Páscoa em família: chocolate é bom para cachorro?

Período em que o consumo de chocolate aumenta pode ser também um perigo para o animal de estimação. Saiba o que o pet pode ou não comer

Médicos veterinários alertam sobre intoxicação por consumo de chocolates por pets (Fotos: banco de imagens)
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Chegou a época mais gostosa do ano. A Páscoa é uma data que, além de todo seu significado espiritual e religioso para as famílias, está intimamente associada ao chocolate. Durante a celebração, o que não pode faltar é a tradicional troca de ovos com familiares e amigos. Se a ocasião proporciona momentos de alegria para nós, humanos, é importante estar ciente de que este e outros alimentos podem ser tóxicos para os animais de estimação.

Parece difícil imaginar que essa iguaria tão presente em nossas vidas possa fazer um grande mal para os pets, mas é justamente isso o que acontece. Em alguns casos, o consumo inocente de chocolate pode levar alguns cães à morte por envenenamento, de tão nociva que essa substância pode ser para o organismo deles.

“É só você abrir um pacote de chocolate que, não importa onde o seu cachorro esteja, pode ter certeza que ele virá perto de você para ver do que se trata. Quando eles olham com aquela cara de piedade para os donos, muitos não resistem e acabam dando um pedacinho de chocolate para o cachorro, sem saber o mal que isso pode estar causando”, comenta Larissa Mitie, veterinária do Centro Veterinário Vet Quality 24h.

Da mesma forma que é importante equilibrar a ingestão de doces e açucares para seres humanos, também é essencial este controle – ou melhor, proibição para os animais, principalmente depois do feriado, que costuma ser recheado destes alimentos, que podem ser potencialmente perigosos para os nossos pets. É por isso que, neste período, quando o consumo de chocolate aumenta, a atenção precisa estar redobrada para evitar a ingestão desse alimento por cães e gatos.

Para esclarecer as dúvidas dos tutores, ouvimos especialistas para entender por que isso acontece, bem como falar sobre os cuidados necessários para a saúde dos animais. Dá para oferecer uma alimentação diversificada e saborosa para os nossos amigos peludos, sem deixá-los de fora das comemorações em família nesta Páscoa.

Por que chocolates não combinam com os cachorros?

Você já ouviu falar na teobromina? O nome é estranho, mas ela está presente em uma iguaria que os humanos amam: o chocolate, mais especificamente no cacau  (Teobroma cacao). Inofensiva para a maioria de nós, ela é extremamente nociva para os animais e pode causar intoxicações que vão desde as mais leves até casos severos, podendo até levar à morte. O cacau, presente no chocolate, contém teobromina, substância que não é metabolizada por cães e gatos.

“Quando consumida, a teobromina provoca grande estímulo cerebral e aumento significativo do sistema muscular cardíaco, podendo resultar em arritmias significativas, podendo levar o pet a morte quando consumida em grande quantidade. A cafeína presente no chocolate também colabora com os quadros de intoxicações”, alerta Juliana Andrade, professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário da Serra Gaucha (FSG).

A médica-veterinária nutróloga de GranPlus, Mayara Andrade, explica que a teobromina é um alcaloide da família das metilxantinas (que são pseudoalcalóides com alto poder estimulador do sistema nervoso central). Essa palavra difícil significa que ela é da mesma família da cafeína e, da mesma forma, fornece energia, ou seja, ajuda a tirar o sono, além de aumentar a capacidade de concentração.

A teobromina é metabolizada pelo organismo humano, mas não por cães e gatos. Aliás, ela até é metabolizada, mas não em uma velocidade suficiente – o que resulta em uma intoxicação alimentar. Isso pode desencadear uma série de problemas de saúde, que vão desde sintomas leves até complicações graves e potencialmente fatais.

“O que para nós, humanos, pode ser algo benéfico, para os pets é completamente diferente, porque eles não são capazes de digerir ou metabolizar a teobromina, o que pode levar a intoxicações. Quanto maior a porcentagem de cacau no chocolate, maior é a concentração de teobromina no alimento”, orienta a médica-veterinária.

