Só menos frequente em mulheres que o câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é responsável por 25% dos casos anuais de câncer, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para este ano, o Inca estima que o número de novos casos ficará muito próximo a 58 mil em todo o país, com óbitos acima de 14 mil.
Mês dedicado à conscientização, prevenção e ao diagnóstico do câncer de mama, o Outubro Rosa tem se tornado fundamental na luta contra o aumento de casos da doença, que tem no 19 de outubro o Dia Nacional de Combate.
A campanha ‘A vida pede atitude. Movimente-se: faça mamografia anualmente’, da Sociedade Brasileira de Mastologia, desafia mulheres a mudarem seus hábitos de vida e passarem a cuidar mais da saúde, especialmente em relação à alimentação saudável, à realização de exercícios físicos regularmente e aos exames preventivos.
A ação tem parceria com o Instituto Oncoclínicas (e com o apoio institucional do Instituto Oncoclínicas, do Grupo Oncoclínicas e das suas clínicas do Rio de Janeiro – Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico e Centro de Excelência Oncológica).
Sintomas e fatores de risco
A oncologista da Oncoclínica Vera Lúcia Teixeira ressalta a importância de propagar, popularizar os principais sintomas: “A mulher deve estar atenta a sinais como nódulos nas mamas e/ou axilas e pescoço, assimetria das mamas com alterações de pele como vermelhidão, edema que faz lembrar casca de laranja e retração e drenagem de secreção pelos mamilos, além de manter sempre em dia seus exames preventivos, principalmente a mamografia, que cumpre papel decisivo na identificação precoce do câncer de mama”, garante a oncologista da Oncoclínica.
Para a médica, tão imprescindível quanto o acesso universal aos sintomas, às formas de prevenção, com promoção de saúde, é divulgar fatores de risco e a necessidade de estar em dia com o autoexame: “Todas as mulheres podem e devem fazer o autoexame, mas tal prática não exclui a obrigatoriedade dos exames de imagem como mamografia e ultrassonografia das mamas”. A realização anual de mamografia é recomendada após os 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia. A faixa etária é fator decisivo na prevenção e na atenção dedicada aos riscos de desenvolvimento
Segundo ela, é muito importante conhecer os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer de mama como sedentarismo, obesidade e sobrepeso, consumo de bebida alcoólica, tabagismo, exposição à radiação ionizante, histórico familiar genético (que corresponde de 5% a 10% do total de casos), reposição hormonal e uso de contraceptivos (embora muitos estudos sobre o tema tenham resultados controversos, a OMS considera como fator de risco)”, orienta a médica.