O contato com a luz solar é indispensável para a saúde, já que é a principal fonte de vitamina D, que regula o corpo humano e afeta o humor. No entanto, em um país tropical como o Brasil, é preciso ter moderação, especialmente durante períodos de calor intenso. Os protetores solares são aliados fundamentais para barrar a exposição excessiva a raios ultravioleta.
Mas é importante saber escolher o fator solar mais apropriado”, ressalta Elimar Elias Gomes, dermatologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde de excelência do país. “Para isso, é preciso considerar qual o fototipo da pele e as circunstâncias de exposição ao sol”.
O especialista cita uma variedade de protetores solares, que oferecem diferentes níveis de proteção contra dois tipos de raios: os ultravioleta B (UVB), que têm seu pico no verão e são responsáveis pelas queimaduras e vermelhidão no corpo; e os ultravioleta A (UVA), que são acentuados durante todo o ano e penetram mais profundamente na pele, causando envelhecimento, manchas e alergias. Ambos podem provocar o desenvolvimento do câncer.
A intensidade desses efeitos também é determinada pelo fototipo, uma classificação que se baseia na quantidade de melanina, substância produzida pelo organismo e que protege a pele do sol. “Quanto mais clara a pele, menor a produção de melanina e, portanto, maior o risco de danos ou queimaduras”, explica a oncologista Veridiana Pires de Camargo. Essa escala foi definida pelo médico Thomas B. Fitzpatrick em 1976 e organiza os tipos de pele em seis grupos, de acordo com a capacidade de bronzeamento, sensibilidade e vermelhidão mediante exposição solar.
1 – Pele branca muito clara, praticamente albina: muito sensível ao sol, sempre queima e nunca se bronzeia.
2 – Pele branca: sensível ao sol, sempre queima e bronzeia muito pouco.
3 – Pele morena clara: sensibilidade normal ao sol, queima e bronzeia moderadamente.
4 – Pele morena moderada: sensibilidade normal ao sol, queima pouco e sempre bronzeia.
5– Pele morena escura: pouco sensível ao sol, raramente queima e sempre bronzeia.
6 – Pele negra: totalmente pigmentada e minimamente sensível ao sol, raramente queima.
Essa escala é o ponto de partida para a escolha do produto. No Brasil, o Fator de Proteção Solar (FPS) varia de 15 a 99. O FPS 30 é o mínimo recomendado para quase todos os fototipos, com exceção das peles mais claras, que necessitam de, pelo menos, um FPS 50, e das pessoas com maior risco para o câncer de pele devido à baixa produção de melanina ou outros fatores, como pintas e sardas, sendo recomendável o FPS 99.
Um segundo fator de proteção dos produtos é o PPD (persistent pigment darkening), ou escurecimento persistente do pigmento, geralmente indicado nos produtos com a sigla FP-UVA, agindo contra os raios UVA. A legislação brasileira prevê que o PPD seja igual ou maior que 1/3 do valor de proteção UVB. Ou seja, um protetor de FPS 30 tem que ter, no mínimo, fator de proteção UVA 10.
Fatores adicionais
O tempo de exposição aos raios solares também é um aspecto que deve ser considerado na escolha do produto. “Num trajeto curto, como o de ida e volta ao trabalho, não precisa de um fator mais alto do que o indicado para o fototipo da pele. Já na exposição prolongada, o ideal é usar um produto com FPS maior e reaplicar a cada duas horas, para evitar queimaduras”, comenta Elimar.
O tipo de textura da pele também é um critério importante. Protetores sem óleo são recomendados para peles oleosas ou com tendência à acne, e existem opções específicas para quem tem maior oleosidade na zona T do rosto. Já a pele seca precisa de um produto mais cremoso, com maior capacidade hidratante. Para pele normal ou pouco oleosa existe a opção de produtos de toque seco, que têm característica hidratante, mas com efeito menos oleoso.
O dermatologista orienta fazer a escolha considerando a regra do fator de proteção UVB, pois quanto maior o índice FPS, maior será a proteção para os raios UVA. Também é preciso observar a pele constantemente, avaliando pintas e sinais suspeitos. “Se a pinta ficou assimétrica, alterou a sua coloração, está coçando mais, são sinais de alerta”, reforça a oncologista. O ideal é consultar um médico que avalie os fatores de risco e indique o produto mais adequado. Outras dicas de prevenção incluem evitar expor-se ao sol entre 9h e 15h, que são os horários de maior incidência dos raios solares; e utilizar chapéus, bonés e óculos escuros, além de optar por roupas e acessórios com proteção UV.
Pequenos Cuidados, Grande Proteção: como se prevenir do câncer de pele durante o verão
Dezembro Laranja é uma campanha criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e visa aumentar a prevenção e a detecção precoce do câncer de pele, o mais frequente do Brasil e que corresponde a cerca de 30% dos tumores malignos¹
A campanha Dezembro Laranja foi instituída pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com o objetivo de aumentar a prevenção e a detecção precoce do câncer no maior órgão do corpo humano, a pele. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, para o triênio de 2023 a 2025, ocorrerão 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma, levando 2,9 mil pessoas à óbito. Já o câncer de pele melanoma, o mais grave, corresponde a 4% dos tumores no órgão e possui uma maior capacidade de disseminação da doença para outros órgãos, as chamadas metástases, e falecimento.
Associado principalmente à exposição excessiva e desprotegida aos raios ultravioleta (UV) do sol, o câncer de pele também inclui fatores genéticos e imunológicos que podem desempenhar um papel crucial no seu desenvolvimento. Porém, como é possível se proteger? Além da proteção solar diária, inclusive para os lábios, é importante evitar a exposição solar no período dos raios mais intensos (10h às 16h), assim como utilizar barreiras físicas, como bonés, camisetas e óculos escuros.
O Brasil é um país tropical e enfrenta altos níveis de exposição solar ao longo do ano. Estar em contato com a luz do sol é crucial para a saúde e o bem-estar. No entanto, o equilíbrio é fundamental para manter essa relação saudável. A exposição excessiva e inadequada está intimamente relacionada ao surgimento do câncer de pele, uma condição caracterizada pelo crescimento anormal e descontrolado das células desta região do corpo, e que pode ser de dois tipos:
- Câncer de pele não melanoma
É provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, mas se for tratado tardiamente pode resultar em ressecções amplas e disfunção estética. Esse câncer de pele é representado por tumores de diferentes tipos, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular, que é o menos agressivo, e que tem origem nas células presentes na camada mais profunda da epiderme (camada interna da pele) e o carcinoma epidermóide (ou espinocelular), que atinge as células escamosas, formadoras das camadas superiores da pele e que possuem uma agressividade intermediária.
- Câncer de pele melanoma
Tem origem nas células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele. Ele é mais frequente em adultos brancos e pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais, sobretudo nas áreas mais expostas à radiação solar, como braços, pernas, pescoço, rosto, colo e mãos.
Nos indivíduos de pele preta, ele é mais comum nas áreas mais claras do corpo, como palmas das mãos, plantas dos pés e unhas. É considerado o tipo de câncer de pele mais agressivo e letal, por ter grande chance de metástase, mais comuns no pulmão, cérebro, fígado, ossos e abdômen. Contudo, o prognóstico pode ser considerado bom quando detectado em sua fase inicial.
É importante estar atento aos sinais de alerta que podem indicar um possível câncer de pele, tais como alterações na cor, tamanho, forma ou textura de pintas, manchas ou lesões na pele. Consultar regularmente um dermatologista é fundamental para a detecção precoce e tratamento eficaz.
Independente do tom da pele todos podem ser atingidos pela doença
A exposição prolongada e repetida ao sol aumenta o risco para o câncer de pele, especialmente entre as pessoas que possuem pele clara, olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, ou que são albinas, porém é um mito dizer que pessoas de pele preta não são atingidas pela doença. A Dra. Márcia Datz Abadi, diretora médica da MSD Brasil, esclarece que os cuidados devem continuar.
“Todos, independentemente da cor da pele, precisam se prevenir, usar protetor solar e ter acompanhamento médico regular. Um diagnóstico tardio da doença pode minimizar as chances de sucesso no tratamento”, afirma a médica.
Além disso, existem outros fatores de risco, que incluem, por exemplo, histórico familiar, doenças de pele prévias, sistema imune debilitado e exposição à radiação artificial.
Diagnóstico precoce contribui para um tratamento eficaz
Grandes avanços aconteceram nas últimas duas décadas no tratamento e isso fez com que aumentassem as chances de sobrevida, inclusive em pacientes com a doença disseminada. Esse avanço, mais recentemente, trouxe o tratamento com imunoterapia e terapias-alvo, adicionais a cirurgia, aumentando as chances de cura, ainda nos estágios mais iniciais da doença.
Dra. Márcia reforça que “a detecção precoce é fundamental para um prognóstico favorável. Com o diagnóstico nos estágios iniciais da doença e tratamento adequado, as chances de cura são significativamente maiores”, explica.