Quais são os sintomas da intoxicação por chocolate?

Nunca ofereça chocolate para os cães, alertam veterinários (Foto: Banco de Imagens Shutterstok)

A teobromina afeta o sistema nervoso e cardiovascular, podendo resultar em complicações graves. As consequências vão desde sintomas gastrointestinais leves, como episódios de vômitos e diarreia, até casos mais severos com sintomas neurológicos, podendo evoluir para o óbito, dependendo da quantidade ingerida.

“O chocolate contém teobromina e cafeína, substâncias que são tóxicas para cães e gatos. O consumo de chocolate pode levar a sintomas como vômitos, diarreia, aumento da frequência cardíaca, tremores, convulsões e até mesmo a morte, dependendo da quantidade ingerida e do tamanho do animal”, afirma a médica veterinária Carla Maion, nutróloga de cães e gatos do Veros Hospital Veterinário.

Os sinais clínicos incluem vômito, diarreia, distensão abdominal, aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada, tremores, convulsões e ataque cardíaco, podendo levar o animal a óbito. Mayara explica que os sintomas predominantes são os gastrointestinais (vômito e diarreia) e, por serem relativamente comuns, muitas vezes podem não ser associados ao consumo de chocolate

“Os outros sintomas podem surgir em casos mais graves e variam de acordo com a quantidade ingerida, o peso do pet a porcentagem de cacau do chocolate. Entre eles estão as contrações musculares; alterações neurológicas, como excitação, respiração acelerada, taquicardia; e temperatura corporal elevada. Além disso, alterações de comportamento, como inquietação ou hiperatividade, e alterações na coordenação motora também podem ser vistos”.

De acordo com a veterinária da DogHero, Amanda Peres, a teobromina pode ficar circulante no corpo do animal por até seis dias e sua eliminação é feita pela via hepática e não pela via renal. Já o nível de intoxicação vai depender da quantidade ingerida da teobromina e do porte do animal. Os sinais clínicos podem se manifestar de formas diferentes dependendo da quantidade ingerida. Como não existe antídoto para a intoxicação por teobrominas, o tratamento se baseia nos sintomas apresentados.

“Cães e gatos não são capazes de metabolizar a teobromina como os humanos e, por isso, ela acaba afetando as vísceras, o coração, o sistema nervoso central e os rins dos animais. Estudos mostram que a dose letal varia de 100 a 200 mg/kg, ou seja, para chegar ao nível do pet vir a óbito, o pet não precisa ingerir uma quantidade exacerbada dessa substância”, alerta a veterinária.

Meu pet comeu ovo de Páscoa! E agora?

Professora de Medicina Veterinária alerta para ingestão acidental de chocolate

É importante que os tutores fiquem sempre atentos para evitar que cães e gatos acabem consumindo chocolate, além de orientar outras pessoas da família, principalmente idosos e crianças, que podem oferecer esse tipo de alimento para os pets. Mas, se ainda assim, o pet ingerir chocolate, o primeiro passo é observar as reações do animal e o ideal é levá-lo ao atendimento veterinário para avaliação.

Além de alertar que é necessário manter esses alimentos fora do alcance dos animais de estimação e não só na Páscoa, a médica veterinária Juliana Andrade explica o que fazer em caso de ingestão acidental de qualquer um desses alimentos tenha levado a uma intoxicação.

“Caso o animal de estimação tenha ingerido doces, o primeiro passo é levá-lo a uma clínica veterinária para que passe por uma avaliação com um médico veterinário que definirá o melhor tratamento para cada caso”, afirma.

Importante levar informações corretas para o especialista, como por exemplo: a quantidade e o tipo de chocolate ingerido. Isso é importante, pois quanto mais cacau no chocolate, maior a quantidade de teobromina, o que aumenta as chances de uma intoxicação grave no pet.

“Em caso algum desses sintomas se manifestarem, é importante agir rapidamente. Consulte um veterinário para avaliação e tratamento imediato. O profissional pode recomendar indução ao vômito, administração de carvão ativado, monitoramento dos sinais clínicos, entre outras alternativas terapêuticas”, explica.

