No último domingo (27), a cerimônia do Oscar, em Los Angeles (EUA), rendeu bem mais que a premiação, com a polêmica do ator Will Smith dando um tapa no rosto do comediante Chris Rock. O comediante fez uma piada de mau gosto sobre cabeça raspada de Jada Pinkett Smith, apresentadora, atriz, cantora e esposa do vencedor da estatueta de Melhor Ator. Tabloides americanos informaram que Jada sofre de alopecia, uma condição autoimune associada à queda de cabelos ou pelos do corpo.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a alopecia atinge aproximadamente 2% da população mundial em diferentes níveis, desde danos a pequenas áreas do couro cabeludo ou da barba, por meio de lesões circulares, até a completa ausência dos fios em todo o corpo. No Brasil, a queda de cabelo em mulheres é um problema mais comum do que se imagina.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aponta em pesquisas que cerca de 5% de toda a população feminina brasileira é acometida pela alopecia. Segundo a SBTr (Sociedade Brasileira de Tricologia) a procura por consultas por conta do problema aumentou 90% nos últimos meses em alguns institutos que são referência em tratamento capilar. Mas quando a alopecia pode indicar alguma doença grave? Como pode ser evitada? E quais são os tipos de tratamento?

Especialistas ouvidos por ViDA & Ação explicam mais sobre a alopecia, que, assim como o tapa (aqui entre nós, muito bem dado) por Will Samith em Chris Rock, entrou para os noticiários ao redor do mundo desde o escândalo na noite da premiação mais nobre para o cinema mundial. Confira neste especial sobre a doença.

Alopecia aerata, o tipo da doença de Jada

A alopecia pode afetar tanto homens como mulheres.  As causas são variadas e podem estar relacionadas a influências genéticas, traumas físicos, quadros infecciosos, disfunções hormonais, anemia, entre outros processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas; e pode ser intensificada por fatores emocionais, como o estresse.

A Alopecia Aerata, forma manifestada por Jada, é responsável pela queda repentina nos fios que inicia com uma ou mais áreas circulares que podem ir aumentando sua extensão. É uma doença inflamatória que inativa os folículos capilares e provoca queda de cabelo. O sistema imunológico reconhece o folículo piloso e ataca ele, levando à perda e cabelo em regiões específicas e de forma mais difusa. A perda dos fios acontece em uma ou mais regiões específicas do couro cabeludo.

Esse tipo de alopecia feminina está frequentemente associado a fatores emocionais, como traumas físicos, estresse e quadros infecciosos e alérgicos. “È uma doença autoimune que produz anticorpos contra o fio do cabelo, mas ele não chega a fibrosar e morrer, então a condição é reversível”, diz.

“A questão estética é um diferencial para o público feminino. Para algumas mulheres a alopecia se torna um sofrimento, pois influencia diretamente e de modo negativo a estética, afetando assim a sua qualidade de vida ao meio social”, diz Vanessa Rosa (foto), professora de Enfermagem da Estácio no Rio de Janeiro.

Maioria dos casos começa antes dos 20 anos

A tricologista Viviane Coutinho (foto ao lado) afirma que a alopecia areata acomete cerca de 1% a 2% da população e pode afetar ambos os sexos, todas as raças e surge em qualquer idade,  mas 60% das pessoas a alopecia começa antes dos 20 anos. O mal também faz parte da genética familiar. Cerca de 40% dos diagnosticados, há outras pessoas na família com o quadro.

Fatores ambientais como estresse ou presença de micro-organismo podem disparar uma resposta imunológica anômala que lesa o folículo. Cerca de 10% dos pacientes podem desenvolver formas graves de alopecia crônica”, esclareceu.

É importante salientar que essa inflamação torna inativo os folículos pilosos, fazendo esses fios caírem em falhas circulares. “Em pequenos números ou evoluírem para perda total de cabelos ou os pelos do corpo também”, frisou. A alopecia é classificada por uma doença inflamatória que pode ser assintomática ou vir inicialmente de uma coceira e/ou queimação, entre outros sintomas.

