Estamos em pleno Mês das Mães, cujo dia este ano é comemorado em 14 de maio, e estatísticas mostram que a maioria dos lares brasileiros é chefiada por mulheres e muitas delas sem ajuda dos pais – as chamadas ‘mães-solo’. Em 15 de maio, também é comemorado o Dia Internacional da Família, data definida em 20 de setembro de 1993, em deliberação da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com intuito de discutir e traçar projetos para o futuro da instituição familiar. 

O estudo Social Support, Parenting Style and Mental Health of Children and Adolescents, que teve como objetivo analisar a interferência das práticas familiares na identidade dos filhos, revelou que laços familiares sólidos atuam como um fator protetor contra transtornos comportamentais, além de diminuir a probabilidade de jovens se envolverem com drogas e criminalidade.

Para muitas famílias, especialmente as chefiadas por mães solo, criar e educar os filhos na adolescência é um grande desafio. Afinal, como manter um relacionamento saudável com os filhos adolescentes sem parecer superprotetora ou invasiva?

Na adolescência, surge o despertar do próprio “eu” e do desenvolvimento físico e psíquico. É uma fase de muita instabilidade emocional e oscilações de comportamento. O adolescente não costuma ter sintonia com o universo dos adultos e acaba, muitas vezes, se refugiando no isolamento ou com os amigos da mesma idade, cuja identificação tende a ser maior.

Sendo assim, compreender as mudanças e os conflitos que envolvem a adolescência é fundamental para uma relação segura e produtiva com seu filho. E para ajudar neste processo, confira 6 dicas de como arrumar a casa e ter uma proximidade natural e saudável com seu filho:

Demonstre interesse pela sua vida

Puxar papo, perguntar sobre assuntos cotidianos ou mesmo retomar alguma conversa que foi interrompida são atitudes que criam vínculos entre você e seu filho. Só não vale chegar em tom de cobrança ou parecer interrogatório. Tenha espontaneidade e saiba o momento certo de tocar nos assuntos. Vale mudar um pouco o cenário e sair para tomar um café, almoçar ou andar no parque.

Comunique-se abertamente

Estabeleça um canal de comunicação aberto e honesto com seu filho. Encoraje-o a compartilhar opiniões, sentimentos e preocupações, ouvindo sempre com atenção e livre de julgamentos. Isso é crucial para construir um relacionamento de confiança.

Conte suas histórias de quando era adolescente

Os filhos esquecem que, antes de serem adultos, os pais também passaram pela adolescência. Ao compartilhar suas histórias, seu filho se sentirá mais seguro por saber que você entende o que ele está passando. Isso vai gerar mais confiança para ele se abrir com você.

Nunca proíba nada de forma intimidadora

Mesmo já crescido, o adolescente precisa receber limites dos pais e cumprir com as regras pré-determinadas. No entanto, isso nunca deve ser imposto de forma ameaçadora ou intimidadora, mas com firmeza e autoridade. Adolescentes tendem a ser desafiadores. Dependendo do seu ‘não’, ele pode te afrontar e passar a fazer coisas escondido. Ou seja, será o caminho oposto do que você quer para esta relação.

Se descobrir mentiras, não surte

Aquela explosão de raiva quando se descobre que o filho está mentindo, fazendo algo escondido e enganando os pais só serve para piorar a situação. Não aja de forma impulsiva. Espere a cabeça esfriar para, então, chamar seu filho e ter uma conversa civilizada. O mais importante é entender o que o fez mentir. As medidas a serem tomadas vão depender da gravidade da situação.

Dedique tempo de qualidade

Segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP), publicado na Estilos da Clínica – Revista sobre a infância com Problemas da USP, o que vale com os filhos não é a quantidade de tempo, mas a qualidade. É preciso haver interação recíproca e prazer genuíno nas atividades em conjunto.

Muitos pais não poupam esforços para serem os melhores em suas atividades profissionais, mas nem sempre investem com o mesmo afinco em suas funções educadoras.

Estabilidade financeira é importante, mas de nada adianta se não houver participação ativa no desenvolvimento físico, emocional, intelectual e ético dos filhos, tornando-os adultos capazes de realizar suas próprias escolhas, com autonomia, segurança e responsabilidade.

Leia NOSSOS artigos aqui no ‘palavra de especialista’

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