As relações entre os seres humanos e a natureza, agravadas pelas mudanças climáticas, são o tema central de 11 curta-metragens que o SescTV exibe até dia 24 de junho, mês dedicado a celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6). Com 7 a 11 minutos cada, as produções transitam entre ficção científica, drama, comédia, syfy e videoarte, fazendo um alerta sobre os danos que o homem vem causando ao planeta que habita.

Todas essas linguagens chamam atenção para necessidade urgente de reduzir os danos ambientais e preservar os recursos naturais e a nossa biodiversidade. Onze diretores independentes, comprometidos em abordar frequentemente questões e temas relacionados ao meio ambiente em suas obras, participam da série. As produções são exibidas sempre às quintas, às 22h, e também estão disponíveis em sesctv.org.br.

Os curtas fizeram parte do filme Interdependence (2019, 1h30min), que explora conceito de interdependência. Lançado em fevereiro de 2020 pelo SescTV, o filme foi concebido pela curadora de arte internacional e produtora independente de curtas-metragens Adelina von Fürstenberg. Adelina também é fundadora da ART for The World, uma organização não governamental (ONG) associada ao Departamento de Informações Públicas das Nações Unidas (PNUDI) que tem no Sesc São Paulo como um de seus principais parceiros.

Confira os 11 curta-metragens:

A Sunny Day, de Faouzi Bensaïdi (Marrocos): Num futuro distante e próximo, fantástico e absurdo, homens e mulheres sobrevivem como podem. Através de cenas da vida de um homem, descobrimos os efeitos devastadores das mudanças climáticas sobre os seres humanos e a natureza. Direção: Faouzi Bensaïdi. Exibição em 3/6.

Cena de Sunny Day, um dos curta-metragens que o SescTV exibiu na abertura do mês mundial do meio ambiente (Reprodução de internet)

Extraction: The Raft of the Medusa, de Salomé Lamas (Portugal). O curta-metragem português é uma alegoria que retrata um breve momento de euforia enquanto os ocupantes da balsa de Medusa vislumbram a ilusão de serem resgatados. Exibição em 3/6.

Hungry Seagull, de Leon Wang (China): Em uma ilha não muito distante do continente, a gaivota pai guarda as gaivotas recém-nascidas e espera o retorno da gaivota mãe. No entanto, com a pesca excessiva e poluição do meio marinho, as gaivotas podem capturar cada vez menos alimento. Direção: Leo Wang. Exibição em 3/6.

Ka Mua Ka Muri – Walking Backwards into The Future, de Karin Williams (Nova Zelândia). O filme acompanha um garoto participante e observador, que vive sua vida e ficando do lado de fora de seu próprio tempo para observar como as forças humanas criam rápida destruição. A produção é um apelo pedindo a todos que tomem medidas imediatas para salvar o ecossistema. Direção: Karin Williams. Exibição em 10/6.

Kingdom, de Bettina Oberli (Suíça): O filme suíço conta a história de uma mulher, talvez a última mulher sobrevivente em um planeta pós-apocalíptico. Dirigido por Bettina Oberli. Exibição em 10/6.

Lac, de Mahamat-Saleh Haroun (Chade): No curta-metragem, dirigido por Mahamat-Saleh Haroun, Kellou é uma mulher que vive em Bol, capital da província de Sahel. Ela é pescadora, profissão transmitida de mãe par a filha, mas há alguns anos o lago Tchad está encolhendo e peixes tornaram-se raros. Exibição em 10/6.

Last Dance, de Ása Hjörleifsdóttir (Islândia): No filme islandês, dirigido por Asa Hjörleifsdóttir,a luz da manhã penetra no quarto. Duas pessoas estão completamente vestidas sobre as cobertas. Lençóis amassados, olhos inchados; e um vazio paira no ar como um fantasma do dia anterior. Exibição em 17/6.

Megha’s Divorce, de Nila Madhab Panda (Índia): Curta-metragem indiano em que Akaash vive com seu pai na cidade de Delhi. Sua esposa o deixou e mudou-se com seu filho para o campo, na tentativa de protegê-lo da poluição extrema do ar da cidade. Direção: por Nila Madhab Panda. Exibição em 17/6.

Olmo, de Silvio Soldini (Itália): No curta-metragem, o senhor Olmo, de 80 anos e seu neto Giulio, de 8, embarcam em uma pequena jornada em busca de uma velha árvore, ao invés de seguirem rumo a escola. Direção: Silvio Soldini. Exibição em 24/6.

Qurut, de Shahrbanoo Sadat (Afeganistão): Na região rural do Afeganistão central, em uma vila distante, uma jovem mulher ordenha uma cabra com a ajuda de seu filho. Ela utiliza o leite ordenhado para cozinhar Qurut, uma das refeições mais populares do Afeganistão, especialmente do Afeganistão central. Exibição em 24/6.

Tuã Ingugu, de Daniela Thomas (Brasil, produção Syndrome Films e coprodução Sesc). O curta-metragem traz o povo Kalapalo, etnia indígena que vive no Parque Indígena do Xingu. No filme, o cacique Faremá, da aldeia Caramujo, fala sobre o nascimento da água e as consequências de desrespeitá-la. Exibição em 24/6.

Saiba mais informações sobre os diretores e obras aqui.

Documentário ‘O Futuro das águas, desafio do século’

O documentário “O Futuro das águas, desafio do século” apresenta os principais desafios e soluções relacionados à gestão da água no Brasil, com destaque para o estado e a cidade de São Paulo. Com uma visão crítica dos desafios hídricos atuais, o filme aponta soluções que mostram bons exemplos na gestão do saneamento e reuso de água em prédios comerciais e na indústria. O documentário é dirigido por Camilo Tavares, diretor premiado na França e EUA e com experiência na TV Globo e Canal Futura, e produzido por Nexo Filmes e Lavoura Santa.

A ideia inicial veio da necessidade de produtos audiovisuais que fomentem uma tomada de consciência perante os recursos híbridos. Agora temos uma chance, com o novo marco do saneamento, de gerir melhor a questão e adotar o modelo da economia circular. A partir daí, fizemos o documentário com o patrocínio cultural da Tigre e o ICRH. Espero que estimule a consciência de todos”, destaca o diretor Camilo Tavares.

Com duração de 29 minutos, o curta-metragem traz depoimentos de especialistas do setor hídrico. Entre eles está Ewerton Pereira Garcia, diretor da Tigre Água e Efluentes (TAE) que fala sobre um dos grandes temas para reflexão nesta Semana Mundial do Meio Ambiente: a boa utilização da água.

No Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não têm acesso à rede coletora de esgoto, segundo dados do Instituto Trata Brasil. Atender a esse desafio envolve disponibilizar unidades de tratamento cada vez menores com potencial para substituir fossas sépticas e biodigestores, contribuindo para a ampliação do saneamento básico”, declara Garcia.

A previsão é de que o documentário estreie nacionalmente, em TV aberta, em agosto. O filme é patrocinado pelo Grupo Tigre, multinacional brasileira que atua na área de construção civil e cuidado com a água, e seu braço social, o Instituto Carlos Roberto Hansen (ICRH).

Com Assessorias

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