Além disso, novas abordagens de tratamento estão sendo estudadas, como a terapia inovadora individualizada de neoantigenos, cujo o estudo, já em fase 3, está direcionado para pessoas que já foram diagnosticadas com câncer de pele previamente, e que tem como objetivo a prevenção da recaída do tumor.
“Em dezembro e em todos os meses do ano, mesmo nos mais frios, precisamos lembrar de cuidar e proteger a nossa pele, inclusive nas partes do corpo que não costumamos ver, como couro cabeludo e costas. Por nossa saúde e bem-estar, devemos estar atentos aos sinais e fazer um acompanhamento médico”, finaliza dra. Márcia.
Verão promete ser o mais escaldante dos últimos tempos
O mês de dezembro não traz apenas as celebrações festivas e as expectativas para o novo ano que se aproxima, mas também carrega consigo uma importante missão: conscientização sobre os perigos do câncer de pele. O movimento “Dezembro Laranja” surge como um alerta, destacando a necessidade vital de proteger nossa pele, especialmente durante o verão, quando os raios solares atingem níveis mais intensos.
Este verão promete ser um dos mais escaldantes da história, trazendo consigo não apenas temperaturas elevadas, mas também uma exposição solar mais pronunciada. Essa combinação aumenta significativamente os riscos de danos à pele, destacando a importância de adotar medidas preventivas para evitar problemas, sendo o câncer de pele o mais grave deles.
A radiação ultravioleta (UV) proveniente do sol é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pele. A exposição prolongada e sem proteção adequada pode levar a mutações genéticas nas células da pele, resultando em crescimento descontrolado e, potencialmente, na formação de tumores malignos”, explica a dermatologista Dra. Hevelyn Mendes.
Como proteger sua pele neste verão
1. Protetor Solar Adequado:
Escolher o protetor solar certo é fundamental. Opte por um produto de amplo espectro para garantir proteção contra raios UVA e UVB. Além disso, verifique se o Fator de Proteção Solar (FPS) é apropriado para seu tipo de pele e as condições climáticas. Aplique generosamente e reaplique a cada duas horas, especialmente após nadar ou transpirar.
2. Evitar Horários de Pico:
Os raios solares são mais intensos entre as 10h e 16h. Evite a exposição direta durante essas horas, buscando sombras sempre que possível. Se suas atividades ao ar livre forem inevitáveis, considere fazê-las nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde.
3. Roupas Protetoras:
A escolha de roupas adequadas é uma defesa física importante. Prefira roupas leves, mas que cubram a maior parte do corpo. Opte por tecidos que ofereçam uma barreira eficaz contra os raios UV. Chapéus de abas largas e óculos de sol complementam a proteção.
4. Hidratação:
A hidratação adequada é crucial para a saúde da pele. O calor do verão pode levar à desidratação, o que pode impactar negativamente na condição da pele. Beba bastante água para manter a hidratação e permitir que sua pele se recupere dos efeitos do calor e da exposição solar.
5. Autoexame Regular:
“Esteja atento a quaisquer mudanças em manchas, pintas ou lesões existentes. O autoexame regular permite identificar potenciais problemas precocemente. Se notar algo incomum, consulte imediatamente um dermatologista”. Destaca a Dra. Hevelyn Mendes.
6. Consulta Dermatológica:
Agendar consultas regulares com um dermatologista é uma prática preventiva essencial. Exames dermatológicos profissionais podem identificar sinais de câncer de pele em estágios iniciais, aumentando significativamente as chances de tratamento bem-sucedido.
Adotar essas medidas não apenas protegerá sua pele contra o câncer, mas também promoverá uma saúde geral para sua pele.
A Dra. Hevelyn Mendes conclui lembrando que, o “Dezembro Laranja” é um chamado à ação para que todos tomem medidas preventivas e conscientizem-se sobre a importância da saúde da pele. Proteger-se do sol não é apenas uma questão de estética, mas uma prevenção crucial contra sérios problemas de saúde, como o câncer de pele. Vamos abraçar o Dezembro Laranja e garantir um verão seguro e saudável para todos.
Dezembro Laranja: Proteja sua pele e previna o câncer
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Descubra como identificar, prevenir e proteger-se contra os principais tipos de câncer de pele O mês de dezembro é marcado pela campanha Dezembro Laranja, que tem como objetivo conscientizar e informar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele. É essencial estar atento aos sinais da pele e adotar medidas preventivas para reduzir o risco dessa doença tão comum. O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 30% de todos os casos de câncer no país. Portanto, é fundamental conhecer os principais tipos de câncer de pele e saber diferenciá-los das manchas comuns. A biomédica Samanta Bussolaro, da Clínica BeQueen de estética avançada, cita alguns os tipos mais comuns (veja abaixo): 1. Carcinoma basocelular (CBC): É o tipo mais prevalente e geralmente aparece em áreas frequentemente expostas ao sol, como face, pescoço, ombros, costas e braços. Apresenta-se como uma lesão elevada, brilhante ou translúcida, de cor branco perolado ou rosa. 2. Carcinoma espinocelular (CEC): Também relacionado à exposição solar, pode surgir em diferentes partes do corpo. Apresenta-se como uma lesão áspera, escamosa, com crostas que não cicatrizam ou feridas que sangram. 3. Melanoma: Embora menos comum, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele. Pode surgir em qualquer parte do corpo, inclusive em áreas não expostas ao sol. Geralmente, manifesta-se como uma pinta escura com bordas irregulares, mudanças de cor ou tamanho. e ao adotar essas medidas preventivas, você estará protegendo sua pele e reduzindo significativamente o risco de câncer de pele. Lembre-se de que a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para um tratamento bem-sucedido. Sua saúde e bem-estar agradecem. Ao identificar uma lesão suspeita na pele, é fundamental procurar um profissional para avaliação e diagnóstico adequado. No entanto, também é importante saber como se proteger e reduzir o risco de câncer de pele. “Ao adotar essas medidas preventivas, você estará protegendo sua pele e reduzindo significativamente o risco de câncer de pele. Lembre-se de que a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para um tratamento bem-sucedido. Sua saúde e bem-estar agradecem”, afirma biomédica da BeQueen orienta algumas medidas preventivas adequadas: |
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1. Limite a exposição ao sol: Evite a exposição prolongada ao sol, especialmente durante os horários de pico de intensidade solar (entre as 10h e as 16h). Procure sombra e proteção em ambientes fechados durante esses períodos.
2. Use protetor solar: Aplique um protetor solar de amplo espectro com FPS de no mínimo 30 em todas as áreas expostas da pele. Reaplique a cada duas horas, ou com mais frequência se estiver nadando, suando ou se secando com uma toalha. 3. Evite câmaras de bronzeamento artificial: O uso dessas câmaras está associado a um maior risco de câncer de pele. Opte por métodos de autobronzeamento seguros, como loções ou sprays. 4. Faça exames regulares da pele: Realize autoexames regulares para detectar alterações na pele, como novas manchas, crescimento de pintas existentes, mudanças de cor ou forma. Consulte um dermatologista imediatamente se notar algo suspeito. 5. Consulte um especialista regularmente: Realize exames de rotina, especialmente se você tiver histórico pessoal ou familiar de câncer de pele, ou se tiver muitas pintas ou lesões na pele.
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DIA 15
Dezembro Laranja: Um Chamado À Prevenção Do Câncer De Pele
Descubra Como Cuidar Da Sua Saúde Sob O Sol Tropical Do Brasil E Saiba Por Que A Atenção Aos Sinais Na Pele Pode Salvar Vidas. Participe Desta Campanha De Conscientização E Cuide De Você E Dos Outros, Tornando Dezembro Um Mês De Luz E Cuidado Com O Seu Maior Órgão: A Pele.
O verão está chegando, porém, as temperaturas altíssimas já começaram. Por isso, mais do que nunca, é necessário apoiarmos a campanha Dezembro Laranja. Mergulhe em uma jornada de prevenção do câncer de pele. Descubra os passos cruciais para evitar os tipos mais comuns de câncer de pele, desde cuidados diários até sinais de alerta.
A campanha, liderada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, não só destaca os perigos da exposição solar inadequada, mas também oferece ações de atendimento em todo o país.
Ernesto Alarcon, Cirurgião Geral e especialista em Videolaparoscopia, dá dicas valiosas sobre a prevenção do câncer de pele em prol da campanha nacional Dezembro Laranja. O Dezembro Laranja é uma campanha de saúde pública que visa iluminar a prevenção do câncer de pele no Brasil, um país tropical que convive com altas exposições solares durante todo o ano. Participar dessa campanha é um ato de cuidado consigo mesmo e com os outros, pois o câncer de pele pode ser evitado e tratado com sucesso se descoberto a tempo.
O objetivo da campanha é educar e conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção, da atenção aos sinais na pele e das consultas periódicas com o dermatologista. A campanha também promove ações gratuitas de atendimento, orientação, diagnóstico e tratamento do câncer de pele em todo o paísessalta o Dr. Ernesto.
