É importante derrubarmos estigmas. O impacto da esclerose múltipla não pode ser definidor dos objetivos de vida. Com os cuidados médicos necessários, a realização da maternidade e paternidade pode ser compatível com o controle da doença”, comenta Tatiana Branco, diretora médica da Biogen Brasil.
Diversidade de sintomas iniciais pode dificultar diagnóstico
Diagnóstico e tratamento
A ampliação do acesso ao diagnóstico tem contribuído para a identificação e tratamento mais precoces da doença. Avaliações clínicas e exames de imagem são utilizados para o diagnóstico. Comumente, o diagnóstico consiste na documentação de dois ou mais episódios sintomáticos, com duração superior a 24 horas, ausência de febre e ocorridos em momentos distintos, separados por período de no mínimo um mês.
Exames radiológicos e laboratoriais, em especial a ressonância magnética (RM) e exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) podem complementar a avaliação diagnóstica. O manejo da Esclerose Múltipla, consiste na associação multidisciplinar de intervenções medicamentosas e não medicamentosas objetivando o controle da progressão da doença, minimizar a incapacidade e promover a qualidade de vida dos pacientes.
7 informações que você deve saber sobre esclerose múltipla
- No Brasil, cerca de 40 mil pessoas vivem com Esclerose Múltipla
Estima-se que aproximadamente 40 mil pessoas vivam com EM no Brasil, com uma prevalência média de 8,69 casos por 100.000 habitantes – podendo chegar a 27,2/100 mil na região sul. A maioria dos diagnósticos ocorre entre os 20 e 50 anos, embora a doença possa afetar pessoas de qualquer idade. Pessoas brancas e do sexo feminino apresentam maior probabilidade de serem diagnosticadas com EM. A maior incidência é observada nas regiões sul do país.
- Sintomas comuns incluem fadiga, alterações na fala, transtornos visuais e fraqueza muscular
A Esclerose Múltipla pode manifestar-se de várias formas no sistema nervoso central, resultando em sintomas neurológicos diversos. Entre os sintomas mais frequentes estão neurite óptica, diplopia, paresia ou alterações sensitivas e motoras de membros. Os pacientes podem experienciar ainda disfunções de coordenação e equilíbrio, dor neuropática, espasticidade, fadiga, disfunções esfincterianas e cognitivo-comportamentais.
A doença é caracterizada por surtos agudos de novos sintomas ou intensificação dos existentes, seguidos por períodos de remissão parcial ou total. Esses surtos podem variar em intensidade e frequência entre os indivíduos, com a progressão da doença sendo altamente variável.
- Diagnóstico da EM envolve exames clínicos detalhados e de imagem
O diagnóstico da EM é complexo e baseia-se em exames clínicos detalhados – documentação de dois ou mais episódios sintomáticos, que devem durar mais de 24 horas e ocorrer de forma distinta, separados por período de no mínimo um mês – além de exames de imagem como ressonância magnética e análise do líquido cefalorraquidiano.
- Medicamentos e suporte multidisciplinar controlam frequência e intensidade dos surtos e ampliam qualidade de vida
Embora ainda não haja cura, os tratamentos aprovados para a doença visam a melhora clínica e aumento da capacidade funcional ao reduzir a ocorrência dos surtos ao longo dos anos, em face da diminuição da atividade inflamatória. O tratamento pode envolver o trabalho conjunto de neurologista, enfermeiros, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudiólogo, conforme as necessidades de reabilitação de cada paciente.
- Pacientes de esclerose múltipla precisam atentar à qualidade da saúde mental
Transtornos do humor, como depressão e ansiedade, são frequentes em pacientes com esclerose múltipla (EM) e muitas vezes são desencadeados ou exacerbados pela dificuldade em enfrentar a doença. A depressão, por exemplo, afeta entre 36% e 54% dos pacientes e está correlacionada com piora na qualidade de vida, perda de dias de trabalho, redução na adesão ao tratamento e aumento do risco cumulativo de suicídio. Além disso, o funcionamento cognitivo, que envolve memória, concentração, raciocínio e julgamento, também pode ser comprometido.
- Suporte e informação podem contribuir para os desafios de viver com EM
Organizações como a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla – ABEM desempenham papeis de destaque ao oferecerem suporte emocional, informação e advocacy para pacientes e familiares. Elas ajudam a ampliar a conscientização sobre a esclerose múltipla, promovendo melhores condições de vida para os afetados pela doença.
- Ferramentas tecnológicas têm o potencial de amparar a rotina de pacientes e familiares que convivem com esclerose múltipla
Soluções digitais, como o aplicativo gratuito Cleo podem contribuir na orientação e organização da rotina. A plataforma gratuita apresenta conteúdo para ajudar pacientes que convivem com EM, fornecendo informações gerais sobre a doença, aconselhamento sobre dietas, bem-estar, exercícios e possíveis sintomas. Desenvolvida pela Biogen, a plataforma contou com uma equipe de elaboração formada por mais de 30 neurologistas e enfermeiros e mais de 100 pacientes.
Fonte: Biogen