“Os pacientes com alopecia areata podem apresentar coceira no couro cabeludo ou uma sensação forte de queimação antes da queda de cabelo efetivamente acontecer. Pode haver também alterações nas unhas: pequenas alterações no relevo da superfície da unha, com aspecto de “furinhos”, chamados depitting”, explica Viviane.

A alopecia areata é mais frequentemente observada no couro cabeludo, mas também pode ocorrer na barba, sobrancelhas, nos pelos dos braços e pernas. A tricologista diz que qualquer diagnóstico de disfunção capilar é necessário ser feito presencialmente e por meio de exames físicos, tricoscopia, e às vezes biópsia.

Conheça outros tipos de alopecia

Entre os tipos mais comuns dessa condição entre o público feminino está a alopecia androgenética, também chamada de calvície. A cantora sertaneja Maraísa, da dupla com Maiara, por exemplo, sofre com a doença, que é mais comum em homens. É quando as entradas vão ficando mais sobressalente e a coroa mais rala, muitas vezes hereditária, que deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes, pois o processo de miniaturização dos fios pode ser postergado, e assim, manter por mais tempo a densidade dos mesmos.

Já a atriz e dançarina Viviane Araújo, também já tratou alopecia causada por tração devido ao uso excessivo de rabos de cavalo ou penteados muito apertados, como as tranças, ou que puxam os fios naturais, causando a queda. Embora ela atinja um público maior, existem outros tipos de alopecias femininas que podem acometer o couro cabeludo. Entender os diferentes tipos é fundamental para entender o real problema.

Assim como a Alopecia Androgenética Feminina, a Alopecia Frontal Fibrosante pode ser associada a condições genéticas, hormonais e ambientais. Esse tipo de queda de cabelo é mais comum entre mulheres na pós-menopausa e consiste em um processo inflamatório que destrói os folículos capilares, impedindo o nascimento de novos fios. Sua principal característica é a regressão contínua da linha do couro cabeludo na região da testa.

A queda pode ser temporária também, o que chamamos de Eflúvio Telógeno, que é a queda que acontece após algum episódio específico, e quando sanado o problema, volta à normalidade. O problema é caracterizado pela queda de cabelo após uma experiência estressante (a maioria dos casos durante a pandemia). Já o eflúvio anágeno é a perda capilar anormal durante a primeira fase do crescimento capilar.

Na Alopecia Difusa é associada a escassez e queda de cabelo acelerada, quando os fios pulam os estágios de crescimento capilar e vão direto para a fase de queda. Ela acontece quando os folículos capilares passam por um período chamado eflúvio telógeno, no qual os fios pulam os estágios de crescimento capilar e vão direto para a fase de queda, podendo provocar a queda de 400 a 500 fios diariamente. Mas não resulta em calvície total, já que o cabelo continua crescendo, ainda que em um ritmo mais lento.

Por fim, a Alopecia Senil é relacionada ao avanço da idade e costuma surgir após os 50 anos, quando os fios afinam gradativamente e deixam o cabelo mais ralo. Muitas vezes é causada por questões hormonais, mas também pode se apresentar de forma natural, provocada pelo envelhecimento.  Há ainda a alopecia total, que causa a queda capilar completa; a alopecia universal, responsável pela queda de todos os pelos e cabelos do corpo.

Como tratar e prevenir os efeitos da alopecia

A fonte de zinco também é importantíssima quando se fala de pele e também do couro cabeludo.  A condição pode resultar em escamação do couro cabeludo, supercílios e uma alopecia difusa, outro sintoma da deficiência de zinco são os cabelos secos e ingovernáveis, mas estes sintomas são facilmente revertidos, com tratamentos paliativos como a aplicação tópica do óleo de açafrão e outros.

