Uma boa notícia para pais e mães de crianças pequenas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira (13) autorizar a aplicação emergencial da vacina CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos de idade contra a Covid-19. O imunizante é produzido pelo Instituto Butantan, ligado ao Governo de São Paulo, e foi o primeiro disponível no Brasil, no início de 2021.

Durante reunião da diretoria colegiada, em Brasília, por unanimidade, a agência seguiu recomendação das áreas técnicas e autorizou a imunização com duas doses da vacina, no intervalo de 28 dias. A aprovação vale somente para crianças que não são imunocomprometidas. Não há prazo para o início da utilização do imunizante no plano nacional de vacinação. A decisão caberá ao Ministério da Saúde.

Rio de Janeiro começa a vacinar crianças de 3 e 4 anos

Sempre na dianteira, o município do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta que passa a vacinar crianças de 3 e 4 anos contra a covid-19, de forma escalonada por idade já a partir desta sexta-feira (15). Até a próxima terça-feira (19) serão convocados meninas e meninos de 4 anos. Já entre os dias 20 e 22 de julho, as crianças de 3 anos poderão receber a primeira dose.

A partir de 22 de julho será mantida repescagem permanente para todos os cariocas com 3 anos de idade ou mais. As faixas etárias acima disso já foram contempladas pela campanha de vacinação da capital.

O imunizante utilizado para o público de 3 e 4 anos será CoronaVac, com esquema vacinal de duas doses e intervalo de 28 dias entre elas, conforme aprovação da Anvisa.

Crianças a partir de 5 anos, adolescentes e adultos devem seguir o esquema vacinal recomendado para seu grupo etário, conforme orientado aqui. Quem tiver alguma dose em atraso deve procurar uma das 236 unidades de Atenção Primária, além de postos extras, para atualizar o esquema. A lista completa de pontos de vacinação está disponível no mesmo link.

Vacina comprovadamente segura e eficaz

A vacina é comprovadamente segura e eficaz, além de importante para prevenir complicações da covid-19. Para a diretora da Anvisa, Meiruze Souza Freitas, relatora do pedido, a CoronaVac está aprovada em 56 países pela Organização Mundial da Saúde (OMS), teve cerca de um bilhão de doses aplicadas e tem contribuído para reduzir mortes e hospitalizações.

“Vacinar crianças de 3 a 5 anos contra a covid-19 pode ajudar a evitar que elas fiquem gravemente doentes se contraírem o novo coronavírus”, explicou.

A faixa etária entre 5 e 11 anos começou a ser vacinada em janeiro com doses dos imunizantes da Pfizer (versão pediátrica) e da CoronaVac. O número de crianças dessa faixa etária que receberam a imunização até o momento é de

Estudos comprovam eficácia da vacina em crianças

A decisão foi baseada em diversos estudos nacionais e internacionais sobre a eficácia da vacina em crianças. As pesquisas foram realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan, além de entidades internacionais. Também foram levados em conta pareceres de sociedades médicas e das áreas de farmacovigilância e de avaliação de produtos biológicos da Anvisa.

Um dos estudos clínicos, feito no Chile, mostrou efetividade de 55% da CoronaVac contra a hospitalização de crianças que testam positivo para a covid-19.  Além disso, as crianças que participaram dos estudos clínicos apresentaram maior número de anticorpos e menos reações à vacina em relação aos adultos.

No Brasil, outros dados revelaram que as reações graves após a imunização foram consideradas raras e raríssimas. A conclusão foi obtida após análise de 103 milhões de doses aplicadas no país.

Quase 460 milhões de doses aplicadas no Brasil

Até o momento, em todo o país, foram aplicadas 459.647.933 doses de vacinas – ao todo, 169.450.183 pessoas estão totalmente vacinadas, o que equivale a 80,2% da população – contra 61,9% da população mundial. Em 14 dias, de 28 de junho a 11 de julho, foram aplicadas 7.429.457 doses.

Atualmente, o Brasil tem 33 milhões e 4.555 casos de pessoas contaminadas pela Covid-19, sendo 674.102 mortes pela doença – a maioria delas evitáveis se as vacinas estivesses disponíveis há mais tempo.

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