Neurosaber

O sonho de uma amiga, tia de um menino autista de 4 anos, é ver o sobrinho estudando normalmente com outros coleguinhas, se formando numa faculdade  e, quem sabe, entrando no mercado de trabalho como tantos outros jovens. Será mesmo possível fazer com que uma pessoa com TEA (Transtorno do Espectro Autista) possa ter uma vida social e educacional relativamente normal e produtiva?

Para a psicopedagoga Dayse Serra, este é um assunto complexo e que necessita de uma análise individualizada das especificidades de cada aluno.  Segundo ela, algumas características do TEA envolvem dificuldades de se socializar, atraso de linguagem, além de comportamentos que dificultam a aprendizagem e a convivência com seus pares. “Essas particularidades tornam a inclusão escolar um desafio. São fatores que prejudicam o autista no desenvolvimento e na evolução nas esferas social e acadêmica”, afirma.

Na sua opinião, a instituição de ensino deve estar preparada para as mais diversas situações e perfis de crianças com autismo, adaptando o currículo escolar e observando as necessidades de cada aluno. “É importante adotar, por exemplo, materiais didáticos que permitam criar vínculo da criança com a sala de aula e com as propostas de estimulação”.

Também é essencial a pessoa com TEA ter um profissional de apoio, pois uma das maiores dificuldades é condicioná-la a começar e terminar atividades e tarefas com significado e finalidade. A especialista diz também que muitas crianças com TEA possuem alterações nas percepções e podem ter sensibilidade auditiva, tátil, visual, dentre outras. “Por esse motivo, é tão importante identificar fatores que causam estresse, com o objetivo de permitir certo conforto para que a criança continue frequentando a escola sem maiores contratempos”.

Aula gratuita 

Dayse vai ministrar um curso gratuito e online nesta quinta-feira, dia 6, para disseminar conhecimento e colaborar com os educadores que atuam com alunos com TEA. Os “cinco passos para a inclusão escolar no TEA” . Para participar, basta se inscrever por meio do link: http://neurosaber.eplaces.com.br/5-passos-para-inclusao-escolar-do-tea Esta é mais uma ação do projeto Neurosaber, que nasceu da necessidade de auxiliar familiares, professores, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, médicos e demais interessados na compreensão sobre transtornos de aprendizagem e comportamento.

O autismo entre nós

A fonoaudióloga Danielle Damasceno, fundadora do espaço carioca “Aprendendo a brincar na mesma roda”, realiza no sábado, dia 8 de julho o workshop “O autismo entre nós”, no Shopping La Playa Festmall, no Alphabarra. O intuito é trazer conhecimento para pais e profissionais que lidam com o autismo no dia a dia. No programa do curso, a fonoaudióloga mostra exemplos relatados por pais e profissionais, além de estratégias inclusivas para que possam intervir de maneira terapêutica, aperfeiçoar as habilidades da criança através da brincadeira e encontrar as acomodações sensoriais ideais dos pequenos.

“A brincadeira é importante para que as crianças se conectem melhor com outras pessoas de forma prazerosa e ao mesmo tempo terapêutica”, diz a fonoaudióloga. Danielle defende que toda criança autista precisa estar incluída não somente na escola, mas na sociedade.”É necessário muito estudo e aprofundamento teórico para conseguir identificar os perfis e saber qual é a melhor estratégia de inclusão, em cada caso”, diz. O curso aborda os diferentes perfis de crianças com TEA (transtorno do espectro autista) e as questões sensoriais mais atuais sobre o assunto. “Esta é a oportunidade de saber tudo que está sendo falado, estudado e feito atualmente sobre autismo”, completa a especialista.

O curso acontece na Av. Ruy Frazão Soares, 191, sala 214, na Ala Jamaica, de 9 às 16h. Inscrições pode ser feitas através do e-mail fono@danidamasceno.com.br ou pelo Whatsapp 982762588.

Fonte: Neurosaber e Aprendendo a brincar na mesma roda

 

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