Os cuidados com os sintomas da doença são necessários em qualquer idade, gênero e local. Com a queda de cabelo frequente, de até 100 fios de cabelos por dia, é bom procurar um especialista para acompanhamento. A doença não tem muitos sintomas, por isso é importante ficar atento para a queda constante e ter um tratamento eficaz.

A calvície feminina não tem cura, mas tem tratamento. Atualmente, existem diversas formas de tratar a doença, que vão desde medicamentos tradicionais até procedimentos inovadores, realizados para retardar a queda de cabelo. Para saber qual o método mais adequado para usar é importante procurar um profissional adequado.

A profissional destacou que é necessário procurar um profissional, ao perceber qualquer alteração na sua saúde capilar para ele prescrever qual será o tratamento, que geralmente consiste desde injeções com cortisona, aplicações tópicas e terapias capilares que equilibram microbiotas, reduzem processos inflamatórios e automaticamente repelem os fios.

“Quando ela está atrelada a uma doença autoimune, é feito em conjunto com outros médicos. Nesse caso, podemos, por exemplo, trabalhar em conjunto com reumatologista para conseguir cuidar dos processos inflamatórios”, pontua Viviane.

Mas, infelizmente, nem sempre o problema pode ser solucionado. “É preciso avaliar se ainda há folículos capilares na região. Se o local tiver apenas tecido cicatricial , a alopecia é irreversível. Mas onde houver folículo piloso, há esperança. Neste caso da alopecia, o tempo é nosso inimigo. Então, ao perceber um afinamento ou se começar a visualizar mais facilmente seu couro cabeludo, não hesite em procurar um profissional. Assim, é possível inibir o processo de progressão da alopecia”, finaliza.

“A boa notícia é que existem diversos tratamentos capazes de reverter o quadro quando a calvície é provocada por alopecia”, explica Patricia Marques, cirurgiã plástica especialista em tricologia. O diagnóstico é feito com exames clínicos e laboratoriais, e o mais importante deles, que determina o tipo de alopecia, é a tricoscopia, feito com uma lente especial que mostra em detalhes a camada superficial da pele do couro cabeludo, além de biópsia em alguns casos.

O tratamento varia de acordo com o tipo de alopecia e geralmente envolve o uso de corticoides, loções e vitaminas para estimular o crescimento capilar, mesoterapia, entre outros. “É importante ter acompanhamento com tricologista, além de uma necessária avaliação para fazer o diagnóstico correto e determinar o tratamento específico para cada tipo de alopecia”, finaliza Patricia.

Tratamentos podem evitar avanço da doença

A queda capilar não se restringe à alopecia. A situação pode ocorrer por motivos como o uso exagerado de processos químicos no cabelo, dietas, estresse, ansiedade, maus hábitos, consumo de determinados medicamentos e doenças que afetam outras áreas do corpo, como o hipotireoidismo.

De acordo com Cris Dios, tricologista à frente do hair spa Laces and Hair, muitos fatores podem estar relacionados a à queda. Para o padrão masculino de queda, normalmente está relacionada ao fator genético e tem muita interação com o hormônio testosterona que incide no bulbo capilar transformando a enzima 5alpha redutase em DHT e faz o processo de miniaturização do folículo até o seu desaparecimento.

Quando há fatores genéticos envolvidos, não existem formas de prevenir a alopecia. No entanto, ao notar queda capilar elevada, procure um especialista, pois ele poderá recomendar tratamentos para conter o avanço do problema. É importante também evitar tratamentos em salões que usam produtos químicos prejudiciais. Afinal, uma vez que os folículos são atingidos, o cabelo deixa de crescer.

“Uma das premissas é cuidar da saúde do couro cabeludo, equilibrando oleosidade excessiva, processos inflamatórios, descamações, afinamento de fios, quebras e queda de cabelos. Para isso, precisamos olhar de forma individualizada a necessidade específica. No Laces, usamos o que tem na natureza para o cuidado destes problemas. Mixamos um momento de autocuidado, equilíbrio de bem-estar e ingredientes naturais que re-energizam e trazem muitos benefícios a este momento de queda capilar”, afirma a especialista.

