O Instituto Nacional do Câncer (Inca) soou o alerta máximo para o câncer de colo de útero no Brasil. Durante a cerimônia de iluminação do Cristo Redentor, que marcou o lançamento da campanha “Câncer por HPV, o Brasil pode ficar sem” em 5 de dezembro de 2025, o médico Gustavo Guitamann, chefe do Departamento de Ginecologia Oncológica do Inca, expressou grande preocupação com o número de mulheres que chegam à instituição já em estágios avançados da doença.

Segundo o Dr. Guitamann, essa realidade é desnecessária, pois o câncer de colo de útero é plenamente evitável e possui altas chances de cura quando detectado precocemente. “Infelizmente, ainda uma porcentagem das nossas pacientes que chegam para nossa primeira avaliação é em estágio avançado”, afirmou o oncologista.

O médico ressaltou que o diagnóstico tardio implica em tratamentos mais complexos e agressivos, necessitando de um tratamento um pouco mais radical, às vezes com uma cirurgia maior ou rádio e quimioterapia.

Prevenção e cura: um caminho possível

A principal mensagem do especialista é clara: o Brasil tem a chance de ter cura dessas pacientes através da vacinação contra o HPV e da prevenção. O diagnóstico precoce é a chave para o sucesso.

Dr. Guitamann revelou um dado crucial: a chance de cura para pacientes diagnosticadas em estágios iniciais, como o estágio um, é de cerca de 97%. Nesses casos, procedimentos minimamente invasivos podem ser aplicados, possibilitando a cura e, muitas vezes, mantendo a fertilidade de pacientes jovens.

Confira a entrevista completa do médico ao Portal Vida e Ação!

Gustavo Guitmann alerta para casos avançados de câncer de colo de útero no Inca

O impacto em mulheres em idade produtiva

O câncer de colo de útero atinge, principalmente, mulheres ativas em idade produtiva. A faixa etária mais predominante varia entre 25 e 55 anos. Dr. Guitamann destacou o profundo impacto social da doença, que vai além da perda humana:

São mulheres muito ativas, mulheres que muitas vezes são donas de toda a família, cuidam de todos, dos maridos, do trabalho, fazem jornadas duplas. A doença, ao exigir tratamento, obriga essas mulheres a parar suas atividades para cuidar da saúde, gerando uma grande perda social.

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O apelo à saúde

Diante do cenário, a prevenção é um ato de cuidado individual e coletivo. O Dr. Gustavo Guitamann faz um apelo: “Procure o médico, faça seu preventivo, corra atrás da sua saúde”.

A prevenção envolve dois pilares essenciais:

  1. Vacinação contra o HPV: Essencial para evitar a infecção que é a principal causa do câncer de colo de útero.

  2. Exame preventivo (Papanicolau): Rastreamento que permite identificar lesões precursoras em estágios iniciais e plenamente curáveis. O Dr. Guitamann reforça que “perder um dia para poder visitar o ginecologista fazer seu preventivo levar seu filho para fazer a vacina evita qualquer tipo de problema como esse”

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