O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil e no mundo, e está relacionado à exposição excessiva e inadequada ao sol.
Para alertar a população sobre os riscos e os cuidados necessários para evitar essa doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou em 2014 a campanha Dezembro Laranja.
Existem dois tipos principais de câncer de pele: o não melanoma, que é o mais frequente e de menor mortalidade, mas que pode causar deformações e disfunções estéticas se não for tratado precocemente; e o melanoma, que é o mais agressivo e letal, mas que tem mais de 90% de chances de cura se detectado em sua fase inicial – Explica o Dr. Ernesto Alarcon.
Os fatores de risco para o câncer de pele incluem ter pele clara, muitas sardas ou pintas, histórico familiar ou pessoal da doença, idade avançada e exposição a radiações, como sol, câmaras de bronzeamento e raios X.
A prevenção do câncer de pele envolve medidas simples, como evitar a exposição solar nos horários de maior incidência dos raios ultravioletas, entre 10h e 16h, usar protetor solar, reaplicando a cada duas horas ou sempre que suar ou se molhar, usar roupas, chapéus, bonés, óculos e acessórios que protejam a pele, buscar locais com sombra e hidratar-se adequadamente.
Além disso, é fundamental observar regularmente a própria pele, procurando por manchas, pintas ou sinais que mudem de cor, forma ou tamanho ou que apresentem bordas irregulares, sangramento, coceira ou dor. Qualquer alteração suspeita deve ser avaliada por um médico especialista – Finaliza o Dr. Ernesto Alarcon.
DIA 14
Taxas de câncer de pele seguem altas no Brasil
Estimativas do Inca reforçam ainda mais a importância do dezembro laranja. Dermatologista esclarece questões sobre a doença
O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de casos novos da doença estimados, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 220.490, o que corresponde a um risco estimado de 101,95 por 100 mil habitantes, sendo 101.920 em homens e 118.570 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 96,44 casos novos a cada 100 mil homens e 107,21 a cada 100 mil mulheres.
Por isso, dezembro ganha a cor laranja para alertar a população sobre os cuidados com essa enfermidade. A dermatologista Priscila Chaves, que atende no centro clínico do Órion Complex, elenca algumas medidas para prevenção do câncer de pele. “Deve- se intensificar o uso do filtro solar e também usar proteção física como bonés, chapéus e roupa de proteção UV. Além de evitar se expor nos horários de pico solar entre 10h e 16h”.
A especialista detalha ainda os sinais a serem observados que podem indicar a doença. “Lesões de pele que não cicatrizam, como nódulos avermelhados ou marrons e também sangramento da lesão. A presença de lesões assimétricas, com bordas irregulares, múltiplas cores, tamanho maior que 6mm ou que estejam crescendo e mudando de formato se tornam suspeitas”, afirma a médica.
Radiação
Segundo o Inca, o principal fator de risco para todos os tipos de câncer de pele é a radiação ultravioleta, que induz a lesões no DNA. O dano produzido pelas radiações é cumulativo. Priscila Chaves orienta ainda sobre os diferentes tipos de pele. “As peles mais claras são mais suscetíveis ao dano solvente e devem ter cuidado redobrado, sugiro que use filtro solar com fator de proteção maior, como 60 ou 70 e evite ao máximo a exposição. Para peles mais morenas, um fator de proteção 30 já é suficiente, mas também podem sofrer o dano solar”, alerta.
A especialista ressalta a necessidade de frequentar regularmente o médico para ter um diagnóstico precoce e tratar logo a enfermidade. “O câncer de pele não melanoma é o mais comum. É necessário o tratamento cirúrgico precoce para evitar sequelas locais (com cicatrizes inestéticas) e até a invasão profunda. Já o câncer de pele do tipo melanoma tem alto poder de levar à morte, com metástases para outros órgãos, mesmo em pessoas jovens e deve-se realizar o tratamento com urgência. Por isso é importante fazer consultas regulares com o dermatologista para avaliar as lesões de pele”.
Ela ainda completa sobre pessoas que precisam ter mais atenção em relação à enfermidade. “A genética influencia muito no aparecimento desse tipo de câncer, principalmente nos casos do tipo melanina. Então pacientes que têm histórico familiar de câncer de pele, e pacientes que têm muitas pintas no corpo, devem fazer um acompanhamento mais frequente com o dermatologista”, alerta Priscila Chaves.
De acordo com a médica, o tratamento para o câncer de pele evoluiu muito nos últimos anos. “Hoje temos técnicas mais modernas de cirurgias que permitem uma taxa maior de remoção completa das lesões, com maior chance de cura e menores cicatrizes possíveis. É chamada de Cirurgia Micrográfica de Mohs. E também, quando há necessidade de tratamento com imunoterapia, as novas medições têm sido desenvolvidas e aprovadas para uso”, relata.
Calor intenso reforça a importância dos cuidados com a pele
Campanha chama atenção para a prevenção do Câncer de Pele, responsável por 185 mil novos casos no Brasil anualmente
Este ano, o calor intenso chegou antes da abertura oficial do verão, levando os termômetros no Brasil a marcarem uma temperatura média de 40º – um motivo a mais para investir nos cuidados com a saúde da pele. Desde o início do mês, a campanha Dezembro Laranja, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, reforça essas orientações e chama a atenção da população sobre a importância de prevenir o Câncer de Pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a cada ano são registrados no país cerca de 185 mil novos casos de câncer não melanoma, o mais comum no Brasil, responsável por 33% dos diagnósticos.
Segundo a dermatologista da Rede Mater Dei de Saúde, Nayara Fayad Souza Dib Mello, o principal fator de risco para a doença é a exposição solar. O dano do sol na pele é cumulativo, ou seja, todo o sol a que nós nos expomos ao longo da vida vai, aos poucos, lesando o DNA celular. Chega uma hora em que nosso organismo não consegue mais reparar esses danos e começam a aparecer lesões na pele. Há outros fatores de risco, como história pessoal ou familiar deste câncer, pessoas de pele clara e suscetíveis a queimaduras solares, uso de medicamentos que podem comprometer a imunidade, tabagismo, alcoolismo e presença de uma grande quantidade de pintas pelo corpo. Segundo Nayara, deve-se evitar a exposição solar, especialmente nos horários em que os raios solares são mais intensos, entre 10h e 16h.
Outro hábito fundamental é o uso do protetor solar, que deve ter fator de proteção igual ou superior a 30. “A incidência dos raios solares está cada dia mais intensa, portanto o uso diário de filtros solares é essencial, não devendo ser limitado apenas aos momentos de lazer ou diversão. Recomenda-se reaplicar o produto a cada duas horas, durante atividades ao ar livre. No dia-a-dia é aconselhável aplicar uma quantidade adequada pela manhã e fazer uma reaplicação no horário do almoço”, explica. Além disso, sempre que possível, é recomendável o uso de roupas adequadas, que cubram toda a pele, bem como o uso de chapéus/bonés de abas largas, sombrinhas e guarda-sol.
Ainda entre as ações preventivas, a médica alerta que é importante agendar consultas anuais com um dermatologista para exames completos, manter uma dieta saudável, parar de fumar e evitar o uso de câmaras de bronzeamento artificial. Também é necessário observar regularmente a própria pele. “Sempre que notar algum sinal novo, ou que algum antigo esteja se modificando, é necessário procurar um dermatologista para avaliar se a lesão é benigna ou maligna, aumentando as chances de um diagnóstico em estágios iniciais da doença. No estágio inicial, a retirada da lesão de pele geralmente é curativa. Mas apenas um exame clínico realizado por um médico especializado ou uma biópsia podem confirmar o diagnóstico do câncer de pele”, recomenda.
O ideal é buscar orientação médica quando surgirem lesões na pele com aparência elevada e brilhante, podendo apresentar coloração avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, e que sangram facilmente. Lesões de pele que apresentam cor (pigmento), que são assimétricas, possuem bordas irregulares, mais de uma cor, diâmetro maior que 6mm (regra do ABCD), e que modificaram/cresceram, também devem ser acompanhadas.
Tipos de câncer e tratamentos
Existem três tipos principais de câncer de pele. O carcinoma basocelular (CBC) é o mais comum e o menos agressivo e se apresenta como lesões que se assemelham a feridas que não cicatrizam ou, até mesmo, nódulos com uma evolução lenta. Geralmente, esses tumores surgem em áreas frequentemente expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Também comum, o carcinoma espinocelular (CEC) aparece em áreas expostas ao sol e, em alguns casos, está associado a feridas crônicas e cicatrizes na pele. Esses carcinomas geralmente apresentam coloração avermelhada e se manifestam na forma de machucados ou feridas persistentes, que podem ocasionalmente sangrar.
Já o melanoma, que é o tipo mais grave de câncer de pele, pode surgir em qualquer parte do corpo, manifestando-se como manchas, pintas ou sinais de tons acastanhados ou enegrecidos, com formato irregular e propensos a sangramentos. Essas lesões podem ocorrer em áreas de difícil visualização pelo paciente, sendo mais comuns nas pernas das mulheres e no tronco dos homens.
