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A contagem regressiva para a virada de ano já começou. A queima de fogos é um dos momentos mais esperados na hora de curtir a chegada do novo ano. No Rio de Janeiro, um dos réveillons mais celebrados do mundo, são esperadas 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana (eu entre elas, ali pelo posto 5, altura da Santa Clara – pode ir me dar um abraço). Serão 17 minutos de espetáculo com 25 toneladas de fogos multicoloridos, disparados de 11 balsas. Eles formarão imagens como figuras geométricas, corações, estrelas, carinhas felizes, círculos e espirais, com um grande final em tom de dourado.

Mas o que é motivo de alegria e celebração pode se transformar em uma enorme dor de cabeça. Em excesso, os sons causados pelo show pirotécnico podem causar sérios danos à audição. A perda auditiva induzida por ruído (Pair) é provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído. É uma perda irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao barulho. “Infelizmente é uma doença grave e comum. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de surdez neurossensorial bilateral, decorrentes de exposição a ruídos intensos”, como explica o médico Fayez Bahmad Jr, do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL).

A exposição direta aos fogos de artifício, trios elétricos e shows com exagerada amplificação do som podem causar danos permanentes à audição. “Devemos lembrar que apenas alguns minutos expostos a ruído sonoro superior a 120 dB já são o suficiente para gerar perda auditiva irreversível”, alerta o médico.

Os sintomas de perda auditiva induzida por ruído são: perda auditiva, dificuldade de compreensão de fala, zumbido e intolerância a sons intensos. É comum ainda que os afetados pela doença relatem queixas, como cefaleia, tontura e irritabilidade, entre outros.

O trauma sonoro pode apresentar dor ou não, mas ao primeiro sintoma – como zumbido, tontura ou perda auditiva – a orientação é procurar imediatamente um otorrinolaringologista para verificar se a audição foi afetada ou lesionada e, em seguida, proceder com o tratamento adequado.

“Durante as festas de fim de ano, caso a exposição aos fogos ou a sons muito altos seja por muitas horas, é importante prevenir. O uso de protetor auriculares pode fazer toda a diferença. Os acessórios podem ser encontrados facilmente em farmácias”, recomenda o especialista.

Como proteger o cachorro dos fogos de artifício?

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Quem também sofre são os animais de estimação. Muitos cãezinhos têm medo de fogos e isso pode levá-los a passar mal, com risco de consequências graves. Um meme que circula na internet, inclusive, convoca, de forma bem humorada, a bicharada a fazer uma passeata contra os fogos de artifício.

Especialistas alerta que o trauma  do som excessivo pode fazer mal para o cãozinho, porque a situação tende a se agravar com o tempo. Se for esse o caso do seu pet, procure um profissional para dar início ao tratamento. A superação de um trauma é quase sempre demorada e envolve recaídas, tentativas, erros e acertos. Por vezes é necessário o acompanhamento de um adestrador, que pode identificar métodos mais eficientes para cada cãozinho a lidar da melhor forma com esse medo. Enquanto o cãozinho não estiver livre desse medo, é importante evitar que ele passe por uma situação crítica como os fogos do Ano Novo.

Para ajudar pais e mães de cachorro a deixarem os pets mais confortáveis na chegada de 2018, a DogHero, aplicativo que conecta tutores de cães a anfitriões que hospedam os bichinhos em casa, levantou algumas dicas.  A reação do cãozinho aos sons permite identificar se ele se incomoda ou lida bem com o barulho. Veja como:

  • O primeiro sintoma entre os cachorros que têm medo é adotar uma postura mais alerta. Eles evitam fazer coisas que o deixem “vulnerável”, como comer, beber água, dormir, ou mesmo fazer suas necessidades com tanta frequência quanto costuma;

  • Cães mais ansiosos podem se esconder ou ficar pedindo colo, pulando e chorando;

  • Posturas curvadas, com as orelhas abaixadas, pupilas dilatadas, rabo abaixado ou entre as patas traseiras são sinais de que o cãozinho está assustado, com medo ou estressado;

  • Ficar “lambendo o focinho” e mostrando os dentes também representam desconforto;

  • Os sintomas mais extremos são salivação excessiva, batimento cardíaco acelerado, respiração ofegante e tentar fugir. Alguns cães podem também ficar agressivos.

Como ajudar o cãozinho?

Algumas atitudes podem ajudar a deixar o cãozinho mais confortável durante a virada do ano. Conheça algumas delas:

  • Feche portas e janelas de vidro perto da hora da virada e coloque uma música em alto volume. Isso ajuda a protegê-lo dos sons e evita que ele fique mais assustado ou nervoso;

  • Caso os fogos comecem e você perceba que ele ainda está atento ao barulho, faça festa ao ouvir os sons, como se fosse uma comemoração, para que ele associe o momento a coisas positivas;

  • Enquanto isso, ofereça petiscos ou brinquedos que ele adora, com animação e sorrindo. É um ótimo jeito de fazê-lo perceber que está seguro, já que cães entendem muito bem nossas expressões faciais;

  • Não pegue o cãozinho no colo, mesmo que ele peça. Isso é entendido por ele como sinal de insegurança e o nervosismo dele vai continuar ou até piorar;

  • Evite posições curvadas. Esse também é visto pelo pet como um sinal de insegurança;

  • Lembre-se de mostrar a ele que você está no controle da situação e assegurar que está protegido.

Da Redação, com assessorias

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