Neste Setembro Amarelo, dedicado à prevenção ao suicídio, dados indicam que dependentes químicos estão entre os mais vulneráveis a atentar contra a própria vida. E isso muitas vezes até de maneira involuntária, com o consumo excessivo e descontrolado de drogas altamente nocivas. Mas como tratar o dependente de forma a evitar o agravamento do quadro ou que ele volte a se drogar, mesmo depois de aparentemente ‘curado’?
Para Augusto Cury, autor de inúmeros best-sellers sobre autoconhecimento, é preciso mais do que remédios. “O tratamento deve englobar um mergulho interno e reprogramação da forma de enxergar a vida, para evitar que problemas cotidianos sejam estopins de recaídas”, afirma. Segundo ele, “a reabilitação tradicional esquece de trabalhar os pensamentos, que é onde se trava uma grande batalha pela sobriedade”.
Um dos mais respeitados nomes da psiquiatria da atualidade, Augusto Cury aplica seu conhecimento voltado ao tratamento de dependentes químicos no Hotel Gestão da Emoção, no interior de São Paulo. “Apaixonar-se pela vida e por si mesmo é o segredo de uma prevenção completa”, enfatiza. O programa pretende capacitar os hóspedes a “resgatarem seu ‘eu’ e reescreverem os novos capítulos de suas vidas”. Exatamente como o criador do método de gestão da emoção gosta sempre de afirmar em suas obras.
Confira uma breve entrevista com Augusto Cury a respeito:
1 – Qual o cenário da dependência de álcool e drogas no Brasil?
Augusto Cury (AC): Percebe-se um franco crescimento em todas as classes sociais. Estima-se que cerca de 5,7% dos brasileiros são dependentes de álcool, maconha ou cocaína. Isso representa mais de 8 milhões de pessoas. A maconha é a mais utilizada, com cerca de 1 milhão de usuários que fazem uso diário.
Augusto Cury (AC): Percebe-se um franco crescimento em todas as classes sociais. Estima-se que cerca de 5,7% dos brasileiros são dependentes de álcool, maconha ou cocaína. Isso representa mais de 8 milhões de pessoas. A maconha é a mais utilizada, com cerca de 1 milhão de usuários que fazem uso diário.
2 – Por que a recaída é tão comum entre os dependentes e como evitá-la?
As recaídas nem sempre ocorrem porque o usuário não quer, de fato, parar de usar drogas. Diariamente, estamos diante de estímulos nocivos à saúde psíquica, como ideias pessimistas, fobias, obsessões, ódio, culpa, complexo de inferioridade e impulsividade. Infelizmente, grande parte dos dependentes não tem ferramentas para administrar seus pensamentos e emoções. Então, não sabem como enfrentá-los e ficam suscetíveis a uma recaída.
3 – Qual o papel da família no tratamento do dependente?
O ente querido sente-se amado, valorizado e confiante de sua recuperação quando percebe que a família se importa e se preocupa com ele. Conhecendo melhor a doença, os familiares passam a ser aliados eficientes junto à medicação e ao trabalho da equipe multiprofissional. E eles também precisam de orientação para lidar melhor com este relacionamento.
O ente querido sente-se amado, valorizado e confiante de sua recuperação quando percebe que a família se importa e se preocupa com ele. Conhecendo melhor a doença, os familiares passam a ser aliados eficientes junto à medicação e ao trabalho da equipe multiprofissional. E eles também precisam de orientação para lidar melhor com este relacionamento.
4 – Qual é a diferença entre o método utilizado no Hotel Gestão da Emoção e outros espaços terapêuticos?
Nossos hóspedes têm a oportunidade de realizar uma viagem para dentro de si mesmos, utilizando técnicas altamente eficazes para trabalhar habilidades e, assim, se tornarem autores de suas próprias histórias. Eles aprendem a gerenciar o estresse, a ansiedade, os relacionamentos interpessoais e o trabalho. São orientados pela equipe técnica formada por psicólogos, psiquiatra, terapeuta ocupacional, personal trainer e educadores. E estão inseridos em um ambiente agradável, com uma bela estrutura física, rodeados por uma floresta.
Nossos hóspedes têm a oportunidade de realizar uma viagem para dentro de si mesmos, utilizando técnicas altamente eficazes para trabalhar habilidades e, assim, se tornarem autores de suas próprias histórias. Eles aprendem a gerenciar o estresse, a ansiedade, os relacionamentos interpessoais e o trabalho. São orientados pela equipe técnica formada por psicólogos, psiquiatra, terapeuta ocupacional, personal trainer e educadores. E estão inseridos em um ambiente agradável, com uma bela estrutura física, rodeados por uma floresta.
Saiba mais sobre o hotel
Localizado em Colina, na região de Ribeirão Preto e Barretos (SP), o hotel é destinado exclusivamente à recuperação de dependentes químicos. O local se apresenta como pioneiro no mundo com coaching de gestão da emoção para dependentes de álcool e drogas (maconha, crack, cocaína e outras). Também trata pessoas com depressão ou com transtornos considerados leves (borderline e bipolaridade, por exemplo).
O empreendimento foi criado por Augusto Cury em parceria com André Saba, psicólogo com mais de 10 anos de experiência em coaching. Saba conta com especialização em dependência química pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Uma grande estrutura foi montada em meio à natureza com piscina, academia, lago para pesca, trilha, etc. O período de tratamento é de seis meses, com capacidade de atender até 17 pessoas.
Fonte: Hotel Gestão da Emoção, com redação