O tratamento do câncer de pele varia de acordo com o tipo, extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. As modalidades mais utilizadas incluem a cirurgia excisional e a Cirurgia Micrográfica de Mohs, nas quais o cirurgião retira o tumor e analisa o material ao microscópio, preservando boa parte dos tecidos saudáveis. Além das abordagens cirúrgicas, a radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicamentos orais e tópicos são opções adicionais de tratamento. Se não diagnosticados e tratados corretamente, os carcinomas espinocelulares e os melanomas correm o risco de se desenvolver e gerar metástases (acometimento de outro órgão), podendo ser fatal.
Temporada de calor reforça importância do autoexame para prevenção do câncer de pele
As lesões de pintas suspeitas devem obedecer a regra do ABCDE, ou seja, não podem ser assimétricas (A), nem bordas (B) irregulares, muito menos várias cores (C) e seu diâmetro (D) não deve ser maior que 1cm, além de não apresentar evolução (E) em tamanho
Destaques:
* Autoexame da pele é fundamental para fazer a primeira identificação de lesão suspeita.
* Regra do ABCDE ajuda no monitoramento das “pintas”.
* Tratamentos são prioritariamente cirúrgicos e enviados para exame a fim de verificar se as bordas estão sem comprometimento da lesão.
Observar a própria pele e estar atento a tudo que ocorre nela não é um traço narcísico, mas uma questão de saúde! Esse é um dos motes da Campanha Dezembro Laranja, contra o câncer de pele. Os médicos dermatologistas recomendam esse cuidado para prevenir a doença.
“O autoexame de câncer de pele é extremamente importante, pois somente o paciente sabe quais são as ‘pintas’ que ele já tinha desde a infância ou que surgiram após os anos. Também é o paciente que sabe se as lesões vieram se modificando com o passar do tempo ou se causam dor ou prurido. Em qualquer época do ano, devemos nos examinar e procurar um dermatologista ao primeiro indício de lesão suspeita”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro Internacional da European Academy of Dermatology and Venerology.
A médica explica que, geralmente, essas lesões suspeitas são caracterizadas por feridas que não cicatrizam ou “pintas” que aumentam de tamanho, mudam de cor, doem ou coçam. “As lesões de pintas também devem obedecer a regra do ABCDE, ou seja, não podem ser assimétricas (A), não podem ter bordas (B) irregulares, nem ser de várias cores (C), não ter diâmetro maior de 1 cm; também não devem evoluir (E) em tamanho”, explica a Dra. Mônica. A dermatologista explica de que forma é possível fazer o autoexame da pele:
1)Examinar seu rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas;
2)Para facilitar o exame do couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, peça ajuda a alguém;
3)Preste atenção nas mãos, também entre os dedos;
4)Levante os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade;
5)Foque no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios para prestar atenção aos sinais onde fica o soutien. Olhe também a nuca e por trás das orelhas;
6)De costas para um espelho de corpo inteiro, use outro para olhar com atenção os ombros, as costas, nádegas e pernas;
7)Sentada (o), olhe a parte interna das coxas, bem como a área genital;
8)Na mesma posição, olhe os tornozelos, o espaço entre os dedos, bem como a sola dos pés.
Como as principais causas do câncer de pele incluem a exposição solar, principalmente entre 10 e 16h, período em que os raios solares UVB são abundantes e incidem perpendicular à pele causando queimadura, o ideal é evitar esses horários, segundo a médica. “Hoje sabemos que a queimadura solar é um sinal de predisposição ao câncer de pele. A maior incidência das lesões ocorre nos fototipos mais baixos (1, 2 e 3), que são os fototipos das pessoas mais claras. Os traumas repetidos num local da pele também são causas de câncer de pele”, explica a Dra. Mônica.
Quanto à prevenção, a médica conta que ela se dá principalmente evitando a exposição solar. “Devemos sempre usar filtros solares com no mínimo FPS 30 para UVB e proteção de 15 para UVA que, apesar de não ser tão responsável pelas formações cancerígenas, envelhece muito a pele por degenerar o colágeno. Outra maneira de evitar lesões cancerígenas de pele é nunca sofrer traumas constantes na mesma região da pele, como armações de óculos que machucam o nariz, puxar pele dos lábios, morder as bochechas etc.
O tipo mais comum de câncer de pele é o carcinoma basocelular, que também é o menos agressivo. Temos ainda o espinocelular de agressividade média e o melanoma maligno de grande agressividade e pior prognóstico”, destaca a dermatologista. “Ao perceber uma pinta ou mancha suspeita, a conduta correta é marcar urgentemente uma consulta com um dermatologista. Também é importante confirmar se o profissional tem RQE, que é o registro de especialidade ou Título de Especialista”, completa.
Os tratamentos dependem do tamanho da lesão e do tipo de câncer de pele. “Quando são menores de 0,5 cm, podemos por vezes tratar apenas com aplicação tópica de cremes citostáticos. Na maioria das vezes, preferimos retirar a lesão cirurgicamente para poder enviar a lesão para o exame anatomopatológico e verificarmos se as bordas estão sem comprometimento da lesão.
Se as bordas estão livres, na maioria dos casos, o paciente é considerado curado. Nos tipos mais malignos, por vezes precisamos fazer além da excisão, mapeamento para averiguar se não há lesões em outros órgãos e às vezes radioterapia. Nos últimos anos, temos quimioterapia para lesões tipo melanoma maligno. Mas é importante nunca deixar apenas cauterizar, pois a lesão pode se aprofundar”, finaliza a dermatologista.
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Dermatologista do IBCC Oncologia ensina como se proteger do câncer de pele
Um estudo publicado em novembro pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que 700 mil casos de câncer surgirão por ano entre 2023 e 2025. A região Sul e Sudeste aparecem com a maior prevalência, cerca de 70%. A pesquisa evidencia que o câncer com mais incidência, cerca de 220 mil novos casos estimados, é o de pele não melanoma.
Com a chegada do mês de dezembro, a campanha Dezembro Laranja, criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é elaborada para conscientizar as pessoas sobre a doença.
Em 2023, o tema principal da campanha é “Cada um com a sua prevenção”, focando na importância do cuidado personalizado da saúde do maior órgão do corpo humano. Aldo Toschi, dermatologista no IBCC Oncologia – pioneiro no mapeamento de pintas ou fotodermatoscopia, exame que auxilia na prevenção do melanoma –, localizado na Mooca, em São Paulo, ressalta o quanto a fotoproteção é essencial para a prevenção dos vários tipos de câncer de pele.
“A fotoproteção é um conjunto de medidas e hábitos a serem incorporados desde cedo. É preciso ensinar, desde a infância, sobre a importância de utilizar chapéus, bonés e camisas com proteção UV durante a prática de esportes ao ar livre durante o ano todo. Esse cuidado deve ser redobrado quando se for à praia ou piscinas nos meses mais quentes”, comenta o especialista.
De acordo com a SBD, existem três tipos de câncer de pele, sendo estes: o carcinoma basocelular (CBC), o carcinoma espinocelular (CEC) e o melanoma. O carcinoma basocelular é o tipo mais comum da doença e se desenvolve na área mais profunda da epiderme, com a aparência semelhante a de um eczema, sendo o tipo com maior chance de cura se diagnosticado no início.
Tanto o carcinoma basocelular como o espinocelular se desenvolvem com maior frequência em regiões expostas ao sol, no entanto, o carcinoma espinocelular tem uma propensão menor de se manifestar em regiões não expostas também, já que se trata de um tipo de câncer de pele que afeta as células escamosas na camada mais superficial da pele.
Por fim, o câncer de pele melanoma é o mais raro de todos e geralmente se manifesta como uma mancha amarronzada na pele. Mesmo que seja o tipo mais letal, se diagnosticado precocemente, possui chances de cura de 90%.
Como se proteger?
No Brasil, de acordo com dados do Atlas de Mortalidade por Câncer de 2019, o câncer de pele foi a causa de morte de cerca de 4,5 mil pessoas, entre 2,6 mil homens e 1,9 mil mulheres. Dentro disso, Toschi ressalta o método A, B, C, D e E, para analisar manchas na pele, que ajuda a identificar sinais de que se deve procurar um dermatologista:
- Assimetria: prestar atenção se a mancha tiver partes ou lados diferentes.
- Bordas Irregulares: estar atento caso as bordas da mancha sejam muito irregulares.
- Cores: verifique se há a presença de tons variados.
- Diâmetro: as manchas maiores do que 6mm podem ser mais preocupantes.
- Evolução: o maior sinal de todos é como essa mancha evolui, se ela aumenta ou não, muda de tonalidade, gera coceira, ardência ou sangramentos. Outro sinal de evolução é o surgimento de uma ferida que não cicatriza.
