
Os números revelam ainda custos hospitalares relacionados ao tratamento do AVC no sistema de saúde brasileiro.O levantamento mostra que, ao longo dos anos, houve crescimento constante dos custos, que praticamente dobraram entre 2019 e 2023, passando de R$ 92,3 milhões para R$ 218,8 milhões. O aumento acompanha a alta no número de internações por AVC, que saltou de 8.380 em 2019 para 21.061 em 2023.
Fatores de risco e sintomas do AVC

O acidente vascular cerebral (AVC) acontece quando há uma interrupção ou redução grave do fluxo sanguíneo para o cérebro, que pode ser provocada por obstrução ou rompimento de vasos, levando à paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. O quadro acomete mais homens e, quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação.
A pasta classifica como primordial estar atento a sinais e sintomas como confusão mental; alteração da fala e da compreensão; alteração na visão (em um ou em ambos os olhos); dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente; alteração do equilíbrio, tontura ou alteração no andar; e fraqueza ou formigamento em um lado do corpo.
O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral – isquêmico ou hemorrágico. A tomografia computadorizada de crânio, segundo o ministério, é o método mais utilizado para a avaliação inicial, demonstrando sinais precoces de isquemia.
Os fatores de risco listados pela pasta incluem hipertensão; diabetes tipo 2; colesterol alto; sobrepeso; obesidade; tabagismo; uso excessivo de álcool; idade avançada; sedentarismo; uso de drogas ilícitas; e histórico familiar, além de ser do sexo masculino.
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Reconhecer os sinais de alerta faz toda a diferença
O mês de outubro é marcado pelo Dia Mundial de Prevenção do AVC, celebrado em 29 de outubro. A data tem como objetivo ampliar a conscientização da população sobre os fatores de risco, sinais de alerta e medidas de prevenção.
O neurologista Flávio Sallem, que atua no Hospital Japonês Santa Cruz, destaca que a informação e a rapidez no atendimento são determinantes para reduzir sequelas. “O AVC pode acontecer de forma súbita e exige intervenção imediata. Quanto mais rápido o paciente chega ao hospital, maiores são as chances de recuperação sem sequelas graves. Reconhecer os sinais e agir rápido faz toda a diferença”, alerta o especialista.
Para identificar os sinais, existe um método simples que pode salvar vidas, o acrônimo SAMU. O “S” lembra o sorriso, que pode ficar torto; o “A” representa o braço, que pode perder força repentinamente; o “M” é a mensagem, já que a fala pode ficar enrolada ou confusa; e o “U” reforça a urgência, indicando a necessidade de acionar imediatamente o serviço de emergência pelo número 192.
Segundo o especialista, até 90% dos casos poderiam ser evitados com hábitos de vida saudáveis, como controlar a pressão arterial, praticar atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada e não fumar. “Informação salva vidas e a prevenção é o caminho mais eficaz para reduzir os impactos do AVC na sociedade”, conclui Dr. Sallem.
Da Agência Brasil e Assessorias