“Os sintomas podem se manifestar de quatro a seis horas após a ingestão e a gravidade vai depender da quantidade consumida, do tipo de chocolate, do porte do animal e de seu estado de saúde”, afirma a médica-veterinária da Special Dog CompanyKelly Maiara Lopes Carreiro. Se o pet ingerir qualquer quantidade de chocolate, mesmo que acidentalmente, é fundamental procurar imediatamente um médico-veterinário para que medidas tratativas sejam adotadas o mais rápido possível.

Segundo Juliana, se o pet vomitar ou apresentar diarreias, não é um sinal clínico específico de intoxicação por chocolate. Pode ser que esta gastroenterite tenha outra causa. Sempre que isso ocorrer, certifique-se de que nada está “roído” em casa: chocolates, plantas, brinquedos e leve seu pet imediatamente ao atendimento clínico.

Além do chocolate, é importante se atentar com as embalagens e os brinquedos que acompanham os ovos de Páscoa, pois os animais podem acabar engolindo os objetos durante as brincadeiras, levando a obstruções intestinais.

Existe uma quantidade de chocolate que pode ser consumida?

Ainda de acordo com a especialista, não há como saber qual a quantidade exata de chocolate que pode ser maléfica para o pet levando ao quadro de intoxicação. Uma quantidade pequena pode fazer com que o animal vomite, mas quantidades maiores podem causar tremores musculares, ataques cardíacos e até mesmo hemorragias internas.

A quantidade de chocolate responsável por fazer mal para o cachorro varia de acordo com o porte e idade. Filhotes, cães idosos ou de pequeno porte podem ser mais impactados. Outros fatores também influenciam no grau de risco: diabéticos ou com doenças gastrointestinais crônicas. Entretanto, como cada organismo reage de maneira diferente, na dúvida é melhor evitar o chocolate para o animal de estimação sempre.

“Isso depende de alguns fatores como: peso do pet, sensibilidade que ele apresenta a teobromina, se por exemplo o animal for alérgico, uma pequena quantidade é suficiente para levar a um quadro muito grave de intoxicação, quando comparado a um animal que não é alérgico”, completa a médica veterinária.

De acordo com a médica-veterinária Farah de Andrade, consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, os chocolates mais escuros e aqueles utilizados para fazer bolos e ovos de Páscoa caseiros são o que possuem maior quantidade de teobromina e, por isso, são os mais prejudiciais.

Apesar de ter um teor de cacau mais baixo, o chocolate branco também deve ser evitado porque possui quantidades significativas de açúcares e gorduras, o que pode ser prejudicial para os animais.

Adestramento pode ajudar?

Por mais que haja consciência do tutor em não dar chocolate para o cão ou gato, a Páscoa é um período que requer mais atenção. Nessa época do ano, é comum que muitos chocolates fiquem espalhados pela casa, sobre a mesa ou em qualquer outro lugar. Os animais sentem o cheiro e com certeza vão fuçar para saber o que é – e há risco que eles acabem comendo.

Por isso, é fundamental manter alimentos inadequados fora do alcance dos animais, educar sobre os perigos, orientando visitas, crianças e idosos, e não compartilhar alimentos. “Durante festas, esteja atento à presença de pets e não deixe as sobras acessíveis”, recomenda Juliana.

Mas o que fazer com aqueles pets arteiros que comem tudo pela frente? Esconder os ovos de Páscoa basta? “Nem sempre só essa é a solução. A mais eficaz é aproveitar esses dias antes da data para adestrar o animal. Comando simples como: sentar, ficar e dar a patinha, podem diminuir as chances dele comer algo indevido nesse período”, afirma o comportamentalista animal Wagner Brandão, especializado em ansiedade animal, depressão em gatos e adestramento de animais violentos.

Chocolate não é o único problema do cardápio de Páscoa

Que o chocolate é um vilão para os animais você já sabe, mas infelizmente ele não é o único vilão a ser evitado e, na tentativa de agradar o pet, você pode acabar fazendo mal a ele sem saber. Embora o chocolate seja o mais nocivo de todos ele não é o único item do cardápio de Páscoa que pode fazer mal ao cachorro.