Além disso, a SBD aponta alguns fatores de risco para ter em mente e reforçar o cuidado com a pele, como histórico familiar de câncer de pele ou já ter tido a doença, ter tido muitas queimaduras de sol ao longo da vida – do tipo que deixa a pele muito avermelhada e com bastante ardência –, ter a pele muito clara, além de ter muitas sardas ou pintas, e ter 65 anos de idade ou mais.
“O uso diário de protetores solares evita também o envelhecimento precoce além do desenvolvimento do câncer de pele. Se você faz parte de um grupo de risco, cuide-se e fique atento. Sempre que você observar manchas estranhas e incomuns em seu corpo, procure imediatamente um dermatologista”, finaliza Toschi.
Brasil é o país com mais casos de câncer de pele no mundo
No mês de conscientização da patologia, 71% da população brasileira não faz uso de protetor solar diariamente
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de pele corresponde a cerca de 30% dos casos da doença no Brasil. Devido ao número alarmante de diagnósticos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolveu a campanha Dezembro Laranja, que tem como propósito conscientizar sobre os riscos e a importância de prevenção da patologia.
Um dos motivos para os altos índices do câncer de pele no país se dá por conta do clima predominantemente tropical, com incidência solar de raios ultravioletas durante praticamente o ano todo. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Cosmetologia de Campinas/SP indicou que 71% da população brasileira disse não aplicar protetor solar diariamente durante o ano de 2022.
Muitas pessoas acreditam que, mesmo em dias nublados ou chuvosos, o protetor solar pode ser descartado, mas seu uso é indispensável. “A radiação solar recebida na atmosfera é praticamente a mesma em dias ensolarados do verão e chuvosos do inverno. Portanto, proteger a pele dos raios UVA e UVB deve ser um cuidado constante e diário.”, explica a dermatologista Dra. Ana Carina Junqueira.
É essencial redobrar a atenção em “áreas esquecidas”, como nuca e dorsos das mãos e pés, regiões que também precisam de proteção. Vale ressaltar que a exposição é cumulativa na pele, ou seja, quanto maior o contato desprotegido, maior o dano celular. Isso significa que as consequências são permanentes, já que o DNA da área afetada é modificado e pode gerar a multiplicação celular anormal no futuro.
Mas, afinal, como se consiste o câncer de pele? Dra. Ana Carina Junqueira conta que “ele se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado das células que formam as camadas da pele. Elas se multiplicam na derme e epiderme até formarem um tumor maligno. Existem três principais tipos de câncer que são mais frequentes a partir dos 50 anos, mas que podem surgir em qualquer idade, em especial se houver influência de algum fator genético”. São eles:
- Carcinoma basocelular (CBC)
É o tipo mais comum de câncer de pele e, ao mesmo tempo, o que apresenta menor taxa de mortalidade, já que pode ser totalmente curado quando diagnosticado precocemente e seguindo o tratamento adequado. O CBC manifesta-se principalmente em regiões com maior exposição ao sol, como couro cabeludo, orelha, face, pescoço, costas e ombros e se assemelha a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase.
- Carcinoma espinocelular (CEC)
É o segundo câncer de pele mais comum. Sua ocorrência costuma aparecer nas áreas mais expostas ao sol, como: couro cabeludo, face, pescoço e orelhas – regiões essas que, normalmente, apresentam sinais de dano solar como enrugamento e perda de elasticidade da pele. Ele pode ter aparência similar à das verrugas e precisa ser tratado precocemente, pois o seu crescimento aumenta o risco de disseminação a outras áreas do corpo.
- Melanoma
Este é o câncer de pele mais raro, porém, com o pior prognóstico, já que apresenta o mais alto índice de mortalidade. Ele se parece com a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons escuros ou castanhos. Embora o diagnóstico assuste, a doença pode ser curada quando identificada no estágio inicial. Os indivíduos de pele clara, que se queimam com facilidade quando tomam sol, estão mais sujeitos a esse tipo de tumor e a hereditariedade favorece o desenvolvimento do melanoma.
O autoexame de pintas e sinais espalhados pelo corpo é fundamental, mas apenas um exame clínico minucioso é capaz de fornecer um diagnóstico. “Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos de melanoma, existe um método didático conhecido como ‘Regra do ABCDE’. O ‘A’ refere-se à assimetria; ‘B’ a bordas irregulares; ‘C’ à coloração; ‘D’ ao diâmetro e o ‘E’ é de evolução. Se a marca for assimétrica, tiver bordas irregulares, dois tons ou mais, for superior a 5 milímetros e crescer e mudar de cor, provavelmente trata-se de um tumor maligno. Mas, em caso de sinais suspeitos, é sempre indicado consultar um dermatologista de confiança. Afinal, nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica”, conclui a especialista.
De modo geral, pessoas mais suscetíveis ao câncer de pele são aquelas que: se expuseram muito ao sol durante infância, adolescência e vida adulta; tiveram vários episódios de queimaduras solares; praticam esportes ou trabalham ao ar livre sem proteção; têm pele muito clara ou são albinas; vivem em regiões ensolaradas; possuem histórico familiar da doença. A radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e alguns medicamentos são opções de tratamentos do câncer de pele. Mas é fundamental procurar um dermatologista para entender a combinação ideal de medidas de proteção.
PALAVRA DE ESPECIALISTA
Cuidado e consciência são primordiais para não sentirmos o câncer na pele
Por Theodoro Habermann Neto (*)
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Muito embora as escolhas da cor e da denominação tenham chegado em 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) volta os olhares mais atentamente à conscientização e ao combate do câncer de pele, no mínimo, desde 1999. Ou seja, há quase um quarto de século, o “Dezembro Laranja” é propagado em solo nacional com grande ênfase. E justifica-se: segundo a instituição, a patologia é a mais comum dentre os cânceres diagnosticados no país, representando 33%; quase um terço do total.
A opção por dezembro é em razão de o mês trazer consigo o verão, estação que pode gerar mais perigo à pele por ter dias “maiores”, com o sol nascendo mais cedo e se pondo mais tarde; um dos fatores preponderantes para o desenvolvimento da doença, oriunda do crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele.
Os tipos mais comuns são:
1. Carcinoma basocelular (CBC): é o mais prevalente e surge com mais frequência em regiões expostas ao sol, como face, couro cabeludo, orelhas, pescoço, ombros e costas. Normalmente, apresenta-se como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade. Tem baixa letalidade e a detecção precoce é primordial para a cura;
2. Carcinoma espinocelular (CEC): mais incidente em áreas comumente expostas ao sol (orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço), pode se desenvolver em qualquer parte do corpo. Como o CBC, também tem coloração avermelhada e pode se assemelhar a verrugas ou feridas espessas e descamativas de difícil cicatrização;
3. Melanoma: embora seja o menos frequente entre os cânceres da pele, é o que traz mais alto índice de mortalidade. Entretanto, as chances de cura superam 90% em descobertas precoces. Sua aparência, costumeiramente, lembra uma pinta e tem tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, formato e/ou tamanho.
Apesar de todos estarmos sujeitos ao aparecimento do câncer de pele, a atenção precisa ser redobrada a pessoas com os fatores de risco vinculados à doença: histórico pessoal ou familiar; ter mais de 65 anos de idade; já ter tido muitas queimaduras de sol (daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo); ter muitas sardas e/ou pintas; e ter a pele muito clara, suscetível a queimaduras de sol, mas que nunca se bronzeia.
Por isso, algumas ações pessoais podem ser preciosas na prevenção contra a doença, manchas e o envelhecimento precoce: aplique protetor solar FPS 30, ou maior, diariamente; use camiseta e chapéu (ou boné); quando for comprar óculos escuros, atente-se para que tenha proteção UV; evite o sol entre 9h e 15h; e, por último, mas não menos importante, consulte sempre um médico dermatologista associado da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
É preciso consciência e tomar os cuidados necessários para juntos, literalmente, não sentirmos na pele os riscos e efeitos dessa doença.
(*) Theodoro Habermann Neto (CRM 70488) é dermatologista do Vera Cruz Hospital
Alerta para os cuidados com o câncer de pele nos períodos de calor intenso
“Quanto maior a quantidade de exposição solar, maior a incidência dos raios solares e a probabilidade de desenvolver o câncer de pele no futuro é maior. Então os cariocas/fluminenses devem ter esse cuidado”, reforça a médica Fernanda.
“Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de tratamento curativo”, completa a médica. A prevenção e a atenção aos sinais da pele são fundamentais para preservar a saúde e a qualidade de vida.
Rio registrará mais 24 mil casos de câncer de pele em 2024: saiba como se proteger
Protetor solar em comprimido resolve? Basta usar camisa com barreira UV? Especialistas tiram as principais dúvidas sobre o assunto
O Rio de Janeiro teve recordes de temperatura, ainda na primavera, e tudo indica que o verão será ainda pior. Para escapar do calor extremo e do sol escaldante, os cariocas devem apostar na hidratação, mas sem deixar de lado outra precaução, também muito importante: o cuidado com a pele. Afinal, a exposição aos raios ultravioletas é nociva e pode ocasionar câncer de pele. A previsão do Instituto Nacional de Câncer (Inca), é que sejam registrados em 2024, no estado, 24.060 novos casos deste tipo de tumor.
