O Movimento Eu Dou Sangue iniciou no dia 1º as ações de sua campanha Junho Vermelho em todo Brasil, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue. A ação é fundamental para os bancos de sangue, que, além de já enfrentarem a baixa adesão de doadores nesta época do ano, ficaram com seus estoques comprometidos por conta da greve dos caminhoneiros.

A data faz referência ao Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho, e ainda reforça os estoques para o mês de julho, que, historicamente, registra queda de doadores por causa das férias escolares. Em 2018, a Copa do Mundo é mais um motivo para preocupação com a frequência no salão dos doadores.

Pesquisa realizada no ano passado, encomendada pelo Movimento, em parceria com o Instituto Datafolha, indicou que o brasileiro não costuma doar sangue: cerca de 92% dos entrevistados declararam que não participaram de doações nos últimos 12 meses.

Justamente por conta desses fatores, a causa ganhou força. “O Junho Vermelho surgiu para alertar os brasileiros de que sangue não se compra, não se fabrica e que qualquer pessoa a qualquer momento pode precisar dele”, ressalta Diana Berezin, uma das duas criadoras do Movimento.

Junho Vermelho é o único mês colorido que traz a mensagem de cuidar do outro. “Quem doa sangue tem o foco na necessidade de outra pessoa e o único benefício é o prazer indiscutível de ajudar e fazer o bem”. explica Debi Aronis, também criadora do Movimento. “Dar sangue é dar de si, é dar do seu tempo, é se importar com mais alguém, é o mínimo para quem dá e é o máximo para quem recebe. É cidadania na veia!”.

“Os brasileiros gostam de assistir a todos os jogos, mesmo quando a Seleção Brasileira não está em campo. Durante o torneio, o número regular de doadores acaba caindo”, lamenta Neusimar Carvalho, chefe responsável pelo Setor de Promoção à Doação de Sangue.

Campanha ganha força de lei em vários estados e cidades

A campanha Junho Vermelho que já foi alçada à categoria de lei em vários estados e cidades do Brasil, busca chamar a atenção para a importância da doação regular de sangue. A ideia surgiu em 2011, quando as irmãs Debi Aronis e Diana Berezin lançaram o Movimento Eu Dou Sangue no Estado de São Paulo, motivadas por um episódio familiar. No ano passado, a iniciativa foi promovida a Lei Estadual em São Paulo.

O sucesso da iniciativa é comprovado pelos números registrados durante os outros anos. Em 2017, o Movimento Eu Dou Sangue calculou, extraoficialmente, que houve aumento de 25% das doações no mês de junho, em relação a 2016.

Junto aos hemocentros de todo o país, o Hemorio celebra o Junho Vermelho, mês definido no calendário nacional para lembrar a importância da doação de sangue e buscar mais doadores fidelizados.

Desde o início do ano, o hemocentro coordenador do Estado do Rio de Janeiro, unidade da Secretaria de Estado de Saúde, vem apresentando bons resultados na captação de doadores de sangue. Entre os meses de janeiro e maio de 2018, já recebeu mais 7% de voluntários, comparado ao mesmo período de 2017, mas a regularidade das doações não pode parar.

Hemorio distribui sangue para 180 hospitais

“Apesar da evolução da medicina, ainda não existe um substituto para o sangue. Por isso, precisamos sempre dos doadores. Pacientes de doenças crônicas como anemia falciforme, pacientes em tratamento de câncer, pessoas que sofrem acidentes ou passam por grandes cirurgias, bebês internados em UTIs neonatais, todos são receptores de sangue em potencial e contam com a ajuda desses voluntários para sobreviver”, ressalta o diretor-geral do Hemorio, Luiz Amorim.

O Hemorio também é uma unidade de referência em hematologia e hemoterapia. Fundado em 1944, a unidade distribui sangue para 180 hospitais públicos, incluindo grandes emergências, como a dos hospitais Getúlio Vargas, Souza Aguiar e Miguel Couto, maternidades, UTIs neonatais e conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Campanha no Salgado Filho

Uma das maiores emergências da cidade e referência para este tipo de atendimento na Zona Norte do Rio, o Hospital Municipal Salgado Filho (HMSF) promove campanha de doação de sangue nesta terça-feira, dia 12, entre 10h e 15h. A campanha “Sou doador compartilhe essa ideia” é uma parceria com o Hemorio e acontecerá no hall de entrada de emergência da unidade. A meta é alcançar entre 80 e 100 bolsas de sangue.

A campanha contribuirá para repor os estoques de sangue, principalmente utilizados em cirurgias. Em média, o HMSF realiza 450 procedimentos cirúrgicos mensais e as transfusões sanguíneas em cirurgias representam 15% do consumo do hospital. Além disso, as reservas de sangue são essenciais para que sejam feitas cirurgias de médio e grande porte, mesmo que não seja necessária transfusão. O Hospital Municipal Salgado Filho fica na Rua Arquias Cordeiro 370, no Méier.

ComO DOAR

Com o propósito de conscientizar a população e estimular a doação de sangue durante o inverno, diversos pontos do Brasil serão iluminados de vermelho. Para saber onde há bancos de sangue, o doador pode acessar o site do Movimento Eu Dou Sangue, na aba de “Onde doar”, pelo http://www.eudousangue.com.br/onde-doar/. Basta comparecer, participar da entrevista feita no local e contribuir.

O salão de doadores do Hemorio funciona todos os dias, das 7 às 18h, incluindo sábados, domingos e feriados, na Rua Frei Caneca, 08, no Centro do Rio de Janeiro.  A unidade disponibiliza um serviço de informações, o Disque-Sangue (0800 282 0708), que esclarece dúvidas e informa o endereço dos outros 25 postos de coleta distribuídos no Estado. A ligação é gratuita e o atendimento é realizado de segunda a sexta, das 7h às 16h.

EXIGÊNCIAS

– Portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho certificado de reservista ou carteira do conselho profissional)

– Estar bem de saúde

– Ter entre 16 (*) e 69 anos, 11 meses e 29 dias (*) jovens com 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais e / ou responsáveis legais.  Modelo de autorização.

– Pesar no mínimo 50 Kg

– Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação

Fonte: SES-RJ, SMS e Movimento Eu Dou Sangue

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