A atenção deve ser ampliada também a outros alimentos e temperos típicos das refeições da celebração, alguns, inclusive, tão perigosos quanto o chocolate. É o caso das  espinhas de peixes, outro alimento bastante comum nas comemorações.

O veterinário Luciano Granemann e Silva reforça que é importante tomar algumas precauções para evitar o acesso dos animais a essa guloseima, como não deixar o alimento à vista, em locais de fácil acesso, para que eles não comam escondido.

Outro ponto de atenção é que quem tem crianças em casa precisa ficar atento para que elas não ofereçam aos animais o chocolate que estão comendo. Os alimentos das refeições também não devem ser compartilhados com os pet.

“Além do chocolate, evite oferecer aos pets os pratos que for servir nas refeições da família na Páscoa, pois a sua ingestão também pode causar problemas gastrointestinais, como inflamação e fermentação. A ração é sempre o alimento mais adequado e completo do ponto de vista nutricional”, garante o veterinário.

Carla Maion, nutróloga de cães e gatos do Veros Hospital Veterinário, também traz alguns alimentos muito comuns durante a Páscoa que devem evitados dar para os pets.

Uvas e passas: Embora não seja um alimento tradicional de Páscoa, algumas pessoas podem ter uvas ou passas em suas cestas de Páscoa. Essas frutas são altamente tóxicas e podem causar insuficiência renal aguda em cães

Xilitol: Este adoçante artificial é frequentemente encontrado em doces sem açúcar, chicletes e outros produtos. O consumo de xilitol pode causar uma rápida liberação de insulina em cães, levando à hipoglicemia, que pode ser fatal se não tratada rapidamente.

Nozes de macadâmia: As nozes de macadâmia são tóxicas para cães e podem causar fraqueza, vômitos, tremores, hipotermia e dificuldade para andar.

Doces e alimentos gordurosos: Alimentos ricos em gordura, como sobremesas e pratos gordurosos, podem causar pancreatite em cães e gatos, uma condição dolorosa e potencialmente fatal.

‘Chocolate’ feito especialmente para eles

É claro que o animal pode participar da festa também. Uma alternativa para que os animais não fiquem de fora das comemorações é oferecer petiscos específicos para os pets, inclusive aqueles que têm sabor e odor parecido com o de chocolate.

“A quantidade, claro, deve ser moderada, pois o excesso pode gerar problemas digestivos e refletir na balança”, afirma Farah de Andrade.

Os veterinários recomendam substituir qualquer tentativa de dar um doce a eles por um petisco. Sempre lembrando que os petiscos não devem substituir a ração de forma alguma.

A médica veterinária Tais Motta, gerente de produtos da Avert Saúde Animal, diz que uma opção é oferecer petiscos específicos para animais de estimação. Snacks produzidos com ingredientes naturais, sem corantes e com conservantes naturais, são ideais para serem oferecidos como recompensa durante a Páscoa.

“Aquele agradinho de Páscoa que você está pensando em dar para o animal pode vir na forma de um belo petisco, por exemplo. Em formato de ossinhos, em bombons, barras e até ovos de Páscoa. Podem ser encontrados em lojas especializadas, pet shop e até na internet. Ele vai adorar”, reforça Larissa Mitie.

Durante as festas e datas comemorativas optem por petiscos específicos para pet, mas tenha cuidado até mesmo com os chamados “chocolates feitos para cachorros”.

“Eles não são tóxicos, porém, se o seu pet tiver algum tipo de sensibilidade alimentar eles podem agravar alguma questão já existente. Procure petiscos naturais e sempre procure orientação do seu médico-veterinário”, afirma Carla Maion.

Existem várias marcas de chocolates especiais para cachorro, que são fabricados com ingredientes especiais que não fazem mal ao pet. Juliana lembra que não existe chocolate feito para os animais.

“O que existe são petiscos que apenas levam o nome de chocolate, porém, não possuem em sua fórmula cacau ou açúcares. Esses “chocolates” são confeccionados com ingredientes como milho, arroz, soja, aveia, trigo, vegetais, frutas e carnes”, afirma.