Apesar de campanhas, como o Dezembro Laranja, alertarem para a necessidade de proteger a pele, muita gente ainda comete erros, como passar protetor solar apenas na hora de ir à praia ou piscina. O produto deve ser usado diariamente e, em casos de muita transpiração, ser aplicado até mesmo mais de uma vez.
Outro equívoco costuma ser investir na proteção apenas do rosto e colo no dia a dia. Todas as áreas expostas, como braços e pernas, devem receber o produto. Os melanomas, tipo mais raro e grave da neoplasia, podem surgir em partes expostas, ou não, ao sol, como orelhas e entre os dedos, alerta Elisa Bouret, oncologista clínica da Oncoclínicas Rio de Janeiro, lembrando que o horário de maior incidência de raios danosos é entre 10h e 16h.
“Nas pessoas negras é comum também ver lesões se desenvolverem na parte branca, como planta dos pés e nas palmas das mãos. Elas em geral aparecem em forma de pinta ou também com linhas escurecidas embaixo das unhas. Por isso, qualquer modificação nova, manchas, lesões que crescem, feridas que não cicatrizam, são um sinal de alerta para a procura de um especialista”, recomenda.
A especialista, junto de Thais Rauber, oncologista clínica do Hospital Marcos Moraes, esclareceu alguns mitos e verdades sobre o câncer de pele. Confira alguns:
– Protetor solar em cápsula é eficiente?
Recentemente, pílulas de protetor solar chegaram ao mercado, prometendo proteger a pele “de dentro para fora”. O produto fornece ao organismo compostos antioxidantes capazes de neutralizar a ação dos radicais livres formados pela ação dos raios ultravioletas. Mas, ele sozinho, não é suficiente. “É necessário utilizar outros tipos de barreiras para nos protegermos. “Precisamos associar o uso do produto via oral com as opções em creme, sprays ou bastões. A cápsula apenas complementa a proteção”, diz Thaís.
– Protetor com fator de proteção muito alto não é eficaz?
Quem nunca ouviu dizer que, depois do fator de proteção 60, não há diferença? Thaís explica que não é bem assim. Ela esclarece que o FPS não significa o percentual de proteção e sim o quanto que ele protege a pele em relação à pele sem protetor. “O produto FPS 60 protege 60 vezes mais a pele do que se ela estivesse sem nada. O FPS 90 é mais eficaz, sim”, diz Thaís.
– Usar blusa com proteção solar já é suficiente
Não basta vestir uma camisa com proteção ou comprar um chapéu com a tecnologia e achar que está tudo bem. A oncologista do Hospital Marcos Moraes explica que, a peça protege a área coberta, mas é necessário passar o protetor solar nas áreas que não estão com a roupa.
Cuidado com o bronzeamento artificial
Quer ficar com um bronzeado bonito? Compre autobronzeadores, mas não entre em câmaras de bronzeamento artificial. Segundo a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) voltado para pesquisas da área oncológica, quem utiliza as câmaras de bronzeamento artificial antes dos 30 anos tem 75% mais chances de desenvolver o risco de câncer de.
“Os raios UVA emitidos pelo equipamento estimulam a produção de melanina (que dá a coloração mais escura da pele) e é, justamente, essa radiação que está relacionada a um maior risco de melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele”, explica Bouret.
– A “luz azul” encontrada em lâmpadas fluorescentes, LED, smartphones, computadores e etc podem causar câncer de pele?
Existe evidência que a exposição à luz azul pode causar fotoenvelhecimento, porém, não existem dados que confirmem que a luz azul possa ser relacionada ao desenvolvimento de câncer de pele, explica a oncologista da Oncoclínicas Rio de Janeiro.
– Existe alguma idade ideal para dar início aos cuidados com a pele?
Os danos causados pelo sol são cumulativos. Isso significa que quanto mais cedo a pessoa se expõe, maiores são as chances de ocorrerem problemas a longo prazo. “Por isso, é preciso tomar cuidado desde a infância, utilizando protetor solar sempre que sair de casa. Se for à praia ou piscina, utilizar o produto e reaplicar a cada duas horas”, diz Bouret.
– Existe alguma idade de maior risco?
Normalmente, depois dos 50 ou 60 anos costumam surgir lesões, geralmente em pessoas de pele mais clara. Mas os cuidados são para todos os tipos de pele e faixas etárias, sempre.
Saiba mais sobre o câncer de pele
O câncer de pele é uma doença curável e as chances aumentam quando o tumor é detectado em estágio inicial. A neoplasia é classificada em dois grandes grupos: o melanoma, cuja origem se dá nos melanócitos, as células que produzem melanina, substância que determina a cor, e o não melanoma, que surge nas células basais ou nas escamosas.
O melanoma é mais raro e o mais grave, devido à sua alta capacidade de metástase. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de que surjam, este ano, mais de 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma e 8.980 de melanoma no Brasil.
Na última década, novos tratamentos surgiram, como terapias-alvo, imunoterapia, além da combinação de diferentes tratamentos. Segundo Bouret, os casos precisam ser avaliados individualmente por um especialista para a indicação da melhor forma de atuação.
“No caso dos não melanomas, como o risco para metástase é baixo, o recomendado é a cirurgia. Já nos não melanomas, o tratamento pode ser com cirurgia, quimioterapia, imunoterapia, ou tratamento conjugados”.
CliqueFarma registra aumento de 250% na procura por protetor solar
Devido às altas temperaturas, a empresa prevê crescimento na busca pelos produtos em dezembro
Dermatologista reforça os principais cuidados para a prevenção do câncer de pele
As buscas por protetor solar cresceram mais de 250% em outubro e novembro quando comparado a setembro na plataforma CliqueFarma, ferramenta comparativa de preços de produtos farmacêuticos da Afya, empresa líder de educação e soluções digitais médicas.
De acordo com a plataforma, o aumento na procura dos produtos ocorreu devido às altas temperaturas ao longo do mês. Em setembro, a quantidade total de cliques no site foi de 2.237, enquanto os meses de outubro e novembro registraram 7.590 e 7.939 cliques, respectivamente.
A empresa acredita que a busca pelos produtos deve seguir em alta em dezembro, período de alta do verão e que possui a campanha nacional sobre a prevenção ao câncer de pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o chamado “Dezembro Laranja“.
Dra. Maria de Fátima Maklouf Amorim, dermatologista, professora e coordenadora da Afya Educação Médica, alerta que, segundo a Fundação Pele Saudável, da Academia Espanhola de Dermatologia e Venereologia (AEDV), o câncer de pele deve ser o segundo tumor com maior incidência global até 2040, passando à frente de cólon e pulmão para os cuidados com a pele e traz cinco principais dicas de proteção da pele¹. “O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos no país”, complementa. A médica elenca os principais cuidados a serem tomados:
1.Use protetor solar independentemente da temperatura
A forma mais indicada para proteger e precaver a pele dos danos solares é por meio do uso diário do protetor solar. De acordo com a SBD, o fator de proteção solar (FPS) mais indicado para a população brasileira é de, no mínimo, 30. Além disso, se há transpiração ou a exposição for excessiva, o filtro solar deve ser aplicado a cada 2 horas.
2. Evite exposição excessiva ao sol
O excesso de exposição ao sol pode aumentar os riscos de câncer de pele. O indicado é não se expor em horários críticos, entre 10h e 16h, já que é nesse período que ocorre a maior exposição de radiação. Apesar disso, o sol não é um vilão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma pequena exposição solar diária, média de 15 a 20 minutos é importante para a saúde, pois permite ao organismo o acesso à Vitamina D, além de contribuir com o fortalecimento dos ossos e do sistema muscular.
3.Observe a sua pele, se atente aos sinais e tenha acompanhamento médico
Verificar a pele regularmente garante a detecção de pintas irregulares ou alterações. É recomendado ir em um dermatologista regularmente. Certos tipos de pintas apresentam um risco aumentado a possibilidade de desenvolver um melanoma.
4. Use protetor labial
Além do protetor solar, é recomendado utilizar um protetor labial já que a boca também fica exposta aos raios solares, o que pode gerar queimaduras e ressecamento. O uso do produto também reduz a probabilidade de desenvolver câncer de pele nessa região. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de boca tem mais de 15 mil novos casos por ano, afeta homens e mulheres e tem taxa de mortalidade de 40%.
5. Acessórios são indispensáveis
Bonés, chapéus e óculos de sol são peças essenciais para se expor aos raios UV. Os chapéus com abas podem proteger partes que muitas vezes são expostas ao sol intenso, como os olhos, orelhas, nariz, couro cabeludo e testa. Já os óculos de sol podem proteger os olhos e as pálpebras, áreas que são sensíveis à irradiação. Por fim, o boné protege o rosto e a cabeça, um dos acessórios mais utilizados e que não deixa de ser importante.
