante uma consulta com meu oftalmologista, ele me sugeriu um colega imunologista.

Resumindo: Um dos exames de sangue que fiz apresentou uma baixa imunidade para estafilococos, microrganismo amarradão, entre outros, em otite crônica. 

E o imunologista me indicou sabem o quê?? Vacinas. Já tomei a primeira dose da vacina P13, indicada para o meu problema. Falta uma segunda dose dela e depois uma dose única da P23. Com apenas uma dose da vacina P13, a otite já melhorou.

Agora a bifásica da Covid que me aguarde. Vacina? Tô dentro!

Cristina Nunes de Sant´Anna é jornalista e pesquisadora associada do Harpia e do Lacon, respectivamente, Laboratórios de Pesquisa em Propriedade Intelectual, Patrimônio Cultural e Comunicação, Culturas e Cidades, ambos da Uerj.

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