Se a tentação já é grande para os adultos, imagina para os pequenos? Aqui em casa tenho uma adolescente e sei, o ano inteiro, como é difícil domar o insaciável desejo da minha ferinha pelo chocolate. Agora na Páscoa a coisa piora só mais um pouquinho (#sqn). Minha chocólatra de 12 anos, ainda nos pede ovos variados, fascinada pelos exemplares multicoloridos e atraentes que vê nas gôndolas dos supermercados e das grandes redes. De fato, as inúmeras opções de ovos de Páscoa com temas infantis são enormes atrativos para o consumo de chocolate entre as crianças.
Mas ainda que seu filho não sofra com problemas ligados ao peso corporal ou ao metabolismo (minha filha, por exemplo, é magrinha, mas tem o colesterol alto), é bom ficar muito atento. Mesmo que somente neste período, a ingestão do produto pelos pequenos tem a capacidade de mudar a rotina alimentar. De acordo com a nutricionista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Patrícia Citelli Berger, o paladar pode se acostumar com o doce do açúcar e dificultar o controle posteriormente.
O chocolate possui polifenóis, substâncias que aumentam a produção de serotonina – o hormônio relacionado ao bem-estar. Sendo assim, depois de passar vários dias comendo, mesmo que pequenas porções, será uma tarefa árdua tentar fazer a criança entender que ela não deve comer chocolate diariamente”, explica.
Como forma de evitar essa tentação, a dica é apostar na educação alimentar com pouca sacarose. Patrícia Citelli Berger analisa que, apenas quando o consumo de doces não é habitual, é possível torná-los menos atrativos. “Uma forma de minimizar a situação é orientar as crianças sobre porções restritas de consumo esporadicamente. Adicionado ao fato de não comerem sempre o doce, ficarão satisfeitas com as pequenas quantidades e, por vezes, chegam a recusar”, complementa.
As pequenas porções, citadas pela nutricionista, correspondem a 15g por dia, equivalente a dois quadrados de uma barra de chocolate. A especialista pontua, porém, que o consumo deve ser realizado somente por crianças a partir de dois anos, a fim de evitar consequências ao organismo. “O consumo só é indicado após os dois anos, pois neste período a criança ainda está suscetível a desenvolver reações alérgicas. Pelo fato do chocolate possuir em sua composição leite e estimulantes, como a cafeína, recomenda-se evitar a ingestão do alimento”, reforça.
Apesar da crise, poucos deixam de comprar
Quem resiste à tentação de um chocolate nesta época do ano? Pesquisa do Ibope revela que 83% dos internautas brasileiros pretendem comprar chocolate na Páscoa de 2018. De acordo com o estudo, 27% pretendem comprar chocolates de marcas conhecidas, 26% ainda não sabem qual tipo de chocolate comprarão, 19% vão comprar produções caseiras e também chocolates de marcas conhecidas e 11% vão optar apenas por chocolates caseiros.
Para os gastos com chocolate, 23% pretendem gastar entre R$ 41 e R$ 60, outros 15%, de R$ 21 a R$ 40, e 13% esperam gastar de R$ 81 a R$ 100. Há também 21% que declaram que vão gastar mais de R$ 140 em chocolates nesta Páscoa. Como não pode deixar de ser, o ovo de Páscoa é o formato de chocolate que mais vai ser consumido nesta época: 74% pretendem comprar. A tradicional caixa de bombom é uma opção para 42%, assim como a barra de chocolate (36%) e a trufa (32%).
Independentemente do formato, a Cacau Show é marca mais indicada pelos internautas, com 54% de intenção de compra. Na sequência aparecem Lacta (37%), Alpino (33%), Diamante Negro (26%) e Baton (22%). A pesquisa é do Ibope Conecta, unidade de pesquisas online do Ibope Inteligência.
Da Redação, com Assessorias