SUPERAÇÃO
Empresária catarinense participa do programa Encontro com Patrícia Poeta
Manu Berger falou à TV Globo sobre o câncer de pele e os riscos da exposição solar
Sobrevivente do câncer de pele, Manu Berger, natural de Florianópolis/SC e hoje radicada em São Paulo/SP, enfrentou a doença aos 25 anos e depois novamente aos 27, quando recebeu o diagnóstico de Melanoma. Em sua participação no programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, na última segunda-feira (11), a empresária, CEO do Terapia de Luxo, contou sua experiência com a doença.
“A primeira vez que eu descobri o meu melanoma, aos 25 anos, fiquei em choque; eu era muito jovem e a pinta estava muito profunda. Quando eu tinha 27 anos recebi o segundo diagnóstico, que foi outro melanoma, estava ainda mais profundo que o primeiro, mas graças a Deus eu consegui eliminar tudo no centro cirúrgico e tive que recomeçar todo o processo da estaca zero: de três em três meses fazer nova bateria de exames, novos cuidados. Hoje eu observo as minhas pintas e o protetor solar fica 24 horas na minha bolsa, no meu carro, na minha penteadeira, ele está comigo 100% do tempo”, contou Manu Berger.
Projeto para alertar e conscientizar a população
O mês de dezembro é marcado pela campanha de conscientização sobre o câncer de pele, o “Dezembro Laranja“. Para alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, Manu Berger lançou uma iniciativa solidária: doar 100 litros de protetor solar para famílias em situação de vulnerabilidade social.
Manu Berger criou o projeto “Sua Pele é um Luxo” em 2021, focado na prevenção e combate ao câncer de pele. Como sobrevivente da doença, tornou-se embaixadora do Melanoma pelo Instituto Oncoguia. Neste ano, três projetos sociais em diferentes estados serão beneficiados com as doações, que totalizam mais de 900 frascos de protetor solar: Equipe do Bem (Grande Florianópolis / SC); Pimp My Carroça (São Paulo / SP); e Cabruca Cooperativa (Ilhéus / Bahia).
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Médica esclarece mitos e verdades sobre o câncer de pele
Dezembro Laranja é a campanha que visa conscientizar sobre a doença
Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que o câncer da pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil. O país ainda tem registro de 185 mil novos casos a cada ano. Por isso, a campanha do Dezembro Laranja promove a conscientização a respeito dos riscos do câncer de pele, orientando a população a manter hábitos adequados de proteção solar.
Médica da família da Sami, operadora que é a revolução dos planos de saúde, Rafaella Reggiani esclarece mitos e verdades sobre o câncer de pele. Confira:
– Todo câncer de pele está relacionado à exposição ao sol?
“Mito. Entre 5% a 10% dos casos de melanoma estão relacionados a fatores genéticos. O câncer de pele também pode ser causado por alterações em genes – hereditárias ou não – e, dessa forma, pode atingir pessoas que produzem bastante melanina. No entanto, a exposição ao sol é o principal fator de risco para a doença – e essa pode ser evitada com os devidos cuidados”, destaca a médica.
– O protetor solar é importante na prevenção ao câncer de pele?
“Verdade. O protetor solar age como um filtro sobre a pele, protegendo dos raios ultravioletas. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que o produto seja usado corretamente”, reforça.
Rafaella Reggiani lembra que o fator de proteção deve estar relacionado à necessidade de quem usa: pessoas com peles mais claras precisam de uma proteção mais intensa. Mas, independentemente do tipo de pele, o FPS mínimo deve ser 30. “Outra dica é buscar um protetor solar que ofereça filtro contra os raios UVB e UVA”, afirma.
A aplicação do protetor solar deve ocorrer meia hora antes da exposição ao sol para que o produto seja absorvido pela pele. Outro conselho é reaplicar a cada três horas ou de duas em duas horas em casos de transpiração excessiva, exposição solar prolongada ou após molhar a pele.
– O uso de cremes bronzeadores aumenta o risco de câncer de pele?
“Verdade. A proteção oferecida à pele por bronzeadores é baixa e insuficiente para filtrar a passagem de raios UVB e UVA. Além deste agravante, a aplicação do bronzeador é feita por cima do protetor solar – o que inibe a ação do produto. Dessa forma, em exposição ao sol não protegida, corre-se o risco de desenvolver câncer de pele do tipo basocelular e também melanoma”, explica.
– É preciso usar protetor solar em dias nublados?
“Verdade. As nuvens podem encobrir o sol e diminuir a incidência dos raios ultravioletas em até 40%, mas ela ainda existe. Por isso, mesmo em dias nublados é necessário usar protetor solar e também acessórios como chapéus e óculos solares”, finaliza.
Dia 7
O que há de novo na prevenção ao câncer de pele?
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O início do verão também marca a campanha de conscientização sobre o câncer de pele e a importância da prevenção, com o Dezembro Laranja. Este é o câncer mais frequente no Brasil e no mundo, de acordo com o Ministério da Saúde, e tem como principal forma de prevenção o cuidado com a exposição ao sol: evitá-la principalmente entre 10h e 16h e usar proteção contra a radiação ultravioleta (UV), a grande causadora dos danos à pele. Além do uso de óculos, roupas especiais e outros acessórios, o mercado oferece uma variedade imensa de produtos que vão do protetor solar, hidratantes, dermocosméticos e maquiagem – todos com filtros solares que funcionam refletindo ou dispersando a radiação UV antes que ela chegue a nossa pele.
“Os consumidores estão incorporando cada vez mais o hábito de usar protetor solar e, com isso, surgiram várias demandas, inclusive ligadas à adoção da rotina diária, como as texturas mais frescas, produtos mais naturais, ou que integrem benefícios adicionais para a rotina de cuidados com a pele”, explica Vinicius Bim especialista em inovação de Personal Care da BASF para a América do Sul. “Seja qual for a escolha, o importante é saber que dá para aproveitar o verão – e todas as outras estações, cuidando da saúde da pele”, orienta. Segundo Vinicius, entre as tendências de cosméticos para proteção solar mais procurados, estão:
- Produtos multifuncionais, que oferecem benefícios adicionais, como hidratação intensiva, ação antienvelhecimento, antioxidantes e ingredientes que possam combater os sinais de envelhecimento, como rugas, manchas e flacidez.
- Protetores solares com cor, que além de proteger, também uniformizam o tom da pele, disfarçam imperfeições e conferem um aspecto natural e saudável.
- Efeito sensorial agradável, com texturas leves, que não deixam a pele oleosa, pegajosa ou esbranquiçada, e proporcionam uma sensação de conforto e hidratação e se integram bem à rotina diária de cuidados com a pele.
- Ingredientes naturais e sustentáveis, que respeitam o meio ambiente e a saúde da pele, evitando substâncias nocivas, alergênicas ou poluentes. Inclui produtos sustentáveis desde os ingredientes até as embalagens e com práticas éticas de produção.
- Proteção contra uma ampla gama de radiações, incluindo UVA, UVB, luz visível e até mesmo radiação infravermelha.
- Maquiagens integradas com fator de proteção solar, oferecendo conveniência para a aplicação diária.
- Personalização, com produtos adaptados às necessidades específicas de diferentes tipos de pele, tons de pele e condições climáticas.
Além de passar uma camada generosa do produto, com no mínimo fator de proteção solar 15, é importante não esquecer de usar protetor labial e manter a proteção também nos dias nublados. O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos e é considerado raro em crianças e pessoas negras. Mas, embora uma maior quantidade de melanina na pele proporcione uma proteção natural maior aos raios UV, ainda assim o protetor solar é aliado para prevenir o envelhecimento precoce e outros danos à pele.
Como parceira estratégica da indústria cosmética, a BASF está conectada às tendências e investe em P&D para oferecer soluções para as formulações do futuro. Entre as tecnologias mais recentes para proteção solar, foi lançado TinomaxTM CC, um ingrediente multifuncional e de alto desempenho, com melhoria sensorial e que permite aumentar o percentual de ingredientes de origem natural atendendo às necessidades do mercado e o emoliente de origem natural CETIOL® ABV é a versão natural de um emoliente muito importante para a solubilização de filtros UV cristalinos.
DIA 6
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Esperança no tratamento do câncer de pele no SUS Projeto apoiado pela Embrapii pode viabilizar aplicação prática da fototerapia para tratamento da doença na rede pública de saúde |
Startup de São Carlos (SP) está desenvolvendo método para validação de novo fármaco imprescindível nos procedimentos de fototerapia Uma nova pesquisa apoiada pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), em pleno desenvolvimento no interior de São Paulo, pode viabilizar, em breve, a efetiva introdução de procedimentos de terapia fotodinâmica para tratamento de câncer de pele no SUS (Sistema Único de Saúde). O projeto busca a validação de um novo medicamento para utilização nos procedimentos de fototerapia, que possa ser usado em alternativa a uma pomada de alto custo importada dos Estados Unidos, usada para o efetivo tratamento do tipo não melanoma, considerado o de maior incidência no Brasil. A pomada, atualmente, é a única disponível no mercado capaz de reagir nas células tumorais para torná-las fotossensíveis. A expectativa é de que a droga nacional tenha custo cinco vezes menor do que a versão estrangeira, possibilitando que, de fato, a fototerapia chegue ao alcance da população. A introdução da terapia fotodinâmica no SUS foi confirmada pelo Ministério da Saúde em setembro deste ano e é uma das principais conquistas a serem comemoradas neste dezembro laranja, mês de conscientização e combate ao câncer de pele. No entanto, o custo da medicação necessária para aplicação da fototerapia é um dos obstáculos a serem transpostos para que o tratamento chegue ao alcance massivo dos pacientes na rede pública de saúde. E é justamente esse o objetivo do projeto proposto pela startup Emipharma, que conta com o apoio tecnológico da Unidade Embrapii IFSC-USP (Instituto de Física da USP de São Carlos). A pomada já foi desenvolvida pela Emipharma a partir de uma molécula sintética, cujo princípio ativo é o ácido aminolevulínico. O medicamento é aplicado na lesão do câncer de pele, tornando-a fotossensível para aplicação subsequente do laser. Entretanto, para que este produto nacional seja efetivamente disponibilizado, é necessário o aval da Anvisa, demandando o desenvolvimento de uma metodologia rigorosa para garantir sua segurança, eficácia, qualidade e estabilidade. Único no mundo Este foi o desafio tecnológico apresentado pela Emipharma à Unidade Embrapii IFSC-USP, credenciada para desenvolvimento de pesquisas na área de biofotônica e instrumentação. Sob a coordenação do professor e pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato, reconhecido como referência em todo o mundo pelas pesquisas em torno da fototerapia para tratamento de lesões de câncer, a equipe criou o aparelho de fotodinâmica, uma tecnologia 100% nacional e altamente inovadora, considerada única no mundo capaz de realizar o diagnóstico e o tratamento de câncer no mesmo dia. Agora, com o apoio da Embrapii, a mesma equipe está auxiliando a Emipharma a desenvolver a metodologia que vai validar a pomada nacional para ser usada no tratamento. “Não basta criar a pomada, é preciso atestar que o princípio ativo não vai se degradar durante o período de armazenamento, quando poderá estar sujeita a diferentes condições de temperatura e umidade, por exemplo. Estamos falando de câncer, precisamos garantir que o medicamento terá qualidade e estabilidade quando for iniciada a produção em larga escala. O desafio reside no fato de não haver referências na literatura científica para esse tipo de medicamento, o que é muito novo. Assim, nossos pesquisadores, juntamente com a equipe da Emipharma, desenvolveram uma metodologia analítica inédita em todo o mundo”, explica Bagnato. No total, o projeto conta com investimentos de R$ 900 mil, sendo 50% do montante aplicado pela Embrapii em recursos não reembolsáveis e o restante aportado pela empresa e pela Unidade IFSC-USP. A pesquisa está em andamento e a expectativa é de que no ano de 2024 seja produzido o primeiro lote experimental para validação. Posteriormente, o medicamento e seu respectivo procedimento de estabilidade do princípio ativo deverão ser submetidos à avaliação da Anvisa. Impacto social A viabilização dos tratamentos de fototerapia no SUS significará avanços importantes para os pacientes com câncer de pele. Essa abordagem pode reduzir consideravelmente as filas para pequenas cirurgias, principal via de tratamento atualmente. O procedimento pode ser realizado de forma simples em ambiente ambulatorial, sendo resolutivo para cerca de 90% dos casos de câncer de pele não melanoma. As cirurgias poderiam ser indicadas, portanto, aos 10% de pacientes com lesões mais profundas. Outra vantagem da fototerapia para o paciente é o resultado estético, que elimina a necessidade de mutilações e cicatrizes de maior porte.
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Palavra de Especialista
Novidade em terapias para quem descuidou do bom senso
Por Paulo Pizão, oncologista
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Crédito: Matheus Campos
Legenda: Paulo Pizão, oncologista, pesquisador e professor universitário |
Mesmo com as informações que se tem hoje quanto ao efeito nocivo da prolongada exposição ao sol e aos recursos para driblar os raios UVA e UVB o número de casos de câncer de pele se mantém alarmantes! De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, o tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos).
O tipo não melanoma para câncer de pele é altamente curável quando diagnosticado precocemente. Há a grande vantagem dele ser visível. A própria pessoa tem facilidade de encontrá-lo, familiares o notam ou o médico de qualquer especialidade numa consulta de rotina pode vê-lo durante o exame clínico.
Porém, o câncer de pele tipo melanoma – também associado ao exagero dos raios solares – pode surgir em regiões do corpo que não ficam expostas ao sol e ele carrega consigo maior risco de desenvolver metástases em qualquer parte do organismo e gerar a morte.
Boa notícia
Para os casos do tipo melanoma em que a doença está avançada e existe metástase, há uma boa notícia. Nos últimos dez anos em que o uso da oncologia de precisão foi amplificado, dois tratamentos têm mostrado resultados bem mais positivos que a quimioterapia, que são a imunoterapia e a terapia-alvo.
A imunoterapia se baseia na utilização de medicações, técnicas e tratamentos que revertem a capacidade que o câncer tem de escapar do sistema imunológico que protege o organismo. Há medicamentos que incluem entre os mecanismos de ação a remoção dessa “camuflagem” do câncer e assim o próprio corpo supera essa dificuldade e combate as células cancerosas.
A terapia-alvo consiste na descoberta, por meio de análise de parte do material extraído do tumor por biópsia ou através de cirurgia, de elementos inerentes à célula que estão facilitando o desenvolvimento da doença. Quando a pesquisa aponta que o câncer é ativo devido a um gene, uma enzina em específico ou o receptor da membrana da célula, por exemplo, pode-se preparar um remédio para atuar diretamente sobre essa interferência.
É preciso enfatizar que os dois tratamentos não são garantia de sucesso em todos os tipos de câncer porque cada caso é diverso do outro. Mas as taxas de eficácia são maiores, bem como são menores os efeitos colaterais graves em comparação à quimioterapia.
Há pacientes em que aplicamos a imunoterapia e a terapia-alvo em sequência e a quimioterapia permanece como terceira opção de tratamento.
Uma das vantagens da imunoterapia em relação à quimioterapia é que o efeito pode perdurar no organismo. É como se o corpo gerasse uma memória que continuasse a sua ação depois da aplicação. Diferente da quimioterapia, que cessa a ação quando o remédio para de ser ministrado.
O acesso reduzido a esses dois tratamentos devido ao alto valor das medicações não permite ainda que a aplicação dos fármacos seja generalizada no Brasil. Alguns pacientes precisam recorrer à via judicial para conquistar o acesso às terapias.
Balança
Uma vez que os tipos melanoma e não melanoma de câncer de pele são altamente preveníveis, o bom senso ordena que tenhamos uma conduta vigilante ante ao excesso de sol, especialmente em relação às crianças e jovens, período da vida em que a exposição à radiação solar é mais frequente e a conscientização desse público é reduzida.
É certo que a produção de vitamina D no corpo está associada à exposição aos raios solares, mas jamais é preciso ficar queimando no sol das 10h às 16h para que a vitamina seja agregada ao organismo. O pouco tempo de exposição que se tome diariamente na locomoção de um lugar para outro, na ida ao mercado ou para regar o jardim já é suficiente. Ou então, a complementação feita por suplementos medicamentosos é um recurso fácil, eficaz e relativamente barato.
Nunca é demais reforçar as recomendações:
– Use diariamente protetor solar de qualidade com fator 30 ou maior para o bloqueio dos raios UVA e UVB. Dê preferência aos produtos com a especificação “muito resistentes à água”. Não se esqueça de passar também nas orelhas e na nuca;
– Reaplique o protetor solar depois de transpirar, de usar toalha e de entrar na água do mar ou da piscina.
– Quando souber que a exposição ao sol será demorada, use acessórios como chapéu, boné e roupas de tecidos tecnológicos que inibem a penetração dos raios solares.
E lembre-se: O dano da radiação na pele é cumulativo e o câncer pode não aparecer imediatamente, mas a habitual exposição exagerada ao sol eleva muito a chance de a doença surgir anos depois.
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Crédito: Matheus Campos
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Paulo Pizão é
oncologista, pesquisador no Centro de Pesquisa Clínica São Lucas (PUC-Campinas), coordenador da disciplina de Oncologia Clínica no Curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, Campinas-SP; oncologista no Instituto do Radium. Especialista em Oncologia Clínica pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO); Especialista em Cancerologia (Oncologia Clínica) pela Associação Médica Brasileira; PhD em Medicina (Oncologia) pela Universidade Livre de Amsterdam, Holanda.