Quando o megahair pode ser uma boa solução

Junto com esse transtorno é natural também a vulnerabilidade da autoestima, uma vez que o cabelo é a moldura do nosso rosto, reflete e tem uma forte ligação com gostar ou não do que vemos no espelho, especialmente entre as mulheres. A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) apontou em pesquisas que cerca de 5% de toda a população feminina brasileira é acometida pela alopecia.

Alina Carmezim, especialista em mega hair, conta que as extensões são a melhor alternativa para quem está passando por esse momento e pode ser utilizada mesmo durante o tratamento. “O mega hair oferece a oportunidade de disfarçar as partes que estão sem cabelo, sem prejudicar ou tracionar os fios naturais. Uma das técnicas mais recomendadas para essa aplicação é a Impercept, uma vez que não danifica os fios e garante um resultado natural sem deixar visível onde estão as extensões”, explica a profissional.

Além disso, a especialista, que já treinou milhares de pessoas ao redor do mundo, explica que o mega hair pode ser aplicado em todos os tipos de cabelo, seja ele cacheado, liso ou ondulado, assim como em todos os tipos de comprimento. “Já foi a época em que só era possível aplicar mega hair liso, pois hoje as extensões atuais contam com diversas texturas e cores para deixar o visual mais próximo possível do natural”, conta.

Alina explica que é muito comum receber clientes que sofrem com a queda de cabelo, mas que ver o sorriso no rosto de cada uma após a aplicação, não tem preço. “Ver em cada aplicação a autoestima sendo recuperada é extremamente gratificante”, finaliza.

“Junto com esse transtorno é natural também a vulnerabilidade da autoestima, uma vez que o cabelo é a moldura do nosso rosto, reflete e tem uma forte ligação com gostar ou não do que vemos no espelho, especialmente entre as mulheres”, diz Alina Carmezim, especialista em mega hair.  Ela conta que as extensões são a melhor alternativa para quem está passando por esse momento e pode ser utilizada mesmo durante o tratamento.

“O mega hair oferece a oportunidade de disfarçar as partes que estão sem cabelo, sem prejudicar ou tracionar os fios naturais. Uma das técnicas mais recomendadas para essa aplicação é a Impercept, uma vez que não danifica os fios e garante um resultado natural sem deixar visível onde estão as extensões”, explica a profissional.

Além disso, a especialista, que já treinou milhares de pessoas ao redor do mundo, explica que o mega hair pode ser aplicado em todos os tipos de cabelo, seja ele cacheado, liso ou ondulado, assim como em todos os tipos de comprimento. “Já foi a época em que só era possível aplicar mega hair liso, pois hoje as extensões atuais contam com diversas texturas e cores para deixar o visual mais próximo possível do natural”, conta.

Alina explica que é muito comum receber clientes que sofrem com a queda de cabelo, mas que ver o sorriso no rosto de cada uma após a aplicação, não tem preço. “Ver em cada aplicação a autoestima sendo recuperada é extremamente gratificante”, finaliza.

Dicas para sanar a queda de cabelo

Por Cris Dios*

-Escolher produtos adequados, se possível com ingredientes naturais.

-Optar por processos químicos suaves, e espessar 15 dias entre um processo e outro.

-Fazer protocolos constantes de cuidados diários, semanais e quinzenais.

-Praticar o lavar saudável (diluição do shampoo e condicionador em potinho com duas proporções de água para uma de shampoo)

-Realizar o escovar saudável (temperaturas amenas, distância entre o fio e o secador)

-Respeitar as necessidades dos seu cabelo (frequência de lavagens, temperatura de secador, utilização de chapas térmicas, forma e cuidado no momento de desembaraçar os fios)

Com Assessorias

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