Pedaços de cenoura e brinquedos interativos

Para incluir os amigos peludos nas celebrações, a médica-veterinária Kelly separou algumas dicas úteis. “Uma alternativa saudável aos chocolates são pedaços de cenoura, um alimento natural seguro para os pets.

Já para as atividades típicas da Páscoa, como a caça aos ovos, é recomendável substituir os doces por pelúcias e brinquedos interativos com dispensadores de petiscos, proporcionando diversão e distração aos animais”, indica.

Outra alternativa é presentear os pets com coelhinhos de pelúcia para que possam brincar e entrar no clima das festividades. É possível ainda criar uma “caça aos ovos” com petiscos escondidos pela casa. “Essa opção de enriquecimento ambiental permite que o tutor brinque na companhia do pet criando memórias divertidas”, afirma Taís.

Os tutores também podem reservar um tempo especial para o pet durante a Páscoa. Vale uma sessão de carinho, escovação, passeio ou até mesmo uma massagem.

“Com todos os cuidados, todos podem desfrutar com tranquilidade e segurança. Ao criar um ambiente seguro e acolhedor na rotina, você fortalece o laço afetivo com o seu pet e promove um convívio saudável e harmonioso entre todos os membros da família”, afirma Kelly.

Viagem de Páscoa – cuidados durante o passeio

Agora se a ideia é aproveitar o feriado para viajar com o companheiro de  quatro patas, é importante tomar alguns cuidados para garantir o bem-estar do animal durante o passeio.

“Alguns cães são mais sensíveis aos movimentos do carro e podem ficar enjoados ou até vomitar. Para evitar esse desconforto, o tutor deve reduzir a quantidade de alimentos fornecidos ao pet no dia da viagem, oferecendo refeições leves até cerca de duas horas antes de pegar a estrada. Em alguns casos, pode ser necessária a utilização de medicações para prevenir o enjoo, mas sempre seguindo as recomendações do médico veterinário responsável”, detalha Tais.

Em viagens longas, com mais de duas horas de duração, é necessário programar algumas paradas durante o trajeto para que o animal possa sair do veículo, esticar as patinhas, fazer as necessidades e se movimentar. Essa pausa em um ambiente novo pode ajudar a aliviar o enjoo por um tempo. É preciso também oferecer água para o cão, garantindo que ele permaneça hidratado durante toda a viagem.

Com atividades planejadas e tomando cuidado com os riscos do chocolate, tutores e pets podem desfrutar de uma Páscoa cheia de diversão, aventura e momentos especiais juntos!

Humanização dos pets e criação de ‘chocolates’ para eles

De acordo com o Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (Inataa), o ato de humanizar um pet é intrínseco à sociedade, já que os animais estão dentro do contexto social dos humanos e, dessa forma, acompanham os tutores e adquirem hábitos urbanos, por exemplo.

Por isso, é comum que em datas comemorativas como a Páscoa, tutores presenteiem seus pets com chocolates. De olho nessa tendência, muitas empresas humanizam ainda mais os animais, desenvolvendo novos produtos para eles semelhantes aos dos humanos.

O professor de criatividade e inovação nos cursos de pós-graduação da ESPM, Marcelo Pimenta, conta que essa humanização dos pets pelas pessoas e, consequentemente, pelas empresas, ocorre por conta do fenômeno Antropoformismo, que consiste em atribuir características ou aspectos humanos aos animais.

“Isso está cada vez mais comum, as pessoas estão deixando de ter filhos para terem pet, e isso faz com que, em datas como a Páscoa, elas comprem produtos humanizados para seus animais porque querem que eles estejam por perto, celebrando com eles”, afirma Pimenta.

Um exemplo disso são os ovos de Páscoa, que imitam o formato de um ovo de chocolate tradicional, mas mudam o sabor de acordo com as restrições alimentares dos animais.  A Petz, por exemplo, prevê um crescimento de 10% na venda desses ovos de páscoa para cachorro em relação a 2023.

Com